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The Knock Knock Project (O que as crianças pensam sobre o lugar onde…

- - - - Existem outras casas dentro da sua casa?
        
        Existem casas na escola?
        Quem mora lá?
- - - - Para falar de família conversamos sobre as famílias no reino animal. Abelhas, formigas, elefantes marinhos, elefantes e cavalos marinhos. Manu se emocionou ao ver uma ninhada de cachorrinhos ser amamentada por uma gatinha.
        
        No quarto dia conversamos sobre casas dentro de casas. Bia T. nos contou sobre o mais novo morador de sua casa: um filhotinho de chihuahua. Sua vivência enriqueceu o momento de conversa e todas as crianças se emocionaram ao falar de animais de estimação... e alguns moradores menos amistosos, como as baratas!
        
        No fechamento da primeira rodada visitamos alguns moradores do Sidarta: as tartarugas e as galinhas. Maitê S. ficou surpresa ao descobrir que nem todas as famílias têm filhos. Mas o final ficou doce quando as crianças afirmaram, veementemente, que mesmo tendo cores e tamanhos diferentes, todas as galinhas eram sim, uma família. Como nos disse Matteo, a gente sabe que nossa família é a nossa porque a amamos.
- - - - A discussão sobre o conceito e constituição de família aconteceu na horta.
        Quem liderou o grupo e ilustrou o que tinham descoberto até o momento com precisão e confiança foi João Vicente, ao dizer:
        "Massami, você não fica junto com a sua família? Guigo, você não fica junto com a sua família? Então, família é assim, a gente fica junto."
        
        Ao falar dos bichos que dividem a casa conosco, as crianças se focaram mais nas convivências "acidentais": formigas, lagartixas e joaninhas. Depois, conversaram sobre as responsabilidades envolvidas em adotar um animal, assim como as dores e as delícias do convívio. Tony nos lembrou de como é importante dividir com os irmãos - mesmo que seja difícil.
        
        No fechamento do projeto, descobrimos uma casa de bicho inesperada: o pé de maracujá estava em flor e diversos insetos "se mudaram" para lá. As crianças se encantaram com a flor exótica do maracujá. Algumas pegaram para darem para suas mães. Contudo, foi só entrarmos no galinheiro que as galinhas decidiram que as flores eram guloseimas. Filipe ficou muito espantado quando a galinha bicou a flor que ele segurava!
- - - - Quando chegou o dia de falar sobre família, a conversa tomou um rumo inesperado: as crianças compartilharam as semelhanças e diferenças físicas dos membros de suas famílias! Afinal, assim como os pintinhos e galinhas, nem todos têm a mesma cor. E, no caso de humanos, preferências. Bia C., observando a família numerosa das galinhas, contou que sua família é menor, ou, nas palavras dela:
        "Minha família é curta!"
        
        Quando fomos falar sobre as casas que existem dentro das nossas casas, Enzo Daniel falou com muito amor de suas cachorras, e contou um episódio em que um bichinho de estimação mordeu um inseto e ficou com o focinho inchado,
        Em seguida, João Vítor nos lembrou que nossas casas também podem ser casas de insetos, ratos e borboletas!
        As crianças ficaram muito felizes e encenaram o convívio dos animais das casas na sala de teatro, o que enriqueceu mais ainda a vivência.
        
        No fechamento da primeira rodada, durante a exploração da mata que há perto do galinheiro, Enzo Daniel cochicou para teacher Paula:
        "Teacher, estou com medo do lobo mau!˜
        Foi então que o percurso fez uma curva a mais para tratar desse assunto tão importante na primeira infância: o medo.
        Teacher Paula e Teacher Eli organizaram uma roda de conversa cujo tema foi o instinto. As professoras tomaram um momento para explicar que o medo é um sentimento importante, é nosso instinto de sobrevivência. As próprias crianças trouxeram o fato de que os pintinhos tinham medo delas também, mesmo elas sendo "do bem".
        Enzo ficou muito mais tranquilo e a atividade seguiu em frente!
        
        Fomos, então, para o laboratório de Química onde as crianças conheceram os ovos que estavam sendo chocados em uma chocadeira.
        Elas ficaram fascinadas com os ovos e se perguntando como o pintinho faz para sair de lá, como ele sabe quando sair de lá...
        E ficou o questionamento:
        O ovo é um tipo de casa?
- - - - Foi então que decidiram ir mais além e chegaram ao bambuzal
        Fizeram uma grande roda de conversa sobre as diferentes casas de bichos, e chegaram à conclusão que a casa mais legal era a da abelha, pois era doce... Quando João Cordeiro achou um pedaço de banana! Foi quando Lucas falou que aquela devia ser a casa de algum macaco... e não é que o danado do macaco apareceu?
        As crianças ficaram encantadas e decidiram que no dia seguinte iriam retornar...
        
        No dia seguinte as crianças, encantadas com os macacos, pediram para voltar ao bambuzal. Teacher Eli os guiou numa viagem por portais mágicos, dessa vez munidos de melancias para oferecer aos macacos. Teacher Thais trouxe mel para as crianças experimentarem, já que tinham gostado tanto da casa das abelhas. Lucas gostou tanto do mel que pediu para repetir a colherada...
        Estava tão doce que os macacos seguiram a turma e ficaram observando com água na boca. Os alunos e as teachers compartilharam o mel com eles, que voltaram para casa agradecidos.
        
        Então, depois de pensar tanto sobre casas de bichos, chegou a hora de conceber a casa ideal. Usando giz pastel para desenhar na lixa, os alunos expressaram suas personalidades e preferências na concepção das casas. O resultado foi colorido, diverso e mostra o que cada um mais valoriza em um lar.
        
        Para finalizar a primeira rodada, os alunos foram ao galinheiro conhecer o pintinho que acabara de nascer da chocadeira. Teacher Eli mostrou como segurá-lo delicadamente, e cada criança teve a oportunidade de testemunhar o começo dessa vida que aconteceu aqui no Sidarta.