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Uma cartografia submersa para pensar a produção do corpo intensinvo (Corpo…
Uma cartografia submersa para pensar a produção do corpo intensinvo
Corpo sem órgãos
Corpo dos afectos circulantes em um encontro entre corpos
“Não é uma noção, um conceito, mas antes uma prática, um conjunto de práticas”
É a substância imanente
“A matéria que preenche sempre o espaço com este ou aquele grau de intensidade [...]”
Se produz como corpo de uma ação livre.
Produto de um encontro sem meta a cumprir; encontro tomado do ponto de vista dos afectos produzidos
É corpo de afectos não instituídos socialmente, por isso, causa tensões ruinosas ao organismo.
“Imantação de linhas de fuga”
Nosso corpo é mais do que um “eu‟ e um organismo
É ele que nos dá sempre um excedente vivo de afectos.
Organismo
Ineficácia do organismo para dar conta da intensidade do CsO
O corpo imantado ao controle estatal através do discurso da saúde perfeita promulgado pela medicina.
O corpo é aquilo sobre o qual o organismo se impõe, mas ele não se limita a isso que se lhe impõe: sempre há uma multiplicidade desconhecida de que o corpo é capaz.
Se o organismo é o roubo do corpo, a fabricação experimental de um CsO é a retomada do corpo através do encontro com suas potências.
Faz parte de nosso organismo toda maneira de sentir e pensar adaptada para viver no mundo dos homens normais, sadios e sensatos; a prática do mergulho coloca em risco esse campo organísmico.
Experimentação
Produção de uma nova forma de fortitude
“Atletismo afetivo”
“Desenvolvimento de uma musculatura afetiva”
Corpo construído
É preciso encontrar uma maneira de acompanhar seus fluxos.
Relação entre corpos
Duas frentes de guerrilha
Cria afectos insuspeitos, capazes de dar ao corpo o estatuto de fábrica inventiva.
Despoluir o corpo da moral médica que o força a ser são ou doente: corpo capturável pelo Estado, pelo trabalho, pelos saberes pré-fabricados
Constituir uma via de criação de novos corpos, portadores de novos afectos, nova sensibilidade.
Quer destituir os poderes do organismo
Mergulho livre
Sem tanque de oxigênio
Mergulho feito com a força que temos no peito
Alonga e cria espaços no peito, no sentido físico e afetivo
Saber nadar é necessário
Mergulhar
“Mergulhamos para ficar imersos, abraçados pelo mar e surpreendidos pela sua estranheza, suas formas de vida „alienígenas‟, algumas moles, gelatinosas, outras perfurantes e cortantes.”
É saborear outra estética
Na produção do CsO do mergulho, desterritorializamos estas linhas que também constituem o organismo.
“O corpo então já está leve, a cabeça está fora, mas os braços e pernas vistos abaixo da água são nebulosos, ondulantes, de contornos borrados: a nitidez das linhas do corpo se liquefaz, inicia-se a desconstrução do corpo individual.”
No mar, toda sensação é confusa.
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CsO intensivo do mergulho não é o corpo do mergulhador transformado, mas é um corpo que transforma o mergulhador, porque o envolve, o implica num campo afectivo, numa realidade sensacional deslocante e inventiva.
O CsO intensivo do mergulho é um agenciamento, em que nosso corpo é apenas um dentre todos os campos de sensibilidade que circulam e se articulam desvairadamente.
O mergulho é um exercício de experimentação de novos fluxos afectivos, sensações insuspeitas, estrangeiras à sensibilidade dominante e ao organismo
No mar
As percepções dos órgãos dos sentidos escorregam uma sobre as outras
Os afetos são atraídos para zonas cheias de desconhecidos
O corpo é, ali, uma espécie de tela pintada de afectos que são cada vez menos sentimentos de um humano, para se tornarem o próprio CsO marinho
“Os afectos são devires”
Cartografia
O cartógrafo precisa ser sensível às ondulações da realidade
“receptividade afetiva
Desenvolver uma sensibilidade, eis o elemento cartográfico
“expressão possível das sensações, percepções e afectos do cartógrafo”
Cartografia como um mapa ou listagem de afectos.
Produção de uma sensibilidade à metamorfose que chega num trajeto realizado
“O mapa exprime a identidade entre o percurso e o percorrido”
Cartografar
É desposar o presente em mutação
“O que carece de forma penetra o impenetrável”
“zonas de duração”
“centros de estabilidade momentânea”
Corpo intensivo
Construído a partir de experimentações capazes de constituir novos campos de sensibilidade.
O corpo intensivo é aquele que, a partir da relação experimental entre corpos, se faz capaz de expressar afectos cheios de simultaneidades e vivacidades insuspeitas.
É um corpo que se “artificializa‟ e, assim, multiplica a realidade, enquanto prolifera campos de sensibilidade novos.
Todo corpo intensivo é feito de campos sensíveis inventivos, cuja possibilidade oferecida é a de “ter sempre um pequeno pedaço de uma nova terra”