Teoria do
Fundamentalismo
Identifica os
preceitos éticos externos ao ser humano, não permitindo que o indivíduo
encontre o certo ou o errado por si mesmo. O exemplo típico desta teoria é a
Bíblia Sagrada, que funciona como um livro de regra de fé e prática para
aqueles que depositam a sua confiança nos seus escritos; os seguidores cumprem
as determinações externas sem questionar. Essa teoria também acontece quando
grupos de indivíduos definem determinados preceitos a serem seguidos por todos
sem a oportunidade e a possibilidade de aceitar ou não; são as regras para
serem cumpridas.
Teoria do Utilitarismo
propõe que o conceito ético seja elaborado com base no critério do maior
bem para a sociedade como um todo. Com base nessa teoria, a conduta do
indivíduo, diante de determinado fato, dependerá daquela que gerar um maior bem
para a sociedade. Podemos tomar como exemplo a Guerra do Iraque, em que o
Presidente dos Estados Unidos, George Bush, poderá afirmar que as suas condutas
estão dentro dos melhores padrões éticos, pois a presença de Saddam Hussein
causa um mal para a sociedade.
Teoria do Dever Ético
Apregoada por Emanuel
Kant (1724-1804), propõe que o conceito ético seja extraído do
fato de que cada um deve se comportar de acordo com os
princípios universais. Kant propôs que estes conceitos éticos
sejam alcançados da aplicação de duas regras:
1) Qualquer conduta aceita
como padrão ético deve valer para todos os que se encontrem
na mesma situação, sem exceções.
2) Só se deve exigir
dos outros o que exigimos de nós mesmos. Como exemplo, pode-se citar que
todos os profissionais de contabilidade não deve omitir dados do Balanço
Patrimonial por eles elaborados. Esta norma de conduta é universal para todos
os profissionais independente do porte da empresa e dos serviços que são
prestados. Existem críticas a essa teoria, afirmando da dificuldade em
encontrar o caráter universal em algumas relações.
Teoria Contratualista
Tendo como
precursores John Locke (1632-1704) e Jean Jacques Rousseau (1712-1778), parte
do pressuposto que o ser humano assume com os seus semelhantes a obrigação de
se comportar de acordo com regras morais estabelecidas para o convívio social.
Dessa forma, os conceitos éticos seriam extraídos das regras morais que
conduzissem à perpetuação da sociedade, da paz e da harmonia do grupo social.
Essa Teoria não atentou-se para a mutabilidade das regras morais aplicadas a
determinados grupos sociais. Se um grupo de contadores resolvessem omitir as
informações contábeis para os seus clientes, teriam as suas ações de acordo com
esta teoria, legitimados sob o ponto de vista ético.
Teoria do Relativismo
Com base nessa
teoria, cada pessoa deveria decidir sobre o que é ou não é ético, com base nas
suas próprias convicções e na sua própria concepção sobre o bem e o mal. Dessa
maneira, o que é ético para um pode não o ser para outro. Com essa teoria,
muitos tentam justificar os seus próprios erro
O relativismo cultural parte da premissa que cada cultura se expressa de diferentemente. Dessa forma, trata-se de pregar que a atividade humana individual deve ser interpretada em contexto, nos termos de sua própria cultura.
Teoria Individualista
A ética individualista, ou kantiana, defendida por Emanuel Kant, conclamava as pessoas a saírem da heteronímia (condição em que se é guiado por outros), que representava o poder das tradições e das crenças, para passar a exercer a autonomia (governo de si mesmo), guiando-se exclusivamente pela própria razão, promovendo o próprio interesse. O indivíduo deveria buscar em sua própria razão as regras do que é certo e justo e fundar nelas a sua conduta moral, ou seja, o indivíduo deve agir em conformidade com as regras que ele próprio dita para si e que não precisam necessariamente estar em conformidade com as regras sociais.