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O Brasil e a América do Sul (Mercosul (Comércio (Acordos e mecanismos para…
O Brasil e a América do Sul
Entorno estratégico
Princípios centrais
Pragmatismo
América do Sul é espaço privilegiado para ação do Brasil
Aspecto econômico-comercial
Ambiente onde empresas brasileiras internacionalizam-se
Mercados quantitativa e qualitativamente mais atraentes
Aspecto político
Busca de convergências sobre como o ambiente global deveria organizar-se
Derivado de marcas comuns do passado
Desafios semelhantes
corrigir nossa inserção historicamente periférica
melhorar as condições de crescimento
reparar as profundas desigualdades
Solidariedade
Devemos crescer juntos e apoiar-mo-nos conjuntamente
Reconhecimento de um passado comum e o desejo de um futuro comum
Brasil reconhece que deve apoiar os vizinhos, por entender que eles também o apoiam, com mercados, por exemplo
Soluções coletivas para problemas coletivos
Combater em conjunto os fluxos ilícitos de drogas, armas, contrabando e criminosos internacionais.
É necessário incluir os vizinhos nos benefícios da globalização, e não isolá-los.
É sob essa ótica que devemos entender, por exemplo, iniciativas como o Plano Estratégico de Fronteiras, lançado pelo Brasil em junho de 2011
Articular com os vizinhos soluções para os problemas nos diversos pontos sensíveis das fronteiras nacionais.
Diferente de América Latina
A intensificação das relações entre os países da América do Sul não deve ser interpretada como afastamento em relação a outros parceiros tradicionais
assunção, por parte da região, de seus desafios comuns, bem como das oportunidades de enfrentá-los de forma coordenada e sinérgica.
Vetores de política externa
Crescimento sinérgico e solidário
O Brasil que contribui para a prosperidade sul-americana
reforça suas credenciais como elemento de estabilidade e prosperidade no mundo.
O Brasil deve seguir crescendo e apoiando a participação dos vizinhos no círculo virtuoso do crescimento.
Não é viável estratégia de desenvolvimento nacional em que haja descolamento significativo do entorno regional
Ideia mestra da política externa atual do Brasil para a América do Sul.
projeção política da América do Sul
O principal fenômeno internacional atual é a transformação sistêmica nos pólos de poder
Não como de decadência das grandes potências, mas como ascensão dos demais (Fareed Zakaria)
Será preciso intensificar as consultas políticas e criar relações de cooperação entre os países da América do Sul
Construção progressiva de posições comuns sobre as grandes questões mundiais.
Não se trata de fazer prevalecer posições de uns sobre as de outros, mas de, pelo diálogo, identificar convergências
Estabelecimento de um quadro normativo
e institucional de cooperação
As organizações regionais permitem construir um mínimo denominador comum a todos os Estados e, a partir disso, um processo de fortalecimento progressivo da cooperação
Unasul
Mercosul
Bilateralismo
respeito à pluralidade
O Brasil entende que não cabe julgar nem atuar ostensivamente como “farol” das melhores práticas em organização do Estado ou da política
O Brasil, em suas relações exteriores, busca empregar a via da cooperação e do diálogo franco e direto
Parcerias bilaterais
Argentina
1964-1988: rivalidade emergente que quase descambou para uma corrida nuclear
Cooperação negativa (repressiva) com os regimes militares de 1966-73 (“revolución argentina”) e 1976-83 (“guerra suja”) -
Operação Condor
Hidrelétrica de Itaipu (Brasil-Paraguai) e projeto rival Corpus (Argentina-Paraguai, não construído)
Fechamento da fronteira em 1977
Etapas iniciais de programas nucleares
possivelmente bélicos
1988-2003: superação da rivalidade através da integração
2003: consolidação institucional do Mercosul
Apesar de ser um período de " relações carnais " entre Argentina e Estados Unidos, há empolgação portenha com o bloco
Brasil criar, artificialmente, déficits com Argentina para trair Buenos aires para o fluxo integracionista
Crises locais de 1998-1999 criam frações bloco
Prioridades Lula e Kirchner
Ambos busca autonomia por meio do desenvolvimento social (" autonomia heterodoxa ")
Ênfase no espaço sul-americano
" Consenso de Buenos Aires “
Desenvolvimento, democracia e estado logístico
" Consenso de Copacabana “
Mar del Plata — fim das negociações da Alca e busca de acordo com a união europeia
Integração da infraestrutura
Atritos
Reforma do Conselho de Segurança
Sucessivos déficits argentinos
A gente não quer cadeira permanente rotativa para o Mercosul
Aproximação Argentina-Venezuela para minimizar déficit; entrada de Caracas no Mercosul como estratégia para minimizar o novo eixo
Desaceleração do comércio desde 2013, com crise em ambas as economias
Dificuldades na negociação do Acordo de Associação Mercosul-União Europeia
Defesa, segurança e fronteiras
Comissão de Cooperação e Desenvolvimento Fronteiriço (CODEFRO) 1997 e Acordo sobre Localidades Fronteiriças Vinculadas 2005 (vigora em 2016)
Reunião ministerial do Cone Sul sobre segurança nas fronteiras (2016)
2011: criação do comitê de integração de fronteiras Brasil-Argentina
Estagnação na afirmação do Mercosul resulta de razões estruturais.
Não se fortaleceu na sociedade a vocação regionalista.
No caso brasileiro, consolidou-se a resistência de alguns setores empresariais,
1 more item...
11.000 km de Fronteira
Acordo Quadro de Cooperação em Defesa (2005)
Aliança Estratégica em Indústria Aeronáutica (2014) e participação argentina na produção do cargueiro Embraer KC 390
Projetos militares binacionais:
Viatura Leve de Emprego Geral Aerotransportável (Gaúcho)
VANT (drone) argentino-brasileiro de vigilância marítima
Exercícios militares frequentes desde 1978 (Operação Fraterno) e intercâmbios entre oficiais militares
Cooperação em missões de paz (UNFICYP/Chipre e MINUSTAH/Haiti)
Acordo Tripartite com Paraguai sobre Corpus e Itaipu 1979
Estudos de viabilidade das hidrelétricas binacionais de Garabi e
Panambi (Rio Uruguai)
Memorando bilateral para o intercâmbio energético 2016-18
Acordo para o Uso Pacífico da Energia Nuclear (1980)
Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de
Materiais Nucleares (ABACC) 1991
Posição conjunta sobre Protocolo Adicional da AIEA
Comitê Permanente de Política Nuclear (CPPN)
Comissão Binacional de Energia Nuclear (COBEN)
Projetos binacionais:
Reator de pesquisa multipropósito (Brasil)
Reator RA-10 (Argentina)
Brasil apoia politicamente Argentina na Guerra das Malvinas (1982)
Democratizações paralelas em 1983-85
Ata de Iguaçu (1985)
Programa de Integração e Cooperação Econômica (PICE) (1986)
Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento (1988)
Ata de Buenos Aires 1990 (Mercado Comum até 1994)
Acordo de Complementação Econômica (ACE) 14 (antecessor direto do Mercosul) 1990
Aliança estratégica (1997) no plano político
Mecanismo de Integração e Coordenação Bilateral Brasil – Argentina (MICBA) 2007
Mecanismo de Coordenação Política Brasil-Argentina 2016
Visitas presidenciais e ministeriais frequentes
2015: Brasília é primeiro destino de PR Macri após sua eleição
2016: Chanceler Serra (maio) e Presidente Temer (outubro) visitam Argentina; Ministro da Defesa Jungmann e Ministro do GSI Etchegoyen para celebração dos 200 anos da independência argentina (julho)
Cooperação no CSNU (embora Argentina seja do UfC) e concertação em foros multilaterais (ZOPACAS, resoluções da AGNU pela reestruturação da dívida soberana argentina)
Apoio brasileiro ao pleito argentino sobre Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e espaços marítimos circundantes
Posição brasileira consistente desde 1833
Ciência, tecnologia e inovação
Comitê Brasileiro-Argentino de Biotecnologia (CBAB)
Centro Binacional de Nanotecnologia (CBAN)
Satélite Argentino-Brasileiro de Observação dos Oceanos (SABIA-MAR) 2018
Cooperação na Antártida (pesquisa e logística)
Padrão nipo-brasileiro de TV Digital (ISDB-T)
Argentina está entre os principais destinos de pesquisadores e bolsistas brasileiros
Relações entre sociedades
Argentina é o país que mais envia turistas ao Brasil (1,7 milhão em 2014 – 26% do total); SP recebeu 1a Casa Argentina do mundo (2014)
Brasil tem Consulados-Gerais em Buenos Aires, Córdoba e Mendoza, mais Consulados em Paso de los Libres e Puerto Iguazú
Argentina tem Consulados-Gerais em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, mais Consulados em Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Foz do Iguaçu, Recife, Salvador e Uruguaiana
Programa Executivo Cultural 2016-2018
Paraguai
Mecanismo 2+2 de Ministros das Relações Exteriores e da Defesa (2016)
Brasil tem 2o maior estoque de investimentos no Paraguai (USD 800 milhões)
Paraguai integra G-20C na OMC
150 mil brasileiros no Paraguai, com forte presença no agronegócio
Itaipu produz 17% da energia consumida no Brasil e 72% no Paraguai
BNDES financia linha de transmissão Itaipu-Villa Hayes via FOCEM (2013)
Hidrovia Paraguai-Paraná e futuras obras para Ponte da Solidariedade (2a sobre o rio Paraná) e para nova ponte sobre o rio Paraguai (Porto Murtinho-Carmelo Peralta)
Acordo de Cooperação Militar (1995) e Acordo de Cooperação em Defesa (2007)
Aviação: doação de três T-27 Tucano ao Paraguai (2010) e Acordo sobre Serviços Aéreos (2016)
Parceria no combate ao narcotráfico e ao crime organizado
Cooperação técnica: banco de leite humano, vigilância sanitária, escolas técnicas, desenvolvimento agrário, cursos para diplomatas...
Reaproximação a partir da década de 1960, com a construção da ponte da amizade
2013: linha de transmissão ligando Itaipu a Assunção, construída com o dinheiro do FOCEM
Uruguai
Grupo de Alto Nível Brasil-Uruguai (2013)
Seis subgrupos
Integração produtiva
Ciência, tecnologia e inovação
Comunicação e informação
Integração da infraestrutura de transportes
livre circulação de bens e serviços
livre circulação de pessoas
adota Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável e a Integração e cria Comissão de
Comércio Bilateral 2013
Comércio bilateral de USD 4 bilhões em 2015 (recorde de USD 4,9 bi em 2014); Brasil é superavitário em USD 1,5 bi, exporta petróleo, mate, carne suína e veículos, e importa malte, trigo, leite, óleos e queijos
Brasil e Uruguai integram G-20C na OMC, criada após Rodada Uruguai/GATT (1986-94)
Investimentos brasileiros em frigoríficos, energia, finanças, construção civil e mineração
BNDES abre escritório em Montevidéu em 2009
Infraestrutura: nova ponte sobre o Rio Jaguarão, hidrovia Brasil-Uruguai (Lagoa Mirim-Lagoa dos Patos);
via FOCEM, linha de transmissão San Carlos-Candiota e projeto de saneamento integrado Aceguá-Aceguá
Energia: Parque Eólico Artilleros (parceria Eletrobrás-UTE, 2015)
Cooperação técnica: HIV/AIDS, governo eletrônico, biocombustíveis, educação
Concertação multilateral: CSNU (Uruguai é membro em 2016-17 e apoia G4; tropas na MINUSTAH e MONUSCO) e ZOPACAS
Brasil ver o país como chave para unidade sul-americana
Após o colapso da alcance, Tabaré Vasques quase assina acordo de livre comércio com os Estados Unidos; IIRSA é criado para seduzir de volta
Venezuela
Parceria Estratégica (2005), com reuniões presidenciais frequentes
Venezuela integra G-20C na OMC
Venezuela adere ao Mercosul em 2012, mas deve ser suspensa em 01/12/2016
Investimentos brasileiros: metrô de Caracas, segunda ponte sobre o Orinoco, interconexão de fibra ótica
Escritórios de Embrapa, ABDI, IPEA e CAIXA em Caracas
Cooperação técnica em saúde, educação, urbanismo e agricultura
Venezuela no CSNU em 2015-16; apoia Brasil como membro permanente
Cúpulas Sul-Sul: Venezuela sedia II ASA 2009 e sediará V ASPA 2018
Biodiversidade: Brasil e Venezuela são Países Megadiversos Afins
Presença de escritórios brasileiros
Embrapa
Ipea
Caixa econômica federal
Grande presença de empreiteiras brasileiras
Grandes empréstimos do BNDES, iniciados durante o governo FHC
Bolívia
Posição geográfica — no coração da América do Sul — torna o país central para a Cosiplan
Cooperação energética
Tema central na agenda
Origem nos acordos de Roboré
Centralidade a partir dos anos 1980
1990’s: gasoduto Bolívia-Brasil
96% da nossa importação da Bolívia é gás natural, Enquanto a exportação é basicamente de manufaturados
Balança comercial deficitária para Brasília; o mercado boliviano é pequeno e o brasileiro é gigantesco
Tensões 2012-2013
Corintianos em Oruro
Senador Roger Pinto Molina
Brasil facilitou superação da crise política de 2008 (Grupo de Amigos da Bolívia, com Argentina e Colômbia)
Bolívia é parceira do Mercosul (ACE-36, 1996); em processo de adesão desde 2012
Bolívia integra G-20C na OMC
Defesa: Brasil doa 4 helicópteros H-1H Iroquois para Bolívia em 2012
Infraestrutura: hidrelétrica binacional no Rio Madeira, corredor rodoviário bioceânico (Santos–Arica/Iquique) via Bolívia
Maior fronteira do Brasil (3.423 km), com Comitês de Integração Fronteiriça desde 2011; gasoduto Bolívia-Brasil 1999
Energia: investimentos de Brasil e Rússia nas jazidas de gás bolivianas
Biodiversidade: Brasil e Bolívia são Países Megadiversos Afins
Controlde de narcóticos, inclusive trilateralmente (com EUA e Peru)
Cooperação técnica: saneamento, formação profissional e saúde
Peru
Brasil garantiu Protocolo do Rio (reconciliação Peru-Equador) (1995)
Aliança Estratégica Brasil-Peru (2003)
Comércio bilateral de USD 3 bilhões em 2015 (auge de USD 3,9 bi em 2013) com superávit brasileiro
Exportamos tratores, açúcar, ferros, petróleo e máquinas industriais
Importamos cobre, zinco, fosfato de cálcio e têxteis
Peru integra G-20C na OMC e tem ACE-58 com Mercosul (2005)
Peru é o três o destino de investimentos brasileiros na América do Sul (estoque de USD 1,9 bi)
Acordo de Ampliação Econômico-Comercial Brasil-Peru (2016) –
primeiro acordo bilateral de compras governamentais assinado pelo Brasil
Infraestrutura: ponte no Rio Acre (1a entre os países); rodovia interoceânica entre Rondônia e Arequipa, Cusco e Madre de Dios; futura Conexão Ferroviária Bioceânica Brasil-Peru (anunciada em 2015, investimento chinês)
Cooperação técnica: manejo da biodiversidade e de solos amazônicos e andinos; desenvolvimento social (Farmácia Popular); combate a narcóticos
Biodiversidade: Brasil e Peru são Países Megadiversos Afins
Lima é sede da CAN, da qual Brasil é observador desde 2005
Equador
Brasil garantiu Protocolo do Rio (reconciliação Peru-Equador) 1995
Mecanismo de Consultas Políticas (Chanceleres) 2011
Controvérsia sobre dívida equatoriana com BNDES (financiamento da hidrelétrica San Francisco, 2008) é superada em 2009
2016: Equador não reconhece impeachment e retira embaixador, mas sem romper relações diplomáticas
Fluxo comercial de USD 700 mi em 2015 (recorde: USD 1 bi em 2012), com grande superávit brasileiro (USD 547 mi)
Brasil exporta trigo, plásticos, papel e ferro
Importa madeiras, chocolates, chumbo e peixes
Equador tem ACE-59 com Mercosul/Colômbia/Venezuela 2004
Brasil representa Equador nos Conselhos Diretores de FMI e Banco Mundial
Defesa: Brasil doa aeronave C-115 Buffalo (2011)
Biodiversidade: Brasil e Equador são Países Megadiversos Afins
Cooperação técnica em biocombustíveis, bancos de leite humano, a medicamentos genéricos, combate ao trabalho infantil, treinamento contra incêndios florestais, TV digital (ISDB-T) e gestão de empresas estatais
Quito é sede da UNASUL e sedia IV Cúpula da CELAC 2016
Mercosul
É união aduaneira imperfeita, pois tarifa externa comum tem exceções
conduz negociações comerciais conjuntamente
Organização internacional (sujeito do DIP) desde 1994
Entidade intergovernamental (não supranacional como UE)
Princípio do regionalismo aberto (inserção comercial na globalização)
Complementar com outras iniciativas de integração regional e
compatível com normas da OMC para acordos regionais
Antecedentes: integração Brasil-Argentina (Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento 1988); Uruguai e Paraguai aderem ao projeto
Membros: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai
Membro atualmente suspenso: Venezuela
Associada ao Mercosul desde 2003 (ACE-59 Mercosul/Colômbia/Equador/Venezuela)
Assina protocolo de adesão em 2006
Adesão efetivada em 2012 (impeachment de F. Lugo)
Exerce PPT do Mercosul no 1o semestre de 2014
Impasse sobre sua PPT no 2o semestre de 2016; solução é presidência conjunta Brasil-Argentina-Paraguai-Uruguai
Prazo para cumprir normativa do Mercosul expira em agosto de
2016
fundadores do Mercosul decidem suspendê-la (Uruguai se
abstém)
Suspensão confirmada em dezembro de 2016
Motivo oficial: descumprimento de 112 acordos e 300
arâmetros, inclusive ACE-18 e acordos sobre residência e DH
Em processo de adesão: Bolívia
Protocolo assinado em 2015 (falta ratificação parlamentar por Argentina, Brasil e Paraguai)
Associados: Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname
Na América do Sul, Mercosul representa:
72% do território (12,8 milhões de km2)
70% da população (290 milhões de habitantes)
77% do PIB (USD 3,3 trilhões)
Principais acordos
Acordo de Complementação Econômica (ACE) 18 (1991)
Regras comerciais básicas do Mercosul, no marco da ALADI
Mais de 90 Protocolos Adicionais
Tratado de Assunção (1991)
Cria formalmente o Mercosul e suas estruturas decisórias
5 anexos
Programa de Liberalização Comercial
Regime Geral de Origem
Cláusula de Salvaguardas
Subgrupos de Trabalho do Grupo Mercado Comum
Solução de Controvérsias
Protocolo de Ouro Preto (1994)
Aperfeiçoa institucionalmente o Mercosul, que ganha personalidade jurídica (= organização internacional)
Estruturas
Conselho do Mercado Comum (CMC)
Órgão decisório máximo (Chefes de Estado e de Governo)
Comissão de Comércio
4 membros titulares e 4 alternos de cada Estado
coordenada pelos MREs; adota diretrizes
reuniões no mínimo mensais ou mediante pedido do GMC ou de qualquer membro
zela pelos instrumentos comerciais do bloco e estabelece e supervisiona comitês técnicos
cúpulas semestrais
Grupo Mercado Comum (GMC)
Composta por Ministros (MRE, Fazenda, Desenvolvimento)
adota resoluções e tem reuniões semestrais antes do CMC
Reuniões de Ministros e reuniões especializadas
Ministros e autoridades de vários setores (Economia, Educação, Saúde, Justiça, Agricultura, Meio Ambiente, CTI...)
Há também reuniões subministeriais
Presidência Pro Tempore (PPT) semestral
Organiza e sedia reuniões do GMC e CMC
Decide agendas/prioridades imediatas do Mercosul,
em coordenação com demais membros
Rotação, por ordem alfabética, entre os membros do bloco
Parlamento do Mercosul
Criado em 2005, sede em Montevidéu, consultivo e não deliberativo
unicameral e autônomo, com reuniões mensais e bancadas nacionais
Roberto Requião preside Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul
Substituiu Comissão Parlamentar Conjunta do MERCOSUL (CPC) (1994-2006)
Funções:
Elaborar relatório anual sobre situação dos DH nos membros
Propor normas ao Conselho do Mercado Comum
Fomentar instrumentos de democracia representativa e participativa
Emitir declarações, recomendações e informes sobre processo de integração
Critérios de representação e proporcionalidade das bancadas:
Até 2010: 18 parlamentares por país
Desde 2011: Brasil conta com 37, Argentina 26 e Paraguai e Uruguai mantiveram 18 cada
Uma vez que haja eleições diretas em todos os países (ainda não regulamentadas no Brasil), Brasil terá 75 parlamentares; Argentina, 43; Venezuela, 32; e Paraguai e Uruguai manterão 18 cada
Comércio
Comércio intrabloco mais do que decuplica entre
1991 e 2015: de USD 5 bilhões para USD 58 bilhões
Brasil tem comércio de USD 30 bilhões com
Mercosul em 2015
Mais de 90% das exportações brasileiras ao bloco
são de industrializados – sobretudo automóveis
Tarifa Externa Comum (TEC) – em vigor desde 1995
Possui Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)
Busca evitar oligopólios ou reservas de mercado
Alíquotas crescentes de 2 pontos percentuais de acordo com o grau de elaboração:
Matérias-primas: 0 a 12%
Bens de capital: 12 a 16%
Bens de consumo: 18 a 20%
Critérios:
pequeno número de alíquotas
baixa dispersão
maior homogeneidade possível das taxas de promoção efetiva (exportações) e de proteção efetiva (importação)
e nível de agregação de seis dígitos para as alíquotas
Membros do Mercosul podem criar listas de exceções à TEC (até 20% dos códigos) e atualizá-las a cada 6 meses
Programa (2010) para a eliminação da dupla cobrança da TEC
Três fases até 2019:
2012-13: para produtos acabados, como automóveis ou computadores
2014-18: para produtos com tarifa de 2% a 4%
2019: para todas as demais mercadorias
Acordos e mecanismos para integração comercial (além do
ACE-18 e da TEC)
Protocolo de Montevidéu sobre Comércio de Serviços (2005)
Programa para o Fortalecimento da Gestão de Risco Aduaneiro no Mercosul (2015)
Sistema de Pagamentos em Moeda Local entre os membros do Mercosul (2007)
Código Aduaneiro do Mercosul (2010)
Acordo de Defesa da Concorrência (2010)
Fórum Empresarial do Mercosul (2012)
Sistema SINTIA (Informatização do Trânsito Internacional Aduaneiro) (2015)
Acordos do Mercosul no âmbito da ALADI:
ACE-35 com Chile 1996
ACE-36 com Bolívia 1996
ACE-54 com México 2002
ACE-58 com Peru 2005
ACE-59 com Colômbia/Equador/Venezuela 2003
ACE-62 com Cuba 2006
Acordos Comerciais Extrarregionais
Acordo de Livre Comércio Mercosul-União Europeia
Parte de Acordo de Associação com 3 pilares (político, comercial e cooperação)
Negociações iniciadas por Acordo-quadro de 1995, suspensas em 2004 (troca de ofertas considerada insuficiente) e relançadas em 2010, após impasse na Rodada Doha da OMC; Venezuela não participa do processo
Comitê de Negociações Birregionais (CNB) e 11 Grupos de Trabalho
UE dividida quanto à conveniência do acordo, sobretudo concessões agrícolas
Espanha, Alemanha, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia favoráveis
França, Áustria, Irlanda, Polônia e agroexportadores do Leste Europeu recalcitrantes
Brexit dificulta negociações (Reino Unido tem perfil liberal)
Maio de 2016: troca de ofertas de acesso a mercados (primeira desde 2004)
Mercosul oferece eliminar tarifas para automóveis da UE (prazo de 15 anos) e liberalizar acesso a serviços, investimentos e compras governamentais
UE oferece abertura em industriais, suínos e frangos – mas não etanol, bovinos e açúcar
UE representa 20% do comércio exterior brasileiro (USD 71 bi em 2015, com leve déficit
produtos básicos representam 48% das exportações )
Separadamente: Brasil e UE assinam acordo para reduzir tarifas de importação europeias a açúcar e carnes de frango e de peru do Brasil, como compensação ao Brasil pela acessão da Croácia à UE (12/7/2016)
Acordos de Livre Comércio:
Israel (vigente)
Palestina (em processo de ratificação)
Egito (em processo de ratificação)
Acordos de Preferências Tarifárias:
Índia (vigente)
SACU (vigente desde abril de 2016)
Acordos-quadro para o lançamento das
negociações comerciais:
Paquistão
Turquia
Jordânia
Marrocos
Síria
Conselho de Cooperação do Golfo (CCG)
Projetado: Acordo Tripartite Mercosul-SACU-Índia
(seria face comercial do IBAS)
Diálogos econômico-comerciais e afins
Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA)
Aliança do Pacífico
Austrália e Nova Zelândia
Canadá
China
Coreia do Sul
Japão
Líbano
Tunísia
Solução de Controvérsias
Tribunal Permanente de Revisão (Assunção)
Criado pelo Protocolo de Olivos 2002, vigora em 2004;
substituiu sistema de solução de controvérsias do Tratado
de Assunção e Protocolo de Brasília 1991
Composto por 5 árbitros, (1 por país e um adicional),
inclusive Welber Barral e Jorge Fontoura (Brasil)
Emite laudos como 1a e única instância ou como tribunal
recursal de laudos de tribunal ad hoc de 1a instância;
pode proferir opiniões consultivas
Resolve quaisquer controvérsias jurídicas do Mercosul,
não só comerciais (suspensão do Paraguai 2012)
Evita-se o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC
Cláusulas Democráticas
Protocolo de Ushuaia 1998, em vigor
Signatários: membros do Mercosul, Bolívia e Chile
Em caso de ruptura da ordem democrática, prevê a suspensão de processos de integração, após consultas prévias – requer consenso dos demais signatários
Aplicado apenas ao Paraguai em 2012-13, após impeachment de F. Lugo
Protocolo de Montevidéu (“Ushuaia II”) 2011
não vigora
Signatários: membros do Mercosul e associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela)
Prevê bons ofícios e gestões para restabelecer a democracia via comissões de apoio, cooperação e assistência técnica
Substituirá Ushuaia se entrar em vigor
Membros originais do Mercosul ainda não ratificaram
Retirado de pauta na Câmara dos Deputados
Além das medidas de Ushuaia, prevê fechamento total ou parcial de fronteiras; suspensão de comércio, comunicações, energia, serviços e abastecimento; e suspensão de outras organizações internacionais
Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul
Criado em 2005, vigora em 2007; renovado em 2015 por 10 anos
Busca reduzir assimetrias estruturais intrabloco, principalmente em infraestrutura; promover a competitividade; aprofundar a integração; e reforçar a coesão social
Aportes anuais de USD 127 milhões em média:
Brasil contribui 70 mi e recebe 11 mi
Argentina contribui 27 mi e recebe 11 mi
Venezuela contribui 27 mi e recebe 11 mi
Uruguai contribui 2 mi e recebe 37 mi
Paraguai contribui 1 mi e recebe 55 mi
USD 1,4 bilhão em 45 projetos (17 apresentados por Paraguai, 12 pelo Uruguai, 5 pelo Brasil, 4 pela Secretaria do Mercosul, 4 pela Argentina e 3 conjuntos) em áreas como habitação, transportes, microempresa, biossegurança, CTI e saneamento
Destaques: linha de transmissão Itaipu-Villa Hayes (USD 555 milhões) no Paraguai (maior projeto implementado); biblioteca da Unila e do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea) em Foz do Iguaçu (USD 17 milhões); projetos de saneamento em São Borja (RS) e Ponta Porã (MS); integração das cadeias produtivas de petróleo e gás e de automotores (iniciativas do Brasil)