Boas, ao formular a crítica às noções de origem e de reconstituição dos estágios, mostra que um costume só tem significado se for relacionado ao contexto particular no qual se insere, portanto, as histórias locais não se enquadram num padrão universal, motivo pelo qual cada sociedade adquire o estatuto de uma totalidade autônoma.
Para Boas, o antropólogo deve ser, ao mesmo tempo, o teórico e o observador, portanto, não pode contentar-se apenas em coletar materiais à maneira do viajante, missionário ou administrador, mas deve procurar detectar o que faz a unidade da cultura que se expressa através desses diferentes materiais. Por essas razões, acreditava que apenas o antropólogo podia elaborar uma monografia, isto é, o estudo científico de uma microssociedade, apreendida em sua totalidade e considerada em sua autonomia.