Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Diabetes Melito (Classificação e Diagnóstico) (DIAGNÓSTICO (Laboratorial…
Diabetes Melito
(Classificação e Diagnóstico)
DIAGNÓSTICO
Clínico
DM1
poliúria, polidipsia, polifagia perda ponderal
presença de obesidade não descarta o diag
DM2
50% são oligo ou assintomático
tonturas, dificuldade visual, astenia e/ou cãibras
80% possuem excesso de peso
Laboratorial
Glicemia de jejum (GJ)
Meio + prático de avaliar a glicemia
2x > 126mg/dL (dias diferentes) = DM
:check:
Entre 100 e 125mg/dL = GL alterada (IFG)
Realizar teste oral de tolerância à glicose (TOTG)
Nível > 250mg//dL + descompensação metabólica aguda ou sintomas de DM = DM (sem necessidade de se repetir a GJ)
TOTG
Procedimento
Ser realizado pela manha e em jejum de 8 a 14 horas
Coleta-se sangue para dosar GJ
Administram-se 75g de glicose anidra dissolvidos em 250mL de água
Após 2h, coleta-se sangue para dosar a glicemia novamente
Interpretação
Glicemia de 2h < 180mg/dL = tolerância normal à glicose
Glicemia de 2h entre 180 e 199mg/dL = tolerância diminuída à glicose (IGT)
Glicemia de 2h = >200mg/dL = DM
:check:
IGT e IFG = pré-diabetes (situação de risco :arrow_up: de progressão para DM)
Indicações
Glicemia de jejum alterada (IFG)
Diabetes gestacional
Hemoglobina glicada
(HbA1c)
Racional
Reflete a média das glicemias durante os últimos 2 a 3 meses
Acurácia
A ADA recomenda como meta níveis < 7%
Padrão-ouro na avaliação do controle glicêmico
Realizar a cada 3 meses para pct ainda sem controle glicêmico
Realizar a cada 6 meses para pct em controle glicêmico
Armadilhas
Sempre usar o método laboratorial padrão-ouro (HPLC)
Situações que :arrow_down: a sobrevida das hemácias (ex. anemia hemolítica)
Situações que :arrow_up: a sobrevida das hemácias (ex. anemia ferropênica)
:arrow_up: doses de vitaminas C e E (resultados falsamente :arrow_down:)
Uremia, hipertrigliceridemia, uso crônico de álcool, salicilato e opióides (resultados falsamente :arrow_up:)
HbA1c ≥ 6,5% = DM
:check:
Frutosamina
Definição
Proteína glicada com predominância de albumina
Função
Avaliar controle glicêmico nos últimos 7 a 14 dias
Indicações
Em pacientes com hemoglobinopatias
Quando se quer avaliar mudanças a curto prazo no controle glicêmico (ex. durante a gravidez)
Glicosúria
Surge com glicemias > 180mg//dL
Glicosúria (+) e DM (-): em até 50% das gestantes, tubulopatias renais, IRC, glicosúria renal familiar
Pesquisa de corpos cetônicos
Cetonúria + hiperglicemia = cetoacidose diabética (CAD)
Indicações em pcts com DM1
Presença de infecções
Valores de glicemia capilar consistentemente > 250
Gestação
Sintomas de CAD: náuseas, vômitos e dor abdominal
Resultados falso positivos
Urina de indivíduos em jejum (possui 30% de corpos cetônicos)
Uso de medicamentos que contenham o grupo sulfidrila (ex. captopril)
Resultados falso negativos
Urina exposta ao ar por longos períodos
Urina muito ácida (após grande consumo de vitamina C)
Dosagem do peptídeo C (PC)
Avalia a capacidade secretória pancreática
Secretado em concentrações equimolares com a insulina
Ambos originados da clivagem da proinsulina
Procedimento
Dosa-se o PC basal
Glucagon 1 mg (IV)
Dosa novamente o PC após 6 minutos da administração do glucagon
Interpretação
DM2 = PC > 0,9 ng/mℓ no basal e > 1,8 ng/mℓ após glucagon
DM1 = PC < 0,9 ng/mℓ no basal e < 1,8 ng/mℓ após glucagon
Dosagem dos autoanticorpos contra a célula beta
Ajudam a diferenciar DM2 de DM1A e do LADA
Anti-GAD65 é o de maior utilidade
Está presente em 80% DM1
É detectado em 50% dos pcts após 10 anos do diag
Glicemia randômica > 200mg/dL + sintomas de hiperglicemia (os polis) = DM
:check:
Diagnóstico do Diabetes Gestacional
TOTG 75 g-2 h
GJ ≥ 92 mg/dℓ
Após 1 h ≥ 180 mg/dℓ
Após 2 h ≥ 153 mg/dℓ
Outros meios diagnósticos
GJ ≥ 92 mg/dℓ (em duas ocasiões)
HbA1c ≥ 6,5% (em duas ocasiões)
GJ ≥ 92 mg/dℓ e HbA1c ≥ 6,5%
Glicemia ao acaso > 200 mg/dℓ + GJ ≥ 92 mg/dℓ
Diferenças
DM 1 (5%)
poliúria, polidipsia, polifagia
baixa agregação familiar
freq. relativa: 10%
prevalência: 0,1%
início: infância ou adolescência
HLA: positivo
ICA/anti-GAD65: presentes
peptídeo C sérico: baixo
obesidade ao diagnóstico: ocasional
sintomas clássicos: frequente
complicação aguda mais característica: cetoacidose diabética
tratamento medicamentoso inicial: insulina
DM 2 (95%)
assintomáticos ou oligossintomáticos
alta agregação familiar
freq. relativa 90%
prevalência: 7,5%
início: > 40 anos
HLA: negativo
ICA/anti-GAD65: ausentes
peptídeo C sérico: normal ou alto
obesidade ao diagnóstico: frequente
sintomas clássicos: 50% são assintomáticos
complicação aguda mais característica: sd. hiperosmolar hiperglicêmica
tratamento medicamentoso inicial: hipoglicemiantes orais
CLASSIFICAÇÃO
Diabetes melito tipo 1
(10% dos casos)
DM1 autoimune (DM1A)
Patogênese
Desenvolvimento (4 fases)
pré-clínica, com suscetibilidade genética e autoimunidade contra a célula beta
início clínico do diabetes
remissão transitória
diabetes estabelecido associado a complicações a agudas e crônicas
indivíduo geneticamente suscetível (HLA +)
gatilho (infecção viral)
Ab produzidos contra antígenos virais (Abv)
Antígenos virais têm mimetismo com antígenos das células betas
Abv agridem as células beta
hiperglicemia surge quando 90% das ilhotas são destruídas
Principais autoanticorpos
autoanticorpos anti-ilhotas (ICA)
autoanticorpos anti-insulina (IAA)
antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD65)
IA-2 e IA2b
Etiologia
herança monogênica (+ rara)
apresentação
isolada
associada a:
Sd. poliglandular autoimune do tipo 1 (SPA-1)
Sd. IPEX
herança poligênica (+ comum)
Genes ligados ao HLA + comuns
alelo HLA DR
alelo HLA DQ
Diabetes melito tipo 2
(90% dos casos)
Patogênese
Principais mecanismos fisiopatológicos
Resistência periférica à ação insulínica nos adipócitos e, principalmente, no músculo esquelético
Secreção deficiente de insulina pelo pâncreas
:arrow_up: produção hepática de glicose, resultante da resistência insulínica no fígado
Fatores de risco
Obesidade (+ importante)
História familiar de diabetes (pais ou irmãos com diabetes)
Idade (a partir dos 45 anos)
Diagnóstico prévio de intolerância à glicose
Hipertensão arterial
Dislipidemia (HDL-colesterol < 35 mg/dℓ e/ou triglicerídeos > 250 mg/dℓ)
História de diabetes melito gestacional ou macrossomia fetal
Tabagismo
Introdução
Surge após os 40 anos
80% são obesos
90% possuem Sd. Metabólica
Sd. hiperosmolar hiperglicêmica
Complicação aguda clássica
Elevada mortalidade
Cetoacidose diabética (CAD)
Surge em associação com o estresse de alguma doença associada
Revela :arrow_up: em pct com DM2 nos últimos anos
Diabetes melito gestacional
Primeiro diagnóstico de intolerância à glicose durante a gravidez, com permanência facultativa após o parto
Geralmente manifesta-se a partir da 24ª semana gestacional
A gravidez é um estado diabetogênico
Gestante: :arrow_up: chance de complicações obstétricas, cesária, futuramente desenvolver DM2, dislipidemia e HAS
Filho: macrosomia em 30% dos casos, :arrow_up: morbidade e mortalidade perinatal
EM QUEM PESQUISAR O DIABETES?
4p's
Vulvovaginites de repetição
Disfunção erétil
Nos assintomáticos > 45 anos
Jovens com fatores de risco
Sinais ultrassonográficos de esteatose hepática
Crianças com sobrepeso associado a 2 ou + fatores de risco:
História familiar de DM2 em parentes em primeiro e segundo graus
Determinadas raças ou etnias (p. ex., índios norte-americanos, negros, latino-americanos etc.)
Sinais de resistência insulínica (RI) ou condições associadas a RI (p. ex., acantose nigricans, hipertensão, dislipidemia ou SOP)
História materna de DM ou diabetes gestacional.
HIPOGLICEMIA
DIAGNÓSTICO (tríade de Whipple)
valores reduzidos de glicose;
sintomas de hipoglicemia (neuroglicopênicos e hiperadrenérgicos)
melhora clínica após reposição de glicose hipertônica IV