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Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e doenças autoimunes, GRUPO 1 - Coggle…
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
e doenças autoimunes
Definição
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, autoimune, de etiologia pouco conhecida, decorrente de um desequilíbrio do sistema imunológico e de produção de autoanticorpos dirigidos contra proteínas do próprio organismo.
Doença autoimune
Situação patológica em que se produz uma lesão orgânica ou funcional decorrente da ação de células imunologicamente competentes ou de anticorpos, contra componentes normais do organismo.
Exemplos: DM tipo 1, Purpura trombocitopênica idiopática, tireoidite de Hashimoto , Dermatomiosite entre outras..
Manifestações Clínicas
Geral
Diminuição do apetite
Febre-origem indeterminada
Perda de peso
poliadenopatias
Anorexia
mialgia
artralgia
Linfadenopatia generalizada ou localizada
PELE E ANEXOS
Rash malar
Eritema em “asa de borboleta”
70%,80%,90% dos pacientes
Erupção maculopapular discreta e descamativa, e cura sem deixar cicatriz
Rash maculopapular
ou dermatite lúpica fotossensível
Outros Tipos
Lesões agudas são
máculas
pápulas ou placas eritematosas
Lesões não são
pruriginosas
Lúpus bolhoso e necrose epidérmica tóxica
Lúpus cutâneo subagudo
Associada ao anticorpo anti-Ro
As vezes hipopigmentação e telangectasias
no centro das lesões anulares
Placas eritematosas-intensa fotossensibilidade
Lesão papuloescamosa e anular
Lúpus eritematoso cutâneo crônico
Lesões maculosas ou papulosas
Eritematosas
Lúpus eritematoso discoide
Escamas firmes e aderentes
Placas recobertas por escamas espessas e ceratose,
Locais:
Couro cabeludo, pavilhão auricular
Região torácica anterior e
Porção superior dos braços
Face-sobrancelhas, as pálpebras, nariz e
as regiões mentoniana e malar
=Telangectasias e alopecia cicatricial
MUSCULOESQUELÉTICAS
Artralgia/artrite- 75 a 85%
Rigidez matinal, semelhante à
da artrite reumatoide
Poliartrite simétrica aditiva
Artropatia de Jaccoud
Desvio ulnar dos dedos
Subluxação das articulações matacarpofalangianas
“pescoço de cisne”
Polegar em “Z” decorrentes
do acometimento inflamatório de tendões e ligamentos
Frouxidão por inflamação
Hálux valgo, dedos em martelo
Subluxação das articulações matatarsofalangianas nos pés
Lúpus, não são observadas erosões :warning:
Osteonecrose ou artrite séptica
Quadril (cabeça do fêmur) é a articulação mais envolvida
Artrite séptica
Em uso de corticoides
Infecções-doença renal crônica
Por bactérias típicas quanto
pelas atípicas, lembrar da TB
CARDIORRESPIRATÓRIAS
Pericardite- isoladamente ou associada a serosite generalizada
Quadros variam assintomáticos até tamponamento cardíaco
Envolve pericárdio, endocárdio, o miocárdio
Miocardite-taquicardia persistente de Insuf Card A,
Diagnóstico
Em dispneia, palpitações, febre, presença de sopros cardíacos com ritmo de galope e cardiomegalia
Alterações valvulares
Manifestar -espessamento valvar
Massas ou vegetações
Regurgitação e, raramente, estenose
Pacientes maior incidência de AVE
43%-Endocardite de Libman-Sacks
Acúmulos estéreis de imunocomplexos
Células mononucleares
Corpos de hematoxilina e trombos
de fibrina e plaquetas
Encontradas nas valvas
do coração esquerdo, superfície atrial da valva mitral.
=Cicatrização leva à fibrose
Pulmonar
Derrame pleural 16 a 40%
Hemorragia alveolar difusa=dispneia
de início súbito + à redução
dos níveis de hemoglobina
Pleurite 30 a 60%
Hipertensão pulmonar pela própria
doença ou secundária a valvopatia cardíaca
:warning: pneumonite aguda e crônica
no lúpus são menos frequêntes
:warning: Síndrome do pulmão encolhido
complicação rara no LES
RENAIS E HEMATOLÓGICAS
Síndromes nefrítica e nefrótica-nefrite lúpica-Urina muito espumosa
hematúria, leucocitúria e
cilindros celulares= glomerulonefrite em atividade
Alterações histopatológicas sem qualquer
sinal clínico de envolvimento renal
Proteinúria
Surgem nos primeiros 2 a
5 anos da doença
Redução filtração glomerular,proteinúria nefrótica= maior gravidade e pior prognóstico
Hematológicas= leucopenia e linfopenia
plaquetopenia
petéquias ou equimoses
Anemia hemolítica Coombs positivo=forma isolada no início da doença
Achado Anemia de doença crônica
Pancitopenia = efeito colateral dos imunossupressor com manifestações da síndrome hemofagocítica
GASTROINTESTINAIS
Queixas inespecíficas
Dor abdominal, náuseas e vômitos
25 a 40% dos pacientes
Boca seca secundária por síndrome de Sjogren secundária
Disfagia pode ocorrer por hipomotilidade esofagiana
Icterícia- consequência de hepatite, pancreatite ou hemólise
Isquemia intestinal
Pancreatite
NEUROPSIQUIÁTRICAS
primárias, ou seja, decorrentes do dano imunológico ou de tromboembolismo
secundárias a diversas situações clínicas com doença sistêmica
Lúpus neuropsiquiátrico envolve- SNC, SNP e autônomo
Infecções, distúrbios metabólicos, diabetes, uso de alguns medicamentos, hipertensão podem levar a síndromes neuropsiquiátricas não imunomediadas.
Desordens de humor
Psicose
Doença cerebrovascular
Epidemiologia:
O LES é muito mais prevalente em mulheres na idade reprodutiva, sendo que os primeiros sinais e sintomas se iniciam entre a segunda e a terceira décadas de vida. O LES é uma doença universal encontrada em todas as etnias e nas mais diversas áreas geográficas, mas parece ser mais prevalente em afrodescendentes
No Brasil, estima-se uma incidência aproximada de 4,8 a 8,7 casos por 100.000 habitantes/ano.
DM TIPO 1 - No Brasil, diabetes tipo 1 corresponde a cerca de 5-10% dos casos, o que representa uma média de 30.000 brasileiros acometidos - fazendo com que nós sejamos o 3o país no mundo em prevalência de DM tipo 1.
PTI é uma das causas mais comuns de plaquetopenia em crianças, com uma incidência anual em torno de 3-8 casos por 100.000 crianças, com maior número de casos entre os 2-5 anos de idade e com leve predomínio no sexo masculino
Tireoidite de Hashimoto é a forma de incidência mais frequente de tireoidite e representa a causa mais comum de hipotireoidismo no Brasil. Ela afeta em torno de 5% da população adulta, e sua prevalência aumenta com o passar dos anos. Essa doença é três vezes mais frequente em mulheres (7-9:1).
Dermatomiosite: É uma doença relativamente rara. Tem incidência de 2 a 7 novos casos por milhão de habitantes/ano e prevalência de 10 a 60 casos por milhão de habitantes/ano. Apresenta dois picos de incidência: 5 a 14 anos (DM juvenil) e 45 a 65 anos. A idade mais comum de diagnóstico é 40 anos. Normalmente, tem maior predominância no sexo feminino.
Etiologia
Multifatorial
Genéticos
Maior prevalência em gêmeos monozigóticos e parentes de primeiro grau; polimorfismos genéticos; associação com alelos DR2 e DR3 de classe II.
Hormonal
Estrógenos possuem papel estimulador de várias células imunes, como, macrófagos e linfócitos T e B, favorecendo a adesão de mononucleares ao endotélio vascular, estimulam a secreção de citocinas e expressão de moléculas de adesão e MHC
Ambientais
Infecções; microorganismos como, citomegalovírus, Mycobacterium tuberculosis; tabagismo; luz ultra-violeta.
As doenças autoimunes variam desde aquelas em que :
As respostas imunológicas são direcionadas contra determinado órgão ou tipo celular, resultando em dando tecidual localizado.
Doenças que envolvam diversos sistemas.
Reações mediadas por células T contra diversos antígenos do hospedeiro.
Orgão- Específicas
Doenças Mediadas por Anticorpos
Anemia Hemolítica Autoimune
Trombocitopenia Autoimune
Gastrite Atrófica Autoimune da Anemia Perniciosa
Miastenia de Graves
Doença de Graves
Síndrome de Goodpasture
Doenças Mediadas por Células T
Diabetes Melito Tipo 1
Esclerose Múltipla
Tireoidite de Hashimoto
Doença de Crohn
Doenças Postulas como de Origem Autoimune
Cirrose Biliar Primária
Hepatite Autoimune ( crônica ativa)
Sistêmicas
Doenças Mediadas por Anticorpos
LES
Doenças Mediadas por Células T
Artrite Reumatoide
Esclerose Sistêmica
Síndrome de Sjogren
Doenças Postuladas como de Origem Autoimune
Poliartrite Nodosa
Miopatias Inflamatórias
NEFRITE LÚPICA
- A nefrite lúpica é frequente no LES, uma vez que 74% dos pacientes serão acometidos em algum momento na evolução da doença, sendo um indicado de pior prognóstico.
Ocorre depósito de imunocomplexos circulantes ou formação local desses complexos nos glomérulos levando à ativação do complemento e subsequentemente recrutamento de células inflamatórias.
Ocorre também, processo inflamatório, necrose, formação de cicatrizes nos glomérulos e a patologia renal se caracteriza por lesões vasculares como microangiopatia trombótica e vasculite extraglomerular, além de acometimento tubulointersticial com
atrofia tubular e fibrose intersticial.
CLASSIFICAÇÃO
- A classificação é elementos primariamente acometidos, ou seja, os glomérulos, os túbulos e/ou interstício e os vasos sanguíneos.
BIÓPSIA
Proteinúria isolada ≥ 1 g/24h
International Society of Nephrology/Renal Pathology (2003)
, as desordens glomerulares podem ser divididas em 6 diferentes classes a partir de características histológicas encontradas na biópsia renal
Classe II - Glomerulonefrite Mesangial Proliferativa
A microscopia óptica caracteriza-se por hipercelularidade mesangial discreta ou moderada ou por extensão da matriz mesangial. Clinicamente, manifesta-se como hematúria e/ou proteinúria discreta, geralmente,aparecendo de forma intermitente.
Classe III - Glomerulonefrite Focal
Ocorre acometimento de pelo menos 50% dos glomérulos pela microscopia óptica, com envolvimento quase sempre segmentar (acomete menos de 50% do tofo glomerular). O quadro clínico é caracterizado por hematúria recorrente e proteinúria leve a moderada.
Classe I - Glomerulonefrite Mesangial Mínima
Essa classe é raramente diagnosticada. Apresenta exames de urina normal. Nesses casos a biópsia renal não é solicitada. Pacientes com
doença classe I apresentam depósitos imunes mesangiais identificados pela técnica de imunofluorescência e microscopia eletrônica.
Classe IV -Glomerulonefrite Difusa
Mais grave comprometimento renal As lesões podem ser segmentar (menos de 50% do tofo glomerular acometido) ou global (mais de 50% do tofo glomerular acometido). Característica de
SÍNDROME NEFRÍTICA
, hematúria macro ou microscópica, proteinúria, além de cilindrúria hemática e celular.
Classe V Glomerulonefrite Membranosa
Espessamento difuso da parede capilar glomerular à microscopia óptica e pela presença de depósitos imunes subepiteliais tando
global quanto segmentar. A principal manifestação clínica é a presença de proteinúria nefrótica (>3,5 g/24 h), hipoproteinemia, especialmente hipoalbuminemia (albumina <3 g/24 h), edema e hiperlipidemia.
SÍNDROME NEFRÓTICA
Classe VI Glomerulonefrite Esclerosante
Avançada
É definida por esclerose global de mais de 90% dos glomérulos. Representa o estágio avançado das glomerulonefrites classe III, IV ou V crônicas. Os pacientes evoluem com insuficiência renal progressiva em associação com proteinúria, e o sedimento urinário apresenta poucas alterações. Imunossupressores não apresenta beneficios
Proteinúria ≥ 0,5 g/24 associada à hematúria dismórfica glomerular e/ou cilindros celulares.
Houver elevação da creatinina sérica sem causa aparente e potencialmente associada ao LES (Piora da função renal)
DIAGNÓSTICO
A biópsia permite o reconhecimento de marcadores diagnósticos e prognósticos que podem influenciar a escolha terapêutica.
Quando não submetidos à biópsia renal, e para todos ao longo da evolução, usam-se marcadores clínicos e laboratoriais que
auxiliam a caracterizar a gravidade e atividade da glomerulonefrite
TRATAMENTO
- O tratamento da nefrite lúpica é divido em fases de
indução e manutenção
, realizado nos casos de classes III,
IV ou V.
Na
manutenção
devem receber Micofenolato de mofetil ou azatioprina por 18 a 24 meses.
Indução
-dura geralmente de 3 meses a 1 ano e com pct com doença renal ativa usa-se metilprednisolona por 3 dias e apos prednisolona 6 a 8 semanas.
Diagnóstico
Critério de classificação (SLICC)
Manifestações clínicas
Marcadores imunológicos
FAN
ANTI-dsDNA
ANTI-RO
ANTI-P
ANTI-HISTONA
COMPLEMENTO (C3,C4)
Deve apresentar no mínimo quatro critérios, incluindo pelo menos um clínico e um imunológico
Exames que podem revelar disfunção orgânica
Hemograma
Sumário de urina
Biópsia renal
Enzimas hepáticas/musculares
VHS/PCR
O diagnóstico de Lúpus Cutâneo é diferente do LES. As manifestações cutâneas isoladamente não refletem, necessariamente, a existência de uma doença sistêmica
Fisiopatologia
Defeitos no sistema
Deficiêncas de frações do complemento (C2 e C4)
Genes codificadores de C1q, C2 e C4a
Produção anormal de autoanticorpos
Afeta o circuito imunorregulador de células T
Exarceba células B e inibe a célula T supressora
Produção insuficiente de IL-2 e TGF
Não sustenta células T CD4 e CD8
Evolução fisiopatológica
Imunocomplexos se depositam nos órgãos-alvo
Tratamento
Medidas gerais
Apoio psicologico
Atividade fisica
Educacão
Dieta
Proteção
Medicamentoso
Corticoides
Prednisona
Metilprednisona
Classe mais usada para o tratamento de LES
Usado em manifestações cutâneas e hematologica
Antimaláricos
Hidroxicloroquina
Cloroquina
Necessário fazer exame neurológico- Toxicidade retiniana
Ação antitrombotica e hipolipemiante
Isolados ou em combinação com prednisona podem ser utilizados para manifestações cutaneas subaguda
Aines
Manifestações musculoesqueléticas e serosites
Pode causar meningite asséptica (ibuprofeno)
Imunossupressores
Ciclofosfamida
Micofelonato
Azatioprina
Imunobiologicos
Belimumabe
Anticorpo monoclonal
Rituximabe
Anticorpo monoclonal
Em doença grave e refrataria
Objetivo
Prevenção ou tratamento das complicações
Aumento da sobrevida do paciente
Controle dos sintomas
GRUPO 1
Luciana
Marina Souza
Carlos Eduardo
Gabriel Simiema
Wanderson
Marianna Tonaco
Marianne Morais
Ellen