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Exames laboratoriais e radiológicos do aparelho urinário (Creatinina…
Exames laboratoriais e radiológicos do aparelho urinário
Exame de Elementos e Sedimentos Anormais (EAS)
Sedimentoscopia
Microscopia. Antigo, por campo de 320x. Citometria de fluxo é mais moderna
Leucócitos de 0 a 6 por campo.
Leucocitúria pode ser por Infecção Urinária, Glomérulonefrites, Nefrite Intersticial Aguda, Cólica Nefrética por cálculo urinário, inflamação causada por lesão epitelial decorrente de nefrolitíase
Hemácias de 1 a 2. Se há hematúria, fazer avaliação do dismorfismo eritrocitário (deformação), se estiver dismórfica, significa que passou pelo capilar glomerular. >80% de hemácias dismórficas (significa defeito glomerular: glomerulonefrites). >80% isomórficas seria por ITU, nefrolitíase
Células epiteliais de 0 a 10. >10 significa que a amostra está inadequada e precisa de nova coleta (acontece mais em mulheres, por contaminação do epitélio vaginal). Não tem nenhuma importância clínica
Cilindros
Ausentes
Formados pelas proteínas de Tamms-Horsfall, quando o fluxo intratubular está baixo. É gelatinosa e não solidifica em fluxo intenso
Cilindros hialinos
Podem ser fisiológicos ou por baixo fluxo urinário (ex: na hipovolemia, tenta-se reabsorver toda a água para evitar perda e diminui o fluxo urinário)
Cilindros granulosos
Patognomônico de necrose tubular aguda. Células epiteliais se tubulares sofrem necrose ou lesão decorrente de isquemia ou medicamentosa por AINE's
Cilindros hemáticos
Significa glomerulonefrite aguda. Não sendo necessária avaliação do dismorfismo eritrocitário
Cilindros leucocitários
Inflamação ou infecção do parênquima renal (lesão epitelial por nefrolitíase, ITU alta/pielonefrite, nefrite intersticial aguda, glomerulonefrite
Cilindros gordurosos
Na síndrome nefrótica ou dislipidemias intensas
Cilindros céreos
Nefropatia crônica
Cilindros largos
Tubulopatias crônicas. São hialinos, porém mais largos
Bactérias ausentes. Punção suprapúbica é estéril e não seria contaminada por bactérias. Porém na coleta por sonda vesical, pode ser normal ter + ou ++ no resultado por ter colocado bactérias no trato
Cristais
Podem ser fisiológicos, não significando cálculos. Não é patognomônico de nefrolitíase. Uratos/ oxalato de cálcio, fosfato de cálcio
Cistina e fosfato amoníaco magnesiano (estruvita) são sempre patológicos
Cistinúria é um erro inato do metabolismo. Sendo cistina mais comum em ITU de crianças
Fosfato amoníaco magnesiano (estruvita) Indica cálculo, ocupando praticamente toda a luz urinária, sendo chamado de cálculo coraliforme
Avaliação qualitativa
Densidade
Utilizada fita reagente. Mostra o quão concentrada é a urina do paciente
Densidade: 1003 -1030 (Osmolaridade 50 a 1200 respectivamente)
Cor
Normal é amarelo citrino. Quanto mais amarelado, mais concentrado
Paciente renal crônico tem perda da capacidade de concentrar urina, sendo clara/transparente
Corpos cetônicos negativo. São subprodutos do metabolismo proteico, principalmente em jejum prolongado, DM descompensada com cetoacidose, desnutrição. Tem glicose, mas não tem insulina, começando a usar proteínas e gorduras
Aspecto
Límpido
Pode estar turvo em infecções ou com excesso de cristais
Cheiro
Característico: sui generis
pH
Entre 5 e 6. Por conta da excreção de ácidos do excesso de H+ do corpo
Glicose negativo. Reabsorvida no túbulo proximal por transporte ativo. Glicosúria pode ocorrer no DM ou doença congênita, como síndrome de Fanconi (não reabsorve glicose e vários outros eletrólitos). Positivo quando supera 200mg/dL
Proteínas
Detecta >500mg/dia
Membrana basal glomerular tem carga negativa e repele proteínas, além de os poros serem menores que as proteínas. Quando detecta proteína na urina é sinal de lesão glomerular
Normal ser negativo (fisiológico a perda de 150mg/dia ou 0,9g/L, 2/3 a partir das proteínas de Tamm-Horsfall de origem tubular
Graduada de 1 a 4 cruzes (+). 1 cruz = 500mg a 1g/dia. Acima de 1 cruz não se consegue afirmar quantitativamente o valor da proteinúria. Para saber quantitativo inclusive entre 150 e 500mg/dia, solicitar proteinúria de 24h
Proteinúria referida pelo paciente como espuma na urina (seria equivalente a maior que 1 cruz)
Excreção de proteínas nas 24h não é constante
Proteinúria funcional: perde mais do que 150mg/dia, mas é funcional. Por febre, ICC, exercício intenso
Na obesidade há aumento do FSR. Paciente tende a fazer hiperfiltração glomerular e proteinúria por esclerosar glomérulo focalmente
Dieta hiperproteica causa dilatação da arteríola aferente e aumenta a pressão glomerular. Também aumenta a nefrolitíase
Hb normal é ausente
Bilirrubina negativa (normalmente detecta a direta, porque é hidrossolúvel, passando pelo capilar glomerular)
Esterase leucocitária negativa (enzima produzida pelos leucócitos, resultando do acúmulo deles na urina). Se +, pensar em infecção, mas pode ser decorrente de nefrolitíase
Teste de nitrito: negativo. Se for +, indica infecção urinária com potencial de gravidade elevado. A nitrato redutase converte nitrato em nitrito e é produzida por bactérias potencialmente patogênicas. Investigar trato urinário alto, pois podem ascender pelo trato
Sempre começa por ele. Indica várias porções do aparelho urinário
Para fazer EAS, paciente não pode estar na vigência de ITU, ICC, evitar exercícios
Poteinúria e Microalbuminúria de 24h
Microalbuminúria
Mais sensível do que a proteinúria no DM
30-299mg/dia
Proteinúria normal é até 150mg/dia. 2/3 tem origem tubular (Tamm-Horsfall)
Proteinúria pode ser tubular por nefrite intersticial aguda (medicamentoso) ou glomerulonefrite
Na dificuldade de coleta de 24h, pedir relação de creatinina com albumina (AMOSTRA ISOLADA)
Única amostra não dá diagnóstico, sempre necessário 2 de 3 exames concordando, em intervalo de 3 a 6 meses
Macroalbuminúria é > ou = a 300
Para se considerar os valores o paciente não pode ter, nas ultimas 24h, febre, infecçoes, ICC, hiperglicemia e HAS, piuria ou hematuria
Ureia
Não é bom marcador de função renal
Referência: 10-40mg/dL
Não tem produção constante, pois depende da ingesta, uso de corticoides, exercício em excesso, sangramentos gastrointestinais
Derivada do catabolismo proteico, inclusive das proteínas ingeridas
Ureia é reabsorvida no túbulo coletor
Creatinina
Mais fidedigno que a ureia
Não é bom parâmetro isoladamente
Referência 0,6–1,4 mg/dl. Problemático, porque o normal varia com a massa muscular do indivíduo. Não é possível estabelecer comparação entre diferentes pacientes
Clearence da creatinina
Depuração de sangue/minuto
Estima TFG, pois é livremente filtrada e não reabsorvida
Coleta de urina é feita em 24h ou cronometrado
Referência: 97-137 ml/min/1,73 m2 para homens. 88-128ml/min/1,73m2 para mulheres
Superestimada em 10% por conta da secreção tubular
Método mais usado para estimar função renal é o Cockcroft-Gault ([(140 - idade) x Peso]/ Cr.s. x 72 (x 0,85 se for mulher). MDRD para afro-americanos. Sempre corrigir pra superfície corporal padrão (1,73m2). Não se aplica a indivíduos obesos, desnutridos, idosos ou crianças
Pouco afetada pela ingesta, catabolismo e atividade física
Produção constante
Produto do metabolismo da creatina e fosfocreatina muscular
Outras maneiras de estimar TFG
Inulina
Elevado custo. Não é endógena e faz infusão contínua por 4h
É livremente filtrada e não reabsorvida, nem secretada
Somente utilizada em pesquisas
Injeta-se e monitora por cateter urinário
Cintilografia com Tc-DTPA
Avalia fluxo renal, captação renal e excreção com radioisótopo
Avalia a função renal de cada um dos rins separadamente, conseguindo saber quanto de marcador foi excretada por cada rim
Cistatina C plasmática
Ainda não é a melhor, pois é bastante recente
Vantagem de ser produzida por todas as células do organismo, então não varia com a massa muscular do indivíduo, sendo mais confiável que creatinina
Ecografia
Perda de diferenciação córtico-medular significa IRC com fibrose
Dá informações importantes sobre topografia, se é ectópico, tamanho, dimensões, espessura , possibilita ver a diferenciação córtico-medular
Principal exame e barato
RX simples de abdome
Pouco usado
Com preparo adequado pode-se ver o rim por conta da gordura perirrenal
90% dos cálculos renais são radiopacos e podem ser vistos
TC
Doença Renal Policística: Substitui completamente o parênquima renal, levando a uma insuficiência renal crônica
Cistos Renais: Classificação de Bosniak. Vai de 1-4, sendo o 1 benigno
Possível ver também toda vascularização renal
Cintilografia renal
DMSA
2 a 24h após a injeção
Avaliação estática do córtex renal e função renal
Ver se tem ou não cicatriz na cortical
DTPA
Saber quanto cada rim está funcionando
Estudo dinâmico da perfusão renal , da capacidade de concentração e do fluxo urinário
Urografia excretora
Raramente realizado, mais em clínica de urologia
Pode analisar também o cateter duplo J
Se houver obstrução, será visto acúmulo. Senão contraste segue para a bexiga
Uso de contraste venoso para visualizar rim e sistema coletor
Uretrocistografia miccional
Bom pra ver estenose uretral
Contraste pela uretra