Geografia política e Geopolítica

Friedrich Ratzel (1844-1904)

Formação como zoólogo

Viagem a América do Norte (1884-1885)

O papel dos migrantes

A ideologia do destino manifesto

A teoria da fronteira de Turner

A expansão da fronteira libertou os americanos dos vícios europeus

Sem necessidade de exércitos, igrejas ou aristocratas

Igualitarismo

Terra para quem quiser

Fortalecimento da democracia

Preocupação com a “unificação mal-concluída” da Alemanha

Centralização via constituição de um Estado forte que não resultara de um processo revolucionário clássico

Contribuição para o determinismo alemão: "antropogeografia" (1882-1891)

Extremamente fragmentada, tanto socialmente como na organização político-territorial

Geografia política: uma geografia do estado, do comércio e da guerra (1897)

Duas questões maiores merecem resgate

A geografia política como uma tecnologia espacial do poder do estado.

A geografia política deveria ser um instrumento para os dirigentes que, em contrapartida, aprenderiam a instrumentalizá-la.

Para compreender a natureza de um império, é necessário passar pela escola do espaço, isto é, de como tomar o terreno

" Aos olhos de certos politólogos e sociólogos, também para numerosos historiadores, o estado flutua no ar e o seu território nada mais é do que uma forma superior de propriedade fundiária”

Estado como organismo

Emprestada por Ratzel à biogeografia

Solo condiciona as formas elementares e complexas de vida.

O Estado tenderia a comportar-se segundo as leis que regem os seres vivos na terra

Nascer, avançar, recuar, estabelecer relações, declina, etc.


Por isso a analogia de que o solo, pelas suas características intríssecas, “favorece ou emperra” o desenvolvimento dos Estados

Estados dependem de determinadas condições naturais, tais como a forma de relevo, as condições de circulação marítima e fluvial, etc.,

Não se trata, porém, de um determinismo estreito, meramente causal.

O que está em jogo é a ideia de que o solo e seus condicionantes físicos são apenas um dado geral

eficácia para o desenvolvimento estatal dependerá da sua capacidade em transformar essa potencialidade em algo efetivo

Simbiose estado/solo

O espaço vital

Influências do malthusianismo e do darwinismo

As leis de crescimento dos estados

As dimensões do estado crescem com a sua cultura

O crescimento do estado segue outras manifestações do crescimento dos povos, que devem preceder o crescimento do estado

Expansões "apolíticas”

Produção; comércio; ideias

As fronteiras só um órgão periférico do Estado, o suporte e a fortificação de seu crescimento

No seu crescimento, o estado esforça-se pela delimitação de posições politicamente valiosas

Os primeiros a estímulos ao crescimento espacial dos estados vem do exterior

Tendência geral para a anexação e fusão territoriais transmitida estado para estado, e cresce continuamente de intensidade


Todo estado e povo devem ter um projeto geopolítico próprio, mas não exclusivamente,

Esse projeto deve vir combinado com políticas não-territoriais como as políticas econômicas, culturais-nacionais, etc.,

caso contrário, as políticas territoriais tornar-se-ão unicamente políticas de expansão

Rudolph Kjellen (1864-1922)

O surgimento do termo geopolítica

“As grandes potências” (1905)

A sistematização


“O Estado como forma de vida” (1916)

“A geopolítica é o estudo do Estado como organismo geográfico ou fenômeno espacial

As heranças ratzelianas

Determinismo geográficos

Excepcionalismo geográfico

Estado como unidade política básica do sistema internacional, cujo atributo principal é o poder

Pode como capacidade de uma unidade política fazer com que outras se comportem de acordo com seus interesses

Emergência das hipóteses geoestratégicas de poder mundial

Halfold Mackinder

Base do poder terrestre

O poder deriva das grandes extensões com abundância de recursos

28% mundo são terras emersas

A maior parte dessa extensão está no hemisfério norte

Forma-se um anel quase contínuo no entorno do Ártico

1904 – “The Geographical Pivot of History”

Virada para o século XX: o fim da «era colombiana»

O avanço da mobilidade terrestre sobrepujando o poder marítimo

A história da Europa Ocidental sob a perspectiva das ameaças a leste

A presença de uma “core area” na massa eurasiana, inacessível por mar e com capacidade de desenvolvimento autárquico

Os recursos de poder da «Área Pivot»

A extensão «Do Ártico ao Himalaia, do Volga ao Yang-Tsé»

Os recursos naturais

A fortaleza natural

A integração

1919 – “Democratic ideals and reality”

Real-politik + revolução soviética vs. «nações livres»

Idealists vs. Organizers

«O modo de pensar do organizer é essencialmente estratégico, enquanto o do verdadeiro democrata é ético.

O organizer está pensando em como usar os homens, enquanto o democrata está pensando no direito dos homens, direitos estes que representam perdas no caminho do organizer.»

A expansão da «Área Pivot»: o heartland

A visão europeicêntrica só começaria a se modificar na segunda metade do séc. XIX

Decorrência dos avanços tecnológicos introduzidos pela revolução industrial

Afirmação gradativa do Estado moderno

A navegação a vapor e a ferrovia permitiram pela primeira vez uma visão unificada do mundo

ampliar os interesses coloniais na África e na Ásia e expandir o imperialismo

Crescente externo: satélites

África subsaariana: southern heartland

Novas áreas centrais:

Mar Báltico

Baixo e médio Danúbio

Mar Negro

Ásia Menor

Armênia

Pérsia

Tibete

Mongólia

«Quem domina a Europa Oriental domina o heartland. Quem domina a o heartland, domina a Ilha Mundial. Quem domina a Ilha Mundial, domina o mundo.»

O cordão sanitário

Polônia, Tcheco-Eslováquia, Hungria, Iugoslávia, Bulgária, Romênia, Grécia, Estados Bálticos, Finlândia

Karl Haushofer

Pré-1ª Guerra Mundial

A formação no Japão e a geografia

Doutor em Geografia Política (Munique/1919)

A «Escola de Munique» ou «Círculo de Munique»

Revista de Geopolítica -1924

Hipótese das pan-regiões

Alfred Mahan

«O evangelista do poder marítimo»

«O profeta do imperialismo americano»

Poder marítimo

Poder naval + Frota mercante

«Who commands the sea commands the trade of the world and who commands the trade of the world commands the riches of the world.»

É fundamental a natureza e o grau de envolvimento de toda a população de um país com as atividades marítimas

Sir Walter Raleigh–1608.

Correlação de causa e efeito entre poder marítimo e grandeza nacional.

Contraposição à «marcha para oeste»