Na prática, a Wikipédia é defendida de ataques por vários sistemas e técnicas. Estes incluem páginas onde os usuários podem verificar edições (por exemplo, "páginas vigiadas" e "mudanças recentes"), programas de computador ("bots"), que são cuidadosamente projetados para tentar detectar ataques e corrigi-los automaticamente (ou semi-automaticamente), filtros que avisam os usuários sobre fazer indesejáveis edições, bloqueios sobre a criação de links para sites em particular e bloqueios de edições de contas específicas, endereços de IP ou intervalos de endereços. Páginas fortemente atacadas, artigos em particular, podem ser semiprotegidos de modo que apenas usuários registrados estabelecidos possam editá-los, ou para casos particularmente controversos, bloqueios podem ser usados para que apenas os administradores sejam capazes de fazer edições. Tal bloqueio é aplicado com moderação, geralmente apenas por curtos períodos de tempo, enquanto os ataques parecerem propensos a continuar. Em 8 de agosto de 2014, uma matéria do portal de O Globo[124] afirmou que um dispositivo conectado à internet através da rede sem fio do Palácio do Planalto alterou, em maio de 2013, informações das páginas de Miriam e Carlos Alberto Sardenberg na Wikipédia, com o objetivo de difamá-los. As informações inseridas no artigo de Miriam qualificavam suas análises e previsões econômicas como "desastrosas", além de acusá-la de ter defendido "apaixonadamente" o banqueiro Daniel Dantas quando este foi preso pela Polícia Federal.[125] Esta última acusação ocorreu em razão de comentário de Miriam na Rádio CBN onde ela defendia a inocência de Dantas.[126] As Organizações Globo foram criticadas por divulgar alterações das biografias de seus contratados na Wikipédia, ferramenta de caráter colaborativo e aberta à edição de todos e que, segundo seu próprio criador, Jimmy Wales, não deve ser usada como fonte primária de informação.[125] Também foram criticadas por só terem noticiado as alterações em plena campanha eleitoral de 2014.[125] O jornalista Miguel do Rosário divulgou que um usuário que navegava através da rede da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo inseriu uma calúnia na biografia do músico Raul Seixas.[127] Ele também relatou que já visitou o Palácio do Planalto e que teve acesso à senha da rede sem fio do gabinete presidencial.[127]