O espaço não é um conceito discursivo [...], mas uma intuição pura. Porque, em primeiro lugar, só podemos ter a representação de um espaço único e, quando falamos de muitos (vielen) espaços, referimo-nos a partes de um só e mesmo espaço. Estas partes não podem anteceder esse espaço único, que tudo abrange, como se fossem seus elementos constituintes (Bestandteile) (que permitissem a sua composição); pelo contrário, só podem ser pensadas (gedacht) nele. É essencialmente uno; a diversidade que nele se encontra e, por conseguinte, também o conceito universal de espaço em geral, assenta meramente em limitações.