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TECNOLOGIA DO ABATE EM BOVINOS - Coggle Diagram
TECNOLOGIA DO ABATE EM BOVINOS
Rachel Bugarin
As etapas de carga, transporte, descarga, descanso, movimentação, insensibilização e sangria dos animais devem ser realizadas com mínimo de estresse possível, zelando sempre pelo bem estar animal.
Embarque
Deve ser respeitada a taxa de lotação dos caminhões, como também estes devem ser rigorosamente inspecionados acerca da presença de elementos que possam machucar os animais. O transporte só deve deixar a fazendo quando o motorista já estiver com toda a documentação necessária em mãos (GTA, notas fiscais...)
Apenas animais que já tenham sido previamente selecionados devem embarcar. Esses animais já devem ter sido pesados e estarem em dieta hídrica. Animais obesos, doentes, gestantes ou moribundos não devem ir para o abate.
Transporte
O transporte rodoviário é o meio mais comum de condução para o abate. Os animais devem ser transportados de pé, e é recomendado que se façam paradas no percursso tanto para observar os animais, como para que eles descansem um pouco à sombra.
Descarga
No momento do desembarque, é acoplado ao caminhão uma rampa de concreto com piso antiderrapante. Esse manejo deve ser feito com bastante cautela, a fim de evitar possíveis acidentes na descarga dos animais.
Os animas são direcionados para os currais de chegada e seleção, onde é realizada a inspeção sanitária
ante mortem
por um fiscal médico veterinário do MAPA. Os animais aptos para a matança são direcionados para os currais de matança, os que não estiverem aptos vão para os currais de sequestro.
Manejo pré-abate
No curral de matança, os animais passam por um período de descanso de 24h, novamente em dieta hídrica. Esse processo tem o intuito de esvaziar o TGI dos animais e facilitar a evisceração, reidratar os animais e repor os níveis de glicogênio no músculo.
No curral de sequestro, os animais ficam em observação. A depender da evolução, podem voltar a fila de abate normal, ou abate sanitário.
Animais que chegarem ao destino mortos ou moribundos, será realizada a necropsia e posterior cremação.
Animais após o descanso são encaminhados ao box de atordoamento por uma rampa com divisórias tipo guilhotina. Nesse percurso recebem o banho de aspersão com água hiperclorada.
Imediatamente antes de entrarem na sala de matança (e no box de atordoamento) recebem um novo banho de aspersão com água hiperclorada em dois níveis. A esse processo dá-se o nome de seringa.
Momento do abate
Atordoamento: No Brasil se utiliza o método percussivo não-penetrativo, com uma pistola no crânio do animal, onde ocorre concussão cerebral e coma. O tiro é dado na interseção das linhas imaginárias traçadas entre a base do chifre e a cavidade orbitária oposta.
Sangria: Com o animal pendurado pelo pé esquerdo a 5,25m de altura, é feita a bertura da barbela e secção dos grandes vasos. Esse processo é feito até 1min após a insensibilização, e o animal deve ficar nessa posição por no mínimo 3min antes de ser encaminhado para qualquer outro setor.
Esfola: Inicia-se a retirada do couro pela barbela e desarticulação das patas dianteiras. A cabeça é separada, lavada e numerada para posterior contagem de carcaças, bem como os carpos. Uma a uma as estruturas externas vão sendo retiradas, até o momento de abertura do peitoral.
Evisceração: Retirada dos órgãos internos da carcaça. Deve ser feita com muita cautela para evitar contaminação principalmente pelo TGI, e não deve iniciar a mais de 30min da sangria.
Divisão, pesagem e limpeza das carcaças.
Resfriamento: As ½ carcaças vão para as câmaras de resfriamento onde permanecem por um período, inibindo a proliferação bacteriana e a vida útil. Esse processo é feito em duas etapas, o pré - resfriamento (16° por 16 a 24h) e o resfriamento prpiamente dito.
Desossa: As carcaças são desossadas até 24h após a morte do animal, para que haja maturação de carne.
Corte: Portaria N°05, de 18/11/1988.