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HEPATITES VIRAIS CRÔNICAS (HEPATITE B CRONICA (TAXA DE CONVERSÃO…
HEPATITES VIRAIS CRÔNICAS
INTRODUÇÃO
Conceito
: lesão hepática necroinflamatória > 6 meses. Mas na maioria das vezes, o diagnóstico é clinico-laboratorial (elevação das aminotransferases + antígenos virais).
Complicações
: cirrose hepática pós-necrótica e hepatocarcinoma.
ETIOLOGIA
Hepatites B, C e E
(autóctone)
DxD: hepatites autoimunes, lesões tóxicas e medicamentosas, doença de Wilson, e raro: hemocromatose e deficiencia de alfa-1 antitripsina.
CLASSIFICAÇÃO
Etiologia
Escores de Knodell-Ishak e Escore de Metavir
Grau do processo necro-inflamatório
Estágio da Fibrose
PERFIL LABORATORIAL HEPÁTICO
Diangnóstico e Seguimento:
ALT e AST
Estabilizam 1-1,5 do LSN
Flutuante: níveis elevados 5-10x LSN
Valores normais mantidos
ALT > AST -> inversão deste padrão = doença avançada ou concomitância de lesão hepática alcoólica.
Prognóstico:
Biópsia e Histopatológico
: melhor parametro.
FA e GGT: normais ou elevação discreta.
Albumina e TAP: normais, exceto na cirrose avançada.
HEPATITE B CRONICA
CONCEITO
: HBaAg + por > 6 meses + Anti-HBc IgG + (em achados ocasionais, apenas o achado deste sugere Hepatite Crônica).
TAXA DE CONVERSÃO
RN: 90%
Crianças: 25%
Adultos: 5-10%
Icterícia -> menor risco de cronificação
Apenas 25-30% abrem o quadro com Hepatite Aguda
Cirrose Hepática: Hepatite B Crônica: 50% em 20 anos.
Hepatocarcinoma: 15% a partir do quadro de cirrose.
Hepatite B Crônica: 50% podem se estabelecer na ausência de Cirrose prévia.
Hepatite C Crônica: Só surge após quadro de cirrose prévia.
PROGNÓSTICO
: depende do grau de fibrose e atividade necroinflamatória do parênquima hepático.
Fatores + associados a cronificação do HBV: < idade, masculino, imunodepressão, DRC (+ dialítica), infecção pelo HIV, Sd Down e doenças linfoproliferativas.
Fatores + associados a Cirrose e Hepatocarcinoma: álcool, tabagismo, extremos de idade, história familiar, aflatoxinas, replicação viral persistente, genótipos Ce F, mutante pré-core, coinfecção HIV, HDV e HCV e outras hepatopatias crônicas.
HISTÓRIA NATURAL
5 fases evolutivas: imunotolerância, imunoeliminação e soroconversão. Reativação (nem todos os pacientes) e Não-reativa (Hepatite B "oculta").
Período Replicativo
Imunotolerância
Duração: Adulto: 4-24 semanas e Criança (transmissão perinatal): 10-30 anos.
Intensa replicação viral: HBeAg +, anti-HBe -, DNA viral > 20.000 cópias -> sistema imune ainda não "reconheceu" os hepatócitos infectados.
Aminotransferases e Biópsia normais.
Alta taxa de transmissão
Imunoeliminação (imunoclearance)
Ataque imune: importante lesão hepatocitária
Replicação viral ainda elevada: HBeAg +, anti-HBe -, DNA viral variável.
Aminotransferases se elevam e Biópsia: lesão necroinflamatória e fibrose.
Duração: variável -> meses a anos.
Taxa de conversão para próxima fase: 10-15% ao ano (50% em 5 anos e 70% em 10 anos)
Reativação
= 4ª fase
4-20% após fase não-replicativa = novo episódio de replicação viral
Imunodepressão (HIV, QT, Imunossupressores)
Reversão do HBeAg + ou, por mutação pré-core continua negativo, com DNA viral se elevando, assim como as aminotransferases.
Todo paciente na fase de soroconversão deve ser monitorizado com dosagens seriadas da carga viral HVB-DNA a cada 6 meses = PCR quantitativa.
Mutante Pré-Core
: incapacidade de produzir o antígeno "e", mantem-se replicantes, escapa da soroconversão, evolução com várias recaídas e aumenta o risco de evolução para cirrose e hepatocarcinoma -> genoma incorporado ao do hepatócito, que se manifestam quando há imunodepressão (Dx pela CV).
Período Não-Replicativo
Soroconversão
HBeAg -, Anti-HBe + e DNA viral indetectável ou em níveis muito baixos.
Grande depuração viral -> persiste material genético do vírus B incorporado ao genoma do hepatócito (latente)
Regressão parcial ou total da lesão hepática necroinflamatória, mas pode persistir a fibrose
Aminotransferases retornam ao normal
Portadores Inativos
Não está indicado tratamento antiviral nesta fase, pois quando permanecem, apresentam bom prognóstico
Preditores de soroconversão: > 40 anos, ALT > 2x LNS e genótipos A e B.
Flare
- agressão hepatocitária
HBsAg permanece + indefinidamente
HBsAg negativa de 0-5-2% ao ano -> cura espontânea da Hepatite B crônica = HBsAG -, anti-HBc IgG + e anti-HBs +.
QUADRO CLÍNICO
Maioria assintomática ou oligossintomática
Sintomáticos
Fadiga + encontrado
Outros: náuseas, vômitos, anorexia, dor leve ou desconforto em HD, dificuldade de concentração, distúrbios do sono.
Exacerbações Agudas: Icterícia e elevação significativa das aminotransferases.
Manifestações Extra-hepáticas
Sd. Nefrótica devido a GN por imunocomplexos -> nefropatia membranosa (remissão espontânea em 30-60% junto com a soroconversão para anti-HBe)
PAN - Poliarterite Nodosa
TRATAMENTO
ABORDAGEM
Anamnese
Identificar fonte da infecção
Fatores de risco para outras hepatopatias (uso de álcool)
Exame Físico: estigmas de hepatopatia crônica
Exames complementares
Aminotransferases: ALT e AST
Sorologias: HAV, HCV, HIV e HDV
Metabolismo do Ferro: Ferro Sérico e TIBC
Marcadores de Função Hepática: BB, TAP, Albumina
Contagem de Plaquetas
Pacientes negativos para anti-HAV IgG = vacinados contra Hepatite A
Avaliar se o paciente está em fase replicativa
HBeAg = grande marcador de replicação viral = > 100.000 cópias indica alta viremia
Anti-HBe
HBeAg + e Anti-HBe - = fase replicativa
HBeAg - e Anti-HBe + = fase não replicativa (exceto no mutante pré-core)
Biópsia Hepática = somente nos casos duvidosos
TERAPÊUTICA
Objetivos
Cura da infecção: HBsAg negativo e anti-HBs positivo
Controle da replicação viral = negativação sustentada do HBeAg e HVB-DNA (carga viral) -> remissão clínico-bioquímico-histológica = impede a evolução para cirrose e hepatocarcinoma.
pacientes que não soroconvertem -> HBeAg + e anti-HBe
- apesar do tratamento.
Indivíduo já
cirrótico
= reduz a descompensação hepática e aumento da sobrevida.
Em mutantes pré-core = o controle da replicação é somente pela carga viral
< 10.000 cópias/mL ou 2.000 UI/mL.
HEPATITE C CRÔNICA
HISTÓRIA NATURAL
QUADRO CLÍNICO
Assintomática na fase aguda -> geralmente diagnosticada na fase crônica, em exames de rotina
Sintomáticos: fadiga crônica, associada a não a náuseas, vômitos e anorexia.
Extra-hepático
Crioglobulinemia mista (tipo II): vasculite cutânea, GN membranoproliferativa (imunocomplexos virais-anticorpos), Sd Sjogrën e Fibrose Pulmonar Intersticial
Dermato: Porfiria Cutânea Tarda e Liquem Plano
TRATAMENTO
Resposta Virológica Sustentada > 90%
LABORATORIAL
Níveis flutuantes, mas com picos mais baixos que Hepatite B.
Anti-LKM (hepatite autoimune tipo II) - DxD de confusão
Neoplasias associadas
Carcinona Hepatocelular
Linfomas Não-Hodgkin de Céls. B = folicular, linfocítico crônico, linfoplasmocitário e da zona marginal e Gamopatia de Significado Indeterminado.
EVOLUÇÃO
Infecção Aguda -> 80% cronifica
1/3 Cirrose Hepática (CH) < 20 anos -> progressor rápido
1/3 CH entre 20-50 anos -> progressor intermediário
1/3 CH > 50 anoos -> progressor lento
Preditores de Progressão Desfavorável -> > 40 anos, masculino, alcoolismo, coinfecção HIv e/ou HBV, imunossupressão, esteatose hepática, resistência à insulina e atv necroinflamatória intensa na primeira biópsia hepática, excesso de ferro no parênquima.
HEPATITE D CRÔNICA
Não aumenta a chance de cronificação
Aumenta a chance de Hepatite Fulminante e CH
HEPATITE E CRÔNICA