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HIPERTENSÃO INTRACRANIANA - Coggle Diagram
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
Ventrículos
Ventrículos encefálicos:
Remanescentes da luz do tubo neural, revestidos pela
células ependimárias
Células ependimárias:
Células cúbicas ou colunares, dispostas em uma camada única que apresentam microvilosidades e cílios, que auxiliam na movimentação do
líquido cerebroespinal
Definição geral de um ventrículo:
área oca ou cavidade dentro de um órgão, geralmente preenchida por algum tipo de líquido.
Formado por um
Epitélio cúbico/colunar simples ciliado
Existem 4 Ventrículos:
Laterais (1º e 2º):
Maiores cavidades do sistema ventricular; formato de C; são localizados no telencéfalo; abrem-se através de um forame interventricular para o 3º ventrículo; seu assoalho possui o
plexo coróide
.
3º Ventrículo:
Localizado no diencéfalo , cavidade em forma de fenda ; aqueduto do mesencéfalo une 3º e 4º ventrículos; plexo coróide forma o teto.
4º Ventrículo:
; piramidal; teto formado por plexo coróide; cavidade que se comunica com o espaço subaracnóideo por meio de uma
abertura mediana
e um par de
aberturas laterais
;
Plexos coróides:
Dobras da pia-máter que produzem o LCR e secretam-o para dentro os ventrículos
Manifestações clínicas
Gerais
Cefaleia
Vômitos
Edema de papila
Alterações da personalidade e do nível de consciência
Crises convulsivas
Tonturas
Comprometimento de nervos cranianos
Focais
Resultantes de uma disfunção da região onde está localizada a lesão responsável pela HIC
Paresia
Paralisia
Convulsões focais
Ataxia
Distúrbios cognitivos
Alterações endócrinas
Comprometimento dos nervos cranianos
Herniação
4 fases
1- Deslocamento de um dos componentes normais do conteúdo intracraniano para compensar o volume acrescido
Assintomática
2- Os mecanismos de compensação já estão se esgotando
Comprometimento do FSE, isquemia de centros bulbares, surgem as ondas em platô e os primeiros sintomas e sinais da HIC, com redução da frequência cardíaca
3- As ondas em platô já são mais frequentes e de maior amplitude, há comprometimento do tono vascular e paralisia do mecanismo vasopressórico
Aumento do volume sanguíneo encefálico acentuando a HIC. Os sinais e sintomas de HIC tornam-se exuberantes, ocorrendo alterações no nível de consciência, na PA, na frequência cardíaca e ritmo respiratório
Ainda pode ser reversível
4- PA cai, o ritmo respiratório e os batimentos cardíacos são irregulares, surge o coma, as pupilas tornam-se midriáticas e paralíticas e a morte ocorre por parada cardiorrespiratória
É uma condição craniana que é definida como aumento da pressão intracraniana
Etiologia
Neurológicas
TCE
AVC
Tumor cerebral
Hematoma subdural/extradural
Edema cerebral
Epilepsia
Não neurológicas
Abuso/dependência de drogas
Trombose traumática da veias jugulares
Hiponatremia
Idiopática
Relação com a Idade
Complacência Cerebral
RN, bebês até 1 ano e meio e idosos tem maior complacência cerebral
Fatores de Risco
Idiopática
mulheres em idade reprodutiva com sobrepeso
crianças com até 04 meses
pacientes com mais de 80 anos
Fisiopatologia
O conteúdo intracraniano inclui parênquima cerebral (80%), líquido cefalorraquidiano (10%) e sangue (10%)
Hipótese de Monro-Kellie
O volume dos componentes intracranianos pode variar sem que cause alterações acentuadas na PIC
O aumento no volume de um dos componentes intracranianos é compensado pela diminuição de um ou dos dois outros
Os volumes de LCR e sangue no espaço intracraniano variam em maior grau
O LCR pode sofrer desregulação ou ser produzido de forma exagerada e patológica
O fluxo sanguíneo cerebral aumenta com hipercapnia e hipóxia
A PIC é de ≤15 mmHg em adultos; HIC presente em pressões ≥20 mmHg
Autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral
A resposta do mecanismo de autorregulação a uma queda da pressão de perfusão cerebral é a diminuição da resistência vascular cerebral
Manutenção do fluxo sanguíneo cerebral
Complacência Intracraniana
Mudança no volume sobre a mudança na pressão
Não é linear e diminui à medida que o volume intracraniano aumenta
Mecanismos compensatórios
Deslocamento do LCR para o saco tecal
Diminuição do volume do sangue venoso cerebral via venoconstrição e drenagem extracraniana
Quando os mecanismos são exauridos, há aumento significativo na pressão com pequenos aumentos de volume
Elevação anormal da PIC
Pressão de perfusão cerebral
Representa a diferença entre a pressão arterial média (PAM) e a PIC
Quando a pressão na cavidade craniana se aproxima ou excede os valores da PAM, a perfusão do tecido se torna inadequada
Hipóxia celular e possível morte neuronal
Produção liquórica
O LCR é formado na velocidade de cerca de 500 ml/dia, 3 ou 4 vezes maior do que o volume total do sistema liquorico.
É secretado pelas superfícies ependimárias de todos os ventrículos e pelas membranas aracnoides.
O líquido flui dos ventrículos através dos forames laterais e medial, preenchendo as superfícies cerebrais e espinhais dentro deste espaço.
O líquor é formado diferentemente do plasma, pois sua formação envolve transporte ativo de Na+ CL-, através das células ependimárias dos plexos corioides junto com água.
É formado no interior dos ventrículos, ganha espaço subaracnoideo por meio das aberturas mediana e laterais do IV ventrículo.
É reabsorvido através das granulações aracnóides que se projetam no interior dos seios da dura-máter.
Circulação do liquor
Sentido principal do fluxo liquórico se dá dos plexos coroides para o sistema do líquido cefalorraquidiano.
Ventrículos laterais
Forames interventriculares
3º ventrículo
Aqueduto de Sylvius
4º ventrículo
Forames laterais de Luschka
1 more item...
Forame medial de Magendie
1 more item...
Tratamento
1 LINHA: Décubito (melhorar o retorno venoso), Drenar o liquor, osmoterapia
Feito na UTI , controle da pressão de perfusão,
cerebral monitorada, deve ser maior que 6o mmhg , monitorização da PIC e controle da PAM(pressão arterial média)
monitorização adicional por meio da saturação do
oxigênio jugular (SjO2)
Drenagem ventricular;deve ser removido lentamente, nos pacientes com hidrocefalia sintomática por hemorragia subaracnóidea para evitar sangramentos.
Decúbito dorsal com cabeceira elevada a 15 – 30º.
Analgésicos , anestésicos e sedativos: controle
da HIC e convulsões
diminuindo a PIC diminuindo do metabolismo neuronal
e induzindo a vasoconstrição, congestão venosa e resposta simpática de hipertensão e taquicardia diminuindo o gasto energético do paciente, ,
os mais utilizados são : benzodiazepínicos,etomidato, propofol, lidocaína e barbitúricos , s. O medicamento mais
indicado é o propofol (meia vida curta)
Normotermia : febre (antitermicos e esfriamento físico)
hipotermia induzida (efeito neuroprotetor)
Diurético osmótico : manitol. (300mOsm/kg) acima de 32o deve ser interrompido
Solução salina hipertônica :pct hipotensos ,reduz a PIC, não leva a diurese , melhora autorregulaação.
Corticoides : dexametasona.
2 LINHA: Hiperventilação , barbitúrico , hipotermia , craniectomia descompressiva (em casos mais avançados)
A falta de efetividade
da primeira linha, e refratariedade do ttmento leva ao uso
Barbitúricos : fenobarbital e o tiopental. deve ser mantido 24h após a estabilização da pic e devem ser retirados de forma gradual
Hiperventilação , pode levar a aumento de
isquemia e infarto cerebral.
Craniectomia descompressiva: indicada em casos de tumefação cerebral e hematoma subdural agudo , leva a uma melhora na pressão de perfusão cerebral,Está indicada nos casos de brain swelling, seja ele bilateral
(Marshall III) ou unilateral (Marshall IV).
Objetivo : Diminuir a pressão intracraniana para que o fluxo sanguíneo cerebral aumente e que as hérnias sejam reduzidas.
Diagnóstico
É feito através da monitorização da PIC, por meio de exames clínicos, radiológicos, parâmetros hemodinâmicos, metabólicos e medidas da pressão intracraniana
No exame clinico temos como base a avaliação neurológica usando as escalas de Glasgow e Jouvet, juntamente com um bom exame de fundo de olho para verificar se há edema de papila (inchaço das papilas dos nervos ópticos, sinal de sofrimento, de comprometimento dos nervos ópticos)
Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética do crânio, a TC é mais usada mostrando se há lesões expansivas, também podemos usar a classificação de Marshall para melhor definir a conduta do paciente.
Punção Lombar, que é o exame do líquor cefalorraquiano (LCR) que irá medir a pressão inicial de abertura do sistema liquórico, sendo o padra ouro.