ANTROPOLOGIA: Ciência que estuda aprofundadamente o ser humano, englobando suas origens, evolução, desenvolvimentos físico, material e cultural, psicologia, características raciais, costumes sociais, crenças.
ALTERIDADE
ETNOCENTRISMO
“Etnos” = nação, tribo / “Centrismo” = centro
Visão de mundo de quem considera o seu grupo étnico ou cultural socialmente mais importante em relação aos demais
Normas e valores da sua própria cultura melhores do que as das outras culturas
Pode gerar problemas: preconceito, idéias infundadas, desrespeito, depreciação, intolerância, xenofobia
EXEMPLO: Hábito indígena de não usar roupas
Trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha: "Andam nus sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa de cobrir nem mostrar suas vergonhas e estão acerca disso com tanta inocência como têm de mostrar no rosto."
Pero Vaz de Caminha, vindo da Europa, estranhou a cultura dos indígenas que vivam nas terras da América. E consequentemente, usou do etnocentrismo quando relatou ao rei que ele deveria "salvar essa gente".
RELATIVIZAÇÃO
Não hierarquizar as diferenças, em superiores e inferiores ou bem e mal. Mas ver a dimensão de sua riqueza.
Questiona as verdades universais do homem
Desconstrução das verdades pré-determinadas. Relativiza-se a própria opinião em prol de permitir outras perspectivas para uma mesma situação
EXEMPLO: O fato da vaca ser sagrada na Índia
Em nossa cultura brasileira, grande parte das pessoas comem carnes de gado, entretanto na Índia, a vaca é considerado um animal sagrado, é livre para circular pelas ruas e é utilizada em rituais de purificação.
A relativização é o ato de compreender que em minha cultura o consumo de carne de gado é dito normal, mas que na cultura indiana o não consumo também é normal para eles e deve ser respeitado.
Expressa a qualidade ou estado do que é outro ou do que é diferente.
O homem na sua vertente social tem uma relação de interação e dependência com o outro.
Na alteridade, uma cultura não tem como objetivo a extinção de uma outra.
Processo de interação e socialização humana no convívio entre o “eu” e o “outro”.
EXEMPLO: Vídeo - Acorda Raimundo, acorda.
O vídeo visto em aula, nos faz pensar no conceito de alteridade. Uma vez que o personagem que era o marido, teve um pesadelo em que eles assumia o papel de sua esposa e todas as agressões sofridas pela mulher foram revertidas para ele durante o sonho.
No vídeo, podemos notar um grande sexismo, em que a mulher só deveria exercer atividades domésticas e se dedicar ao lar. De modo que, mesmo após o marido ter vivido a situação inversa durante o pesadelo, ele não mudou sua postura e não teve alteridade com sua esposa e com sua relação homem-mulher em sociedade.
EMPATIA
Capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação
Tentar compreender sentimentos e emoções
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
Se inserir, ser aceito e participar dos eventos do grupo para assim entender a lógica que move essa comunidade.
EXEMPLO: Estudantes de medicina da Unisinos na comunidade Feitoria
A cada vez que nos inserimos na comunidade Feitoria, temos que ter uma observação participante, para conseguirmos ser aceitos e também para sermos pró-ativos/ participativos em nossas atividades.
ESTRANHAMENTO
Estranhar aquilo que é diferente de nós, aquilo que não se espera
EXEMPLO: Video - Alguém falou de racismo?
EXEMPLO: Video - Acorda Raimundo, acorda!
No vídeo assistido em aula, pode-se perceber que o personagem que representava o marido não teve empatia com sua esposa de se colocar em seu lugar, de sentir os sentimentos dela, por tratá-la mal, mesmo após ter vivenciado um pouco dessa realidade em um sonho/pesadelo.
No video assistido em aula, em um primeiro momento, os personagens estranharam quando uma aluna negra revelou que queria cursar medicina.
O estranhamento ocorreu devido ao fato dos alunos inseridos naquele contexto não estarem acostumados com pessoas negras tendo acesso a um estudo considerado elitizado. Dessa forma, a reação foi de choque por não esperar que uma aluna negra fosse capaz de ter tal acesso