A Colonização Portuguesa deixou marcas de uma herança Escravocrata, consolidando a Aristocracia Brasileira. O escravo representava a máquina e o transporte, essa sociedade moldada pela escravidão reafirmou a figura das Elites, definindo uns e outros. Em 1891, Alberto Santos Dumont trouxe o primeiro automóvel para o Brasil. As montadoras Ford (1919) e Chevrolet (1925) iniciam um movimento fabril em São Paulo aumentando a frota de 5.600 veículos para 43.650 automóveis. A evolução científica ocorrida a partir dos anos 50 só agravaram a situação o automóvel tornou legítimo o modelo Aristocrático presente até os dias atuais. A criação das cidades e a presença da urbanização iniciada no final do século XX, possibilitou a criação de espaços de segregação social no tempo e no espaço, o Brasil colônia jamais foi criado para ser um espaço social e sim um lugar, um território comercial, organizados para atender as demandas de dominação. A Tríade, homem, veículo e via trouxeram diversos problemas sociais, ainda faltam investimentos na cultura de paz no trânsito, educação, fiscalização adequada, e punição exemplar, tudo isso tornou a violência de viação expressiva, colocando em evidência o a aculturação ao estilo de vida aristocrático com um tipo de transporte movido a gasolina, imposto pelo individualismo moderno, mostrando-se deficiente e indecisa a implantação das políticas públicas e o planejamento urbano. (DAMATTA; VASCONCELOS; PANDOLFI, 2010; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005; NASCIMENTO, 2016; RODRIGUES, 2000; XAVIER, 2018).
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