MODELAGEM DE NICHO ECOLÓGICO E DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES
Distribuição das Espécies
Sabe-se pouco da maior parte das espécies
Para pouquíssimas espécies há conhecimento profundo. Ex.: Tolerância à salinidade.
Muita informação de poucas espécies
*Os dados gerais das espécies diminuem a lacuna espacial e espécie específica
Modelagem de Nicho Ecológico e Distribuição das Espécies
Obtenção de mapa de adequabilidade ambiental a partir de um modelo que descreva o nicho das espécies.
Usado porque:
Método que relaciona dados de ocorrência e ausência ou abundância com informações ambientais para predizer e/ou compreender a distribuição das espécies.
Utilizado para:
Projetos para diferentes condições, espaço ou tempo
Incorpora novas informações e aprimora modelos (não é estático)
É replicável
Avalia a importância das variáveis, principais incertezas, regiões mais robustas e limiares
Testa diferentes premissas
Orientar coleta de dados (em área já conhecida)
Descobrir novas questões (acréscimo de variáveis)
Explicar
Disciplinar questões científicas
Predizer
Expor conhecimento disseminados, porém incompatíveis com dados existentes
Fundamentação Teórica e Conceitual
Espaço Geográfico vs Espaço Ecológico
(Expressão Ambiental) (Expressão Espacial)
Nicho Grinneliano: condição (escala + ampla)
Nicho Ecológico
Nicho Eltoniano: recurso (escala + simples)
Condição
Adequabilidade
Diagrama de BAM (Biótico-Abiótico-Movimentação)
Mais utilizado pela facilidade na base de dados
Considera:
Ótima representação gráfica dos fatores determinantes da distribuição das espécies
Interações biológicas
Regiões acessíveis
Condições favoráveis
O resultado destes 3 fatores é a distribuição real das espécies
Fundamentação Metodológica
Base Técnica
Variáveis Ambientais
Algoritmo de distribuição (distribuição prevista) (relaciona ocorrência e variáveis)
Ocorrência das espécies (pontos de ocorrência)
Dados da literatura/tese
Bases de dado on-line (Species Link)
Pontos registrados pelo grupo de pesquisadores ✏
Museus
Anotações pessoais ✏
Gazetters
Interpolação: ocorre entre 2 pontos observados (estimativa/generalização)
Extrapolação: extrapolar para o não conhecido, mas com grande base de dados que diminui o erro
Recursos: disponibilidade de alimento (prod. primária) e presença de competidor, predador, parasita
Categorização: ou positivo ou negativo. Ex.: Tipo de cobertura de solo
Condições: temperatura, precipitação, topografia, pH, salinidade (espacial)
Base de Dados:
Marspec: variáveis oceânicas
IPCC: mudanças climáticas
WordClim: clima global, interpolado e extrapolado
USGS: cobertura do solo, índices de vegetação
IBGE
Métodos Estatísticos
Métodos de Inteligência Artificial
Métodos de Envelope e Distância
Muito erro, porém bom para fins didáticos
Envelope Bioclim
Simples
Tolerância ambiental para múltiplos preditores
Somente presença
Predição binária
Modelo Linear Generalizado - GLM
Análise de dados e predições
Múltiplas categorias de função resposta
Fala da Adequabilidade
Regressões paramétricas
Entropia Máxima - Maxent
Complexos e avançados
Valores para os dados de registros positivos (valor ótimo = média dos valores observados)
Variáveis não tem importância igual para as espécies
Maximiza a entropia
Predições contínuas (0-100)
Etapas da Modelagem
1º Capas de Variáveis Ambientais (dados ambientais relevantes, escolhidos manualmente ou pelo programa)
Pontos de ocorrência ou densidade + Capas de variáveis ambientais
Algoritmo de distribuição (vários processos interferem nas etapas até chegar ao fim)
Distribuição das espécies
2º Criar dois Subconjuntos (um deles gera a previsão)
3º Calibração
5º Validação
6º Distribuição das Espécies
4º Mapa de Adequabilidade Ambiental
Utilizar apenas com o que foi selecionado através de testes específicos, próprio modelo ou manualmente
Teste
Treino
O pesquisador define quantas vezes são necessárias as mudanças
Mudança dos parâmetros até chegar no padrão desejado
Construção do(s) mapa(s)
Estatística de desempenho e limiar
Utilizar o que não foi usado na 2º etapa (reservado para esta etapa)
Avaliação do desempenho
Balanço entre erros (de sobreprevisão e de omissão) e acertos de predição
Estatísticas de desempenho
Define se o modelo pode ser usado
Limiar de ocorrência: Adequabilidade ambiental que estabelece a mudança discreta da distribuição de 1 espécie (de inexistente para existente)
Distribuição real vs Distribuição predita, gera a matriz de confusão
Kappa
AUC
TSS (+ utilizado)
Ponto de inflexão
Métodos:
Arbitrário
Menor probabilidade observada
Probabilidade quando especificidade e sensibilidade = 0,5
Valor de Kappa maximizado
Previsão Conjunta
Classes de modelo: GARP
Parâmetros de modelo
Condições iniciais
Condições de limite e projeções: media/mediana de todos os modelos juntos
Junção de várias predições e retirada de um padrão
São importantes porque os modelos diferem entre perda de 92% e ganho de 322%
GARP
Maxent
Árvores de decisão
Rondon Forest
Redes neutrais
Maxent
Árvores de decisão
Rondon Forest
Desvantagens
Vantagens
Reduz o ruído causado por uma predição de má qualidade
Pode-se ponderar o peso de modelo final pelas estatísticas de avaliação
Reduz a probabilidade de falso positivo
Resultados rígidos que podem desviar da realidade
Aplicação dos Modelos de Nichos e Distribuição
Restauração, translocação e reintrodução
Avaliar o risco de invasão e transmissão de doenças
Seleção e delineamento de reservas
Impactos do clima (passado e futuro) sobre as espécies
Descobrir novas populações
Evolução do Nicho