Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
PANCREATITE CRÔNICA (DIAGNÓSTICO (RX de ABD: Calcificações em topografia…
PANCREATITE CRÔNICA
DIAGNÓSTICO
RX de ABD: Calcificações em topografia pancrática. Calcificações intraductais mostram doença em fase avançada. Podem estar ausentes.
Teste da Secretina: teste de função pancreática mais sensível e específico para PC. Perda de 30-50% do parenquima para o teste se tornar positivo.
Infusão venosa de secretina e CCK -> coleta do suco pancreático por cateter duodenal.
Resultado:
Insuf. pancreática exócrina leve: redução da secreção de enzimas.
Insuf. pancreática moderafa: redução de enzimas e bicarbonato
Insuf. pancreática severa: redução de enzimas, bicarbonato e presença de esteatorreia.
Pouco usado por não estar amplamente disponível.
Testes indiretos da função pancreática: detectam má digestão pancreática. Positivos quando tem insuf. pancreática exócrina moderada.
Gordura Fecal
Teste da Bentiromida
Teste da ingestão do dilaurato de fluoresceína
avaliam a metabolização dessas substâncias e a dosagem de seus metabólitos na urin, após clivagem pelas anximas pancreáticas.
Elastase fecal diminuida na insuf. pancreática moderada a grave.
TC: sensibilidade de 80-90%. Detecta atrofia, aumento pacreático, calcificações, dilatações ductais, e complicações (pseudocisto)
-
CPRE: indicado para casos em que metodos nao invasivos nao foram diagnósticos.
Em casos ainda duvidosos faz-se laparotomia.
-
Ultrassonografia endoscópica: aspecto heterogêneo, calcificações e alterações dos ductos pancreáticos são os achados encontrados na PC.
Patogênese
-
Fibrose periductal e periacinar, assim como atrofia de celulas acinares e das Ilhotas de Langerhans.
Na "agudização" da doença, vê-se pâncreas com áreas de edema intersticial com infiltrado neutrofilico ou mononuclear, podendo ter áreas de necrose.
ALCOOL: induz a formação de um suco pancreático "litogênico" -> com muita proteína e pouco inibidor da tripina. --> plugs proteicos obstruem pequenos ductulos -> ativm enzimas pancreáticas -> processo inflamatório.
Cálcio tende a se depositar nos plugs de ptn -> cálculos pancreáticos.
MULTIFATORIAL:
-
Estresse Oxidativo: estímulos --> fígado produz radicais livres --> ação no pancreas por refluxo biliar ou pela circulação sistêmica --> inflamação recorrente e dano tecidual.
Nos etilistas crônicos: deficiencia de substancias antioxidantes como Vitamina A e C, selênio e metionina.
Efeito tóxico metabólico: álcool -> acúmulo de gordura no citoplasma das cels pancreáticas -> degeneração gordurosa -> necrose e fibrose.
Fenômenos autoimunes: autoanticorpos, alguns padroes de HLA.
CONSEQUÊNCIA: em fases mais avançadas --> insuficiência pancreática exócrina ou endócrina.
Exócrina: Sd. má absorção - esteatorreia e desnutrição proteica.
Endócrina: Diabetes mellitus
ETIOLOGIA: :
P.Crônica Alcoólica: causa mais comum. Consumo crônico de bebidas alcoólicas. 100g ou mais/ dia/ 5 anos. apenas 5-10% dos etilistas desenvolvem P. crônica --> fatores genéticos e nutricionais envolvidos. --> Plugs proteicos e estresse oxidativo.
-
P. Crônica Hereditária: menos de 2% dos casos. Jovens < 20 anos, sem história de etilismo, parentes de 1º grau com a doença. Herança autossômica dominante. Risco de adenocarcinoma pancreático.
P. Autoimune: 4-6% dos casos. Infiltrado linfoplasmocitário. Idosos, masculino, associado a outras doenças autoimunes. Icterícia obstrutiva indolor ou com dor abd. tto: corticoterapia.
-
Outras etiologias: pancreas divisum; Hiperparatireoidismo; Deficiencia de alfa-1-antitripsina; Trauma; RT
QUADRO CLÍNICO
-
Dor em epigastro, 15-30 min após ingestão alimentar, QSD ou QSE, irradiado para dorso. de Leve a severa. intermitente. Melhora: posição de cócoras.
Emagrecimento e desnutrição: dor intensa -> medo de se alimentar. come pouco, esteatorreia, DM descompensado, infecções concomitantes são causas de emagrecimento.
Sinais de plagra: Diarreia, Demência, Dermatite, Death.
Esteatorreia - Mais de 90% do parenquima pancreático tem que estar lesado. insuf. exócrina. má digestão de triglicerídeos pela lipase e colipase pancreáticas. Fezes oleosas, acinzentadas, odor fétido, aderente ao vaso sanitário. Flatulência, colicas, distensão abdominal. Def. de B12. Esteatorreia confirmada após pesquisa de gordura fecal - qualitativa (sudam) ou quantitativa (Van de Kamer).
Diabetes mellitus - manifestação tardia, posterior à esteatorreia. . Ocorre quando > 80% do parenquima endócrino é destruido. Inicialmente: intolerância à glicose por diminuição da insulina. Risco de hipoglicemia por def. na produção de glucagon. Neuropatia e retinopatia diabética
TRATAMENTO
-
TTO clínico da DOR: Abstinência etílica. Fracionamento das refeições, refução da ingestão de gorduras. Suplementos enzimáticos orais (com tripsina), analgesia farmacológica escalonada e sequencial (paracetamol/AINE/Antidepressivos/opiáceos)
NÃO usar morfina pois contrai o esfíncter de oddi.
-
-
Bloqueio do plexo nervoso celíaco: injeção percutânea endoscópica de alcool ou corticóide. Risco de hipotensão postural e hemiparesia - se torna restrito aos pct que desenvolvem degeneração maligna inoperável.
CALSSIFICAÇÃO
Calcificante cronica: mais comum 95%. presença de plugs de ptn (cálculos pancreáticos), podem obstruir ductos. fibrose progressiva atinge ductos, promove estenose e dilatações, assim como o parenquima. Acometimento irregular e variado. Etiologia mais comum: ETILISMO
Obstrutiva crônica: Menos comum. Lesão que obstrui o ducto pancreático principal (Wirsung), dilatação homogenea e generalizada da árvore pancreática. Atrofia e fibrose difusa e uniforme. Etiologia mais comum: ADENOCARCINOMA.
Inflamatória crônica: agressão inflamatória, SEM Plugs ductais ou obstrução do ducto principal. Etiologia: Doenças autoimunes, SD. de Sjogren.
Reação inflamatória, com degeneração fibrótica e progressiva e irreversível do parênquima pancreático.
-