Jacobina está em uma casa no morro de Santa Teresa com seus quatro amigos. Ele prefere ficar calado enquanto os outros debatem sobre assuntos metafísicos. Quando um deles pergunta a opinião de Jacobina ele fala sobre sua teoria de que cada pessoa possui duas almas, uma interna e outra externa. Para poder exemplificar seu pensamento o homem resolve contar uma experiência que ocorreu com ele anos atrás, quando tinha seus 25 anos. Nesse época ele havia se tornado alferes e todos a sua volta estavam orgulhosos ou enciumados com sua posição. Sua tia Marcolina o chamou para passar um tempo no seu sítio e lá ele recebeu da mesma um grande e velho espelho. Após alguns dias sua tia precisa viajar por motivos pessoais, deixando Jacobina com os escravos no sítio, porém na manhã seguinte todos os escravos fogem. O homem começa a se sentir solitário e vazio e quando se olha no espelho sempre vê uma imagem borrada, já não reconhece mais quem é. Porém quando resolve vestir sua farde e se olhar novamente, vê sua imagem perfeita e nítida refletida no espelho, revelando sua alma exterior que é como os outros o veem.