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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, *Obs: não foram encontrados dados…
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
A hipertensão por si só não causa sintomas, é por isso que é chamada de "assassina silenciosa.
Achados físicos também estão ausentes na hipertensão inicial, e mudanças observáveis geralmente só são encontradas em casos graves avançados.
Os principais objetivos do exame físico são avaliar os sinais de lesão de órgão-alvo, doença cardiovascular estabelecida e evidências de possíveis causas de hipertensão secundária.
É feito medindo a altura, o peso e a cintura; exame de fundo de olho em caso de retinopatia; ausculta de sopros cervicais ou abdominais; e exame cardíaco, pulmonar e neurológico completos.
Palpa-se o abdome à procura de aumento dos rins e massas abdominais.
Os pulsos arteriais periféricos são avaliados e a diminuição ou atraso dos pulsos femorais sugere coarctação aórtica, particularmente em pacientes com < 30 anos.
Um sopro unilateral da artéria renal pode ser ouvido em pacientes magros com hipertensão renovascular.
Estes sopros geralmente são contínuos durante todo o ciclo cardíaco.
Essas complicações são graves e potencialmente fatais. Elas incluem:
Infarto do miocárdio
Insuficiência cardíaca
Acidentes vasculares encefálicos trombóticos e hemorrágicos
Encefalopatia hipertensiva e insuficiência renal
FISIOPATOLOGIA DA HAS PRIMÁRIA
Conhecida como HAS primária ou essencial --> HAS de causa desconhecida --> idiopática
Corresponde a cerca de 95% dos casos
Acredita-se que os casos de HAS primária são decorrentes da interação de vários fatores de risco, os quais são:
Idade;
Sedentarismo;
Pele negra;
Sexo feminino;
Sobrepeso/obesidade;
Fatores genéticos;
Excesso de álcool.
Teorias patogênicas
Não modulação da angiotensina II intrarrenal
Hiperativação do sistema nervoso simpático
Redução do número de néfrons
Resistência à insulina e hiperinsulinemia
Heterogeneidade de néfrons
LESÕES DE ÓRGÃOS-ALVO
Cardiopatias hipertensivas
Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE);
Disfunção diastólica
Cardiopatia dilatada - disfunção sistólica
Doenças cerebrovasculares
AVE isquêmico
AVE hemorrágico
Ataque isquêmico transitório (AIT)
Lesão vascular
Arteriolosclerose hiperplásica;
Microaneurismas de Charcot-Bouchard;
Arteriolosclerose hialina;
Aterosclerose.
Nefropatia hipertensiva
Retinopatia hipertensiva
DEFINIÇÃO
Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela persistência da pressão arterial alta, independentemente da causa.
A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo
acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9)
frequentemente associada a alterações de órgãos alvos, alterações metabólicas e altamente relacionada com a mortalidade cardiovascular e cerebrovascular.
atinge o coração, os rins, o cérebro e os vasos sanguíneos
Pelo fato de, normalmente, não causar sintomas durante muitos anos, até que um órgão vital seja lesionado, a hipertensão arterial sistêmica é também chamada de “assassina silenciosa”
Quando não controlada, aumenta o risco de problemas como:
Insuficiência cardíaca
Ataque cardíaco
Aneurisma
Doença renal crônica
Acidente vascular cerebral
Doença crônica
CLASSIFICAÇÃO
Normotensão
Pré-hipertensão
PAS entre 121 e
139 e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg
necessita de acompahamento periódico
Efeito do avental branco
É o efeito que causa uma diferença de pressão entre as medidas em casa e medidas no consultório
a situação não muda o diagnostico pois muda apenas 10 a 20 mmg ,isso interfere apenas no estagio ou nas adequações do tratamento
valores normais no mapa
Hipertensão mascarada
É caracterizada por valores normais da PA no consultório, mas valores de PA elevada no MAPA
Hipertensão estágio 1
PAS (mm Hg) 140 – 159
PAD - 90 – 99
Hipertensão estágio 2
160 – 179
100 - 109
hipertensão estagio 3
≥ 180
≥ 110
Hipertensão sistólica isolada
É definida como PAS aumentada com PAD normal
FISIOPATOLOGIA DA HAS SECUNDÁRIA
Doenças de base responsáveis por elevar os níveis pressóricos
geralmente com resultante aumento do volume plasmático e/ou da resistência vascular periférica
Há cinco grandes grupos
Drogas ou medicamentos.
Diversos fármacos podem aumentar a PA por mecanismos distintos
Mais comumente encontrados:
anticoncepcionais orais
esteroides anabolizantes
antiinflamatórios não esteroidais
quimioterápicos
cocaína
ciclosporina
antidepressivos tricíclicos
corticoides
pseudoefedrina
Doenças renovasculares
Hipertensão renovascular
Hipoperfusão renal secundária a estreitamento de uma ou
de ambas as artérias renais por aterosclerose, displasia fibromuscular, obstrução arterial trombembólica, vasculites, etc
O rim interpreta como hipovolemia e ativa o Sistema Renina-angiotensina-aldosterona
Estimulando a reabsorção de sódio e água, com aumento do volume plasmático e da PA
Doenças parenquimatosas renais
Quase todos os distúrbios renais podem causar hipertensão, sendo a doença renal a causa mais comum da HAS secundária
Para que possam ser enquadrados como causa da doença hipertensiva necessário uma Taxa de Filtração Glomerular estimada (TFGe) < 60 ml/min ou alterações no sedimento urinário, ou na morfologia renal, por mais de 3 meses
Causas da DRC são diabetes, LES, rim policístico, glomerulonefrites e doenças túbulo-intersticiais
Como a HAS também é uma causa importante de nefropatia, muitas vezes é difícil diferenciar quem surgiu primeiro (doença renal ou a HAS)
Doenças
endocrinometabólicas
Ativação excessiva de eixos hormonais, com produção aumentada de catecolaminas (Feocromocitoma), de aldosterona (Hiperaldosteronismo primário), de cortisol (Síndrome de Cushing) ou outros hormônios:
acromegalia
hipotireoidismo
hipertireoidismo
hiperparatireoidismo
hiperplasia adrenal
uso de hormônios exógenos
doenças neurológicas
Quando o simpático está ativado há estímulos para vasoconstrição periférica + aumento do débito cardíaco = estado hipertensivo
Causas patológicas podem cursar um aumento permanente da ativação simpática = HAS secundária
Exemplos:
síndrome diencefálica
disautonomia familiar
polineurite (porfiria aguda, intoxicação por chumbo)
aumento agudo da pressão intracraniana
secção aguda da medula espinal
Síndrome da apneia/hipopneia
obstrutiva do sono (SAHOS)
Obstruções recorrentes das vias aéreas superiores durante o sono
Produzindo episódios de apneia ou hipopneia que levam à hipóxia
Aumentam os riscos de desenvolver HAS
Hipertensão arterial sistêmica secundária (HAS-S) tem
prevalência de 3% a 5%
Definida como um aumento pressórico de causa identificável, potencialmente tratável e/ou curável
Antes de se investigarem causas
secundárias de HAS, deve-se excluir
Medida inadequada da PA
Hipertensão do avental branco
Tratamento inadequado
Não adesão ao tratamento
Progressão das lesões nos órgãos-alvo da hipertensão
Presença de comorbidades
Interação com medicamentos
Como na HAS primária, o primeiro passo é a medida da pressão arterial (realizada em mais de um momento).
Valores médios acima de 140 x 90 mmHg
Antes de aprofundar na investigação clínica, exclua as possibilidades de aferição inadequada da PA e de hipertensão do jaleco branco
Podendo recomendar a realização de medida
ambulatorial da pressão arterial (MAPA) ou Auto medição da pressão arterial (Ampa)
Suspeitar de causas secundárias em pacientes com hipertensão de início abrupto, sobretudo antes dos 30 ou após os 55 anos de idade; nos portadores de HAS grave e/ou refratária ao tratamento (após uso de três ou
mais classes de medicamentos, incluindo um diurético)
Piora súbita de uma HAS previamente controlada (HAS secundária sobreposta à HAS primária) - desenvolvem emergência hipertensiva, ou se observa alterações sugestivas ao exame físico ou laboratorial.
EPIDEMIOLOGIA
Brasil
1° causa de óbito
Doenças cardiovasculares
Principal fator de risco
HAS
Doença isquêmica do coração
31,4%
2013
339.672 (28%)
2002 - 2009
Aumento das Doenças Hipertensivas
Adultos
36 milhões (32,5%)
18 a 29 anos
2,8%
30 a 59 anos
20,6%
Idosos
maior 60%
60 a 64 anos
44,4%
65 a 74 anos
52,7%
maior ou igual 75 anos
55%
Homens
40,1%
Mulheres
32,2 %
Regiões
Sudeste
23,3%
Sul
22,9%
Centro-Oeste
21,2%
Nordeste
19,4%
Norte
14,5%
Brasil e Mundo
Gestante
Pré-eclâmpsia
1,5%
Eclâmpsia
0,6%
Crianças e Adolescentes
3,5%
HAS Secundária
Doença Renal Crônica
Hipertensão renovascular
5%
Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono
30,56%
Hiperaldosteronismo primário
3 - 22%
Feocromocitoma
Hipotireoidismo
20%
Hipertireoidismo
Hiperparatireoidismo
75%
Síndrome de Cushing
Adultos
80%
Crianças
47%
Acromegalia
35%
Coarctação da aorta
Hipertensão Arterial Resistente
12%
Crise Hipertensiva
0,45 - 0,59%
Emergência Hipertensiva
25%
AVE
Isquêmico
85%
Hemorrágico
15%
Todos os atendimentos de emergência hospitalar
CONSULTÓRIO
Aferição da PA
1-explicar procedimento, deixar o paciente calmo e em repouso de 3-5 min. Instruir a não conversar durante a aferição, possíveis duvidas tiradas antes ou depois da mensuração
2- o paciente não pode: -está de bexiga cheia/ -ter feito exercícios há pelo menos 60min/ -ingerido álcool, café ou outros alimentos(refrigerantes, comidas ricas em na+)/ -ter fumado há pelo menos 30 min antes da consulta
3-Posicionamento: paciente sentado de pernas descruzadas, pés no chão e dorso recostado na cadeira. Braço de aferição na altura do coração, roupas nem ornamentos podem garrotear o membro
4- medir a PA do paciente, caso suspeita de hipotensão ortostática em diabéticos, idosos ou pacientes em tratamento anti-hipertensivo após cerca de 3 min, medir a PA em pé
DIAGNÓSTICO
Consulta 1: Aferição de PA, anamnese...
EMERGENCIA/URGENCIA hipertensiva
encaminhar p/ serviço de emergência
PA >/= 140/90mmHG com baixo-médio risco cardiovascular
MAPA
RETORNO
PA vigília menor que 135/85
HAB
PAS 24h > 130mmhg e/ou PAD 24h > 80mmgh
HA
MRPA
RETORNO
PA < 135/85mmhg
HAB
PAS >/= 135mmhg e/ou PAD >/= 85mmhg
HA
PA consultório
RETORNO
menor que 140/90mmhg
normotenso
MAPA ou MRPA, se suspeita de HM
maior que 140/90mmhg
Diagnóstico de HAS
MAPA ou MRPA, se suspeita de HAB
PA >/= 140/90mmhg associado a alto risco cardiovascular ou PA>/=180/110mmhg
se confirmado os requisitos
Diagnostico de HA
MAPA ou MRPA
VANTAGENS
Registro da PA nas atividades usuais do paciente
Abolição ou redução do Efeito do Avental Branco
Maior número de medidas
maior engajamento dos pacientes com o diagnostico e segmento do tratamento
mensuração da PA fora do consultório
estimativa sólida de Riscos cardiovasculares
indicação
suspeita de HM
identificar EAB em hipertensos
suspeita de HAB
confirmação de HA resistente
INDICAÇÕES ESPECIFICAS DO MAPA
suspeita de HA ou falta da queda de PA durante o sono habitual
pacientes com apneia do sono, doença renal crônica ou diabéticos
discordância importante da PA em casa e no consultório
avaliação da PA durante o sono
avaliação da variabilidade da PA
HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO (HBA)
diferença de PA medida no consultório e fora dele
diferença entre a aferição e MAPA ou MRPA de 20mmhg ou mais para a PAS e de 10 mmhg para PAD
HIPERTENSÃO MASCARADA (HM)
PA normal no consultório em discordância com PA alta no MAPA ou MRPA, de tal modo que a PA é menor no consultório
pré-hipertensão
PAS 121-139mmhg PAD 81-89mmhg
HIPERTENSAO SISTÓLICA ISOLADA (HSI)
PAS aumentada ante a PAD normal
importante risco cardiovascular em idoso e pacientes de meia idade
Classificação
normotenso= 120/80mmhg
pré HA
PAS 121-139mmhg PAD 81-89mmhg
HA estágio I
PAS= 140-159 mmhg PAD=90-99mmhg
HA estágio II
PAS= 160-179mmhg PAD=100-109mmgh
HA estagio III
PAS >/= 180mmhg PAD >/=110mmhg
ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO
Hipertensão arterial primária
Hipertensão arterial sem causa conhecida ela é chamada de hipertensão idiopática ou hipertensão primária
Causas tanto ambientais como fatores genéticos
Mais comum em negros
Entre 85% e 95% das pessoas com hipertensão arterial Tem a hipertensão primária
A hipertensão com causa conhecida chamada hipertensão secundária
Entre 5% e 15% das pessoas
A Causas mais comum deriva de uma doença renal pois
distúrbios renais podem causar hipertensão arterial
Causas :
Estenose Arterial Renal
Asteroclerose
Doenças do parênquima renal
Aldosteronismo primário
Doença renovascular
Apneia do sono
Causas Raras :
Síndromede Cushing
Hiperplasia adrenal congênita
Hipertiroidismo
Acromegalia
FATORES DE RISCO
*Obs: não foram encontrados dados estatísticos das demais causas de Emergência Hipertensiva