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PERCEÇÃO 3 - Coggle Diagram
PERCEÇÃO 3
Reconhecimento de objetos
Teoria do reconhecimento por componentes por
Biederman
A hipótese afirma que podemos compreender ou configurar representações mentias de objetos tridimensionais, considerando apenas algumas formas geométricas simples.
BIederman propõe que todos os objetos podem ser reduzidos, na sua estrutura mais básica, a uma composição de formas primitivas - 'geões'
GEÕES
- formas simples 2D ou 3D. Detetados com base em propriedades dos contornos na imagem, invariantes ao ponto de vista do observador. Apresentam 5 propriedades invariantes: curvatura, paralelismo, co-terminação, simetria vs. assimetria, co-lineraridade.
As propriedades invariantes são
não-acidentais
i.e. refletem as propriedades dos objetos.
Evidências exp. : O reconhecimento dos objetos é mais dificil quando são omitidas partes do contorno que fornecem info sobre a concavidade do que quando não são omitidas partes do contorno que fornecem info sobre a concavidade.
O reconhecimento de objetos envolve a correspondência entre: 1. Representação centralizada no objeto, independente do ponto de vista do observador.
Modelo estrutural do objeto armazenado na memória a longo prazo.
Teorias dependentes vs. independentes do ponto de vista
Teorias inp do ponto de vista
- (Biederman) A facilidade do reconhecimento de objetos não é afetada pelo ponto de vista do observador.
Teorias dep do ponto de vista
- (Tarr) mudanças no ponto de vista reduzem a velocidade e/ou a precisão do reconhecimento de objetos.
Tarr e Bulthoff - sugeriram que:
os mecanismos invariantes (indp do ponto de vista) são usados quando a tarefa envolve discriminações de categorias;
Os mecanismos dependentes do ponto de vista são usados quando a tarefa requer discriminações difíceis dentro de uma categoria
Vanrie
- A questão fundamental não é mais se o reconhecimento de objeto é dependente ou não dependente do ponto de vista, mas sim quando, i.e. em que circunstâncias.
Evidências exp. com pacientes com lesões cerebrais:
Agnosia visual (dificuldade em nomear ou reconhecer objetos apresentados apenas visualmente) - Percetiva (défice no processamento percetivo) E Associativa (défice no acesso à informação sobre o objeto).
Anomia - há reconhecimento do objeto mas incapacidade de dar o nome.
Demência semântica - perda central de qualquer conhecimento sobre os objetos
Reconhecimento visual de faces
No processamento holístico ou configural de faces, os traços visuais, não são processados independentemente. A face é processada como uma unidade estrutural global, mas a modificação de 1 ou + traços pode modificar por completo a perceção da face.
Reconhecimento de faces (≠ de objetos):
Processamento configuracional / relacional. Processamento holístico;
Processamento das faces em áreas cerebrais diferentes das envolvidas no reconhecimento de objetos;
Pacientes com prosopagnosia (não reconhecem faces familiares mas reconhecem objetos familiares)
Processamento relacional / configuracional de faces - Dois tipos de info:
1
propriedades relacionais (ou configurações) de primeira ordem = configuração básica de traços na face.
2
propriedades relacionais (ou configurações) de segunda ordem = variação no espaçamento dos traços visuais. -
->
deteção de faces > discriminação entre faces individuais
Processamento holístico:
Os traços faciais não são processados independentemente;
A face é processada como uma unidade estrutural global.
A modificação de traços pode modificar a perceção da face
As representações que fazemos dos componentes interagem entre si.
Evidências (indiretas):
Efeito de inversão
- as faces são mais difíceis de reconhecer quando invertidas do que na posição normal; porque as relações espaciais que fazem parte da configuração de um rosto perdem-se ou modificam-se. Este efeito é menos pronunciado com objetos mas não permite afirmar diferenças quantitativas nos 2 tipos de processamento.
Evidências (diretas):
Efeito parte-todo
- reconhecimento de uma parte da face apresentada é mais preciso quando apresentada na face inteira do que partes isoladas.
Trefa compósita
- decidir se duas partes são diferentes ou idênticas, ignorando as outras partes.
Evidências de Farah (94) e Young (87)
Prosopagnosia
- paciente com lesão cerebral que tem dificuldades em reconhecer faces familiares mas não tem dificuldades em reconhecer objetos familiares.
Evidência de que o processamento de faces é diferente do processamento de objetos:
dupla dissociação
O paciente tem dificuldade em reconhecer faces familiares, mas não sente dificuldades em reconhecer objetos familiares e vice-versa.
Reconhecimento de objetos e nomeação
Modelo hierárquico de Riddoch e Humphreys - Após processamento sensorial do movimento, cor, forma, profundidade, até à nomeação. Existem 5 estádios de processamento.
extração dos componentes elementares da forma;
combinação dos traços numa forma do objeto;
processo que leva a uma representação invariante do ponto de vista.
etapa de processamento que dá acesso ao conhecimento sobre a descrição estrutural do objeto.
acesso ao conhecimento semântico relacionado com o objeto.
É possível encontrar diferentes pacientes com agnosia visual que apresentam problemas em diferentes estádios de processamento:
(Riddoch e Humphreys)
(provas) BORB - Evidências de pacientes com lesões cerebrais:
Défice em processos percetivos precoces: agnosia visual da forma;
Défice em processos percetivos intermédios: agnosia visual integrativa;
défice em processos tardios: agnosia visual de transformação.
dificuldade a nível das descrições estruturais; + dificuldade em aceder a info semânticas sobre objetos: Agnosias associativas.