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Aula 2 A formação do Estado brasileiro (1822-1840): Primeiro Reinado (II),…
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Todos esses enfrentamentos colocavam EM RISCO A MANUTENÇÃO DA UNIDADE TERRITORIAL BRASILEIRA e a autoridade do imperador sobre as diversas regiões do vasto império. Pois nem todas as regiões do Brasil desejavam se manter unidas após a separação de Portugal.
O comércio e a movimentação financeira de diversas regiões ainda eram dominados por portugueses. Havia também tropas leais a D. João VI e contrárias a independência do Brasil, contribuindo para os conflitos.
O Estado brasileiro estava mergulhado em uma profunda crise financeira e com dificuldades de pagar em dia o soldo dos militares e manter uma produção e circulação de mercadorias e serviços satisfatórios para atender as necessidades de todo o país.
Contra o domínio exercido pelo poder central no Rio de Janeiro: motivados por ideias liberais e federalista, os pernambucanos voltaram às ruas para lutar por sua autonomia. Tendências: FEDERALISTAS E REPUBLICANAS. No dia 2 de julho de 1824, Paes de Andrade e a elite ALGODOEIRA, com o apoio de Frei Caneca - que se tornou líder das tropas revolucionárias - proclamaram a Confederação do Equador: um país que seguiria os rumos do republicanismo e seria organizado em federações, como nos Estados Unidos. A repressão do governo do Rio de Janeiro foi imediata e o movimento foi derrubado.
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Tanto o BRASIL quanto a ARGENTINA tinham interesses na posse do território e da bacia hidrográfica do Paraná: o primeiro para ter acesso a navegação do oeste do império e o segundo para controlar as duas margens do rio Paraná, passando a controlar a entrada e saída da Bacia do Paraná, prejudicando os interesses das navegações comerciais inglesas. O URUGUAI desejava se libertar do domínio imperial brasileiro. Ou uruguaios declararam a independência e a sua adesão às Províncias Unidas. A Argentina enviou tropas para expulsar os brasileiros da região, que prontamente reagiram enviando um numeroso exército a mando de D. Pedro I, exigindo mais empréstimos. D. Pedro I foi muito criticado pelos brasileiros e teve a sua popularidade ainda mais enfraquecida.
O conflito também prejudicou os interesses INGLESES na região, fazendo com que a Coroa britânica começasse a pressionar os países envolvidos no conflito para que a guerra terminasse por meio de um acordo. Em 27 agosto de 1828, no Rio de Janeiro, foi assinada a "Convenção Preliminar de Paz" mediada pela Inglaterra. Foi criado um Estado "tampão": REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI. Assim era possível estabilizar as pretensões argentinas e brasileiras na região do Prata.
Restaram disputas internas no Uruguai entre os BLANCOS que sonhavam com o Uruguai unido as Províncias Unidas e os COLORADOS partidários do domínio brasileiro na região.
A excessiva centralização e o autoritarismo de D. Pedro, o seu envolvimento com questões políticas portuguesas, as guerras incessantes e custosas e a crise financeira com diversos empréstimos a bancos ingleses, combinados ao temperamento explosivo do imperador, corroeram as suas bases de apoio.
Março de 1831 ocorreu um confronto no Rio de Janeiro entre os dois grupos, favoráveis e contrários a D. Pedro I; armados com pedras, garrafas quebradas e paus, tomaram conta das ruas da cidade e deixaram marcas de destruição e rastro de sangue por onde passavam.
