A crise pode ser vivenciada por todas as pessoas, estando em um contexto mais universal/geral. O trauma, diferentemente, é algo particular. Este fenômeno está relacionado com um forte abalo emocional, em que o evento vivenciado pode causar reações fisiológicas (suor, vertigem, vômitos...), como reações psicológicas (confusão, medo, irritabilidade...). As autoras descrevem alguns eventos traumáticos, como tornados, acidentes aéreos, ataques violentos, sequestros, bombas, entre outros. Neste sentido, o trauma poder afetar o indivíduo, sua família ou uma comunidade inteira mas, ainda assim, não se enquadra em um âmbito universal como a crise. Trauma é uma ferida, para além da perspectiva biológica, envolve também o impacto sobre o aspecto psicológico, podendo desenvolver um quadro psicopatológico.
Para Parada (2004 apud Sá; Werlang e Paranhos, 2008), o trauma divide-se em três denominações, começando pelo trauma natural, que decorre de eventos naturais, como tornados, dando-se de forma isolada ou múltipla. O trauma acidental, parte de um único evento através do ser humano, com acidentes aéreos ou de ônibus, entre outros, ou seja, não há a intencionalidade no ato. Em contrapartida, o trauma intencional perpassa pelo ser humano através da violência deliberada, com tiroteios, assaltos, de forma isolada, ou múltipla no caso dos assassinatos em série.
É válido destacar que vários indivíduos afetados por um mesmo trauma irão apresentar respostas variadas ao evento, isso depende de sua interação com todo o ocorrido.