O nome, curiosamente, é um apelido para como os operários da fábrica tratavam a peça: molenga. Parece improvável, mas a Mole não fez sucesso logo de cara. Passou mais um ano exposta na Oca, a loja de Sergio Rodrigues em Ipanema, até que alguém se interessasse pela compra. Só entrou para a lista de ícones do design em 1961, quando venceu o Concurso Internacional do Móvel de Cantú, na Itália, por apresentar o verdadeiro modo brasileiro de sentar.
Nas palavras do designer: “essa é uma poltrona superpreguiçosa”.
“É apenas a figura, a peça, não é apenas o material do qual esta peça é composta, mas algo que tem dentro dela. É o espírito da peça… É o espírito brasileiro. É o mobiliário brasileiro!”.
Suas peças mais famosas são: Cadeira Oscar (1956), Poltrona mole (1957), poltrona aspas “chifruda” (1973), Poltrona Killin (1973), Banco Sonia (1997), Poltrona Diz (2001).
Ainda de sentar. Eu tinha concluído que, como a bunda não vai se modificar no próximo milénio, os arquitetos de móveis tinham que criar a partir dela ( ou delas, se considerarmos a duplicidade dessa singularidade anatômica).