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Gestão da Inovação em Startups (Contribuição da Pesquisa (A análise das…
Gestão da Inovação em Startups
Inovação Aberta
Remete à expansão das possibilidades de geração de inovação, por meio da promoção de relacionamentos com agentes externos para adquirir conhecimentos, co-desenvolver e compartilhar aprendizados e experiências de diversas formas.
Inovação Fechada
Considera que a empresa deve sempre utilizar as fontes internas para geração de suas inovações
Basicamente a estratégia de inovação deve incorporar a interpendência dos riscos de coordenação, da iniciativa de inovação aberta e desta proposta ao longo de sua cadeia de valor (ADNER, 2006).
A estratégia de inovação aberta pode ser vista ainda como dois processos simultâneos: o processo de busca “outside-in” relacionado à procura de inovação em fontes externas e o processo “inside-out” que se refere à comercialização de ideias, conhecimento e inovações que não foram incorporados pela empresa.
O enfoque da inovação aberta é nos processos de inovação, vistos como um fluxo aberto para informações externas.
O
crowdsourcing
diz respeito às ligações entre a empresa e um conjunto anônimo de indivíduos.
A inovação centrada no usuário
user innovation
prioriza o usuário como contribuinte principal para o processo de inovação para atender às suas necessidades específicas.
A cocriação
co-creation
refere-se ao esforço conjunto entre empresa e clientes para o desenvolvimento de novos produtos e serviços por meio da comunicação e interação.
Os modelos existentes em gestão da inovação aberta para aproximação e interação com o segmento de empresas startups são variados no Brasil, podendo ser desde chamadas para projetos em temas específicos, monitoria de empresários reconhecidos e até o fornecimento de instalações físicas para que as empresas desenvolvam suas atividades.
Definições de Startus
Para Ries (2014)
, “startup é uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza”.
Já na visão de
Taborda (2006) apud Signori et al. (2014)
, o conceito se refere a “empresa em fase embrionária, geralmente no processo de implementação e organização das suas operações”.
Já
Gitahy (2011) apud Signori et al. (2014)
considera que a startup é uma empresa geralmente jovem, ainda na fase de construção de projetos mas ainda em busca de “um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza”
Contribuição da Pesquisa
A análise das experiências observadas nas empresas no Brasil (Natura, Braskem, Bradesco e Telefônica) demonstra que o objetivo principal dessas grandes empresas na criação de programas para promoção de startups é diversificar suas estratégias de inovação e manter-se atualizada frente às tendências tecnológicas de mercado.
Para as startups, a interação com grandes empresas que já adotaram a estratégia de inovação aberta torna-se uma oportunidade de acesso a recursos financeiros/financiamento, acesso a mercado, maior visibilidade, capacitação e mentoria e acesso a investidores e potenciais ovos mercados.
Embora haja um potencial enorme de criação de redes e oportunidades de negócios nesta nova tendência observada no Brasil, é recomendável que, principalmente as startups, sejam críticas e seletivas ao analisarem a sua participação nesses programa.
Assim, esta tendência de relacionamento de grandes empresas com startups no âmbito da inovação aberta, revela ainda a necessidade de que as políticas públicas sejam capazes de englobar iniciativas que possam contemplar e promover com maior empenho as startups brasileiras, as
quais devem ser vistas como uma grande fonte de novas ideias, conhecimento, inspiração e inovações tecnológicas para a indústria do país.
A estratégia de inovação aberta tem sido amplamente adotada no Brasil e no mundo. O caso clássico de inovação aberta bem sucedida no mundo é a experiência da empresa Procter & Gamble com o programa “Connect and Develop”, uma plataforma global de inovação, capaz de gerar 35% das inovações lançadas no mercado pela multinacional
No Brasil várias empresas já adotam explicitamente a estratégia de inovação aberta como a Natura, a Braskem, a 3M, a Embraer, o BG Group, a BR Foods, a Fiat, a Petrobrás e a Vale, dentre outros.