Testes com protótipos rápidos evidenciam mais do que somente as falhas nos conceitos. Na verdade, o processo de aprendizado de um design thinker a respeito da validade de suas proposições para solucionar um problema acontece em dois momentos, na execução do protótipo quando ele já tem insights do que não está funcionando, mas, principalmente, quando o protótipo vai para a mão do usuário e ele percebe como a interação acontece. Nesse momento, as falhas ficam evidentes, mas, ao mesmo tempo, por parte do profissional de design thinking, ocorre um processo intenso de reflexão que leva a novos insights.
Já comentamos que o usuário pode ter papel ativo na etapa de empatia gerando insights sobre o problema. Também destacamos o papel do usuário na etapa de ideação para obter novos conceitos e abordagens para o problema. Em ambas as situações, de certo modo, configura-se uma ação de cocriação. Na fase de testes, como lembra Liedtka (2015), devido à dinâmica de rápidas iterações baseadas em protótipos de baixa fidelidade, o usuário torna-se agente ativo no desenvolvimento de uma solução. Seus feedbacks são sua maneira de cocriar, de colaborar para refinar a solução de design.