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PEB - da PEI até redemocratização (Governo Jango (Relação independente e…
PEB - da PEI até redemocratização
Governo Jânio Quadro
Política Externa Independente
inclusão no repertório da diplomacia brasileira o verbete “independência”
Neutralismo Isebiano - Hélio Jaguaribe
a ideia soou mau aos ouvidos americanos pós-Revolução Cubana
aproveitou-se do receio dos EUA de que a AL escapasse de sua órbita de influência
descolonização e a crise mas relações soviético-americanas
política sem compromissos, que procurava obter vantagens para o país em um mundo dividido em dois blocos.
Brasil não se alinha aos não-alinhados; neutralismo tático
Princípios
Mundialização das relações internacionais brasileiras
No referente à relação com os Estados americanos, Jânio concebia que o panamericanismo ultrapassara a fase jurídico-política e ingressara em uma etapa econômica
enfase na divisão Norte-Sul
Busca de ampliação no comercio internacional
autodeterminação dos povos e não intervenção
desejo de participação nas relações internacionais
luta pelo desenvolvimento, paz e desarmamento
Ao resguardar a necessidade de cada país planejar seu processo interno de desenvolvimento e ao insistir, também, na tecla da autodeterminação dos povos, a PEI afagava o amor-próprio nacional e obtinha respaldo de larga parcela da opiniao pública identificada com o nacional-desenvolvimentismo
Efeitos práticos
ampliação da OPA
apoio à ALALC
É importante destacar que a importância permaneceu sendo o comercio intramericano, via Alalc
relação autônoma com os EUA
ênfase na ONU
ampliação da importância da África
Brasil propunha-se a ser o elo entre a África e o Ocidente, destacando sempre que o país fazia parte do mundo livre, ideologicamente ocidental
Promover a abertura para a África e o concomitante afastamento das posições de Portugal salazarista, que praticava o colonialismo.
A busca de maior liberdade de movimentos no concerto internacional foi acompanhada de um componente de frieza nas relações com os EUA.
Apontado como um aspecto negativo da PEI, pois o país não podia prescindir da colaboração norte-americana e o relacionamento com a URSS apresentava poucas vantagens econômicas em razão do pequeno volume de seu comércio com o Brasil.
A política africana de Jânio, todavia, sofreu críticas. Teria tido equívocos e poucos resultados concretos.
Não teria ido além dos votos de abstenção na ONU com respeito às questões angolana e argelina.
A de Angola teria sido mal encaminhada, e o voto de abstenção não faria consonância com os proclamados anticolonialismo e autodeterminação dos povos.
A constante troca de chanceleres até o fim do governo Jango - com nenhum durando doze meses - não provocou quebra de continuidade na conduta internacional do Brasil.
Formada por um conjunto de ideias que provinham do nacional-desenvolvimentismo populista do período.
A PEI tratou-se de um processo, e não de um projeto
A PEI, calcada no nacionalismo, não só ampliou a política de JK em termos de geografia, como também enfatizou as relações Norte-Sul
Aproximação com o Leste europeu
missões comerciais a China e a URSS
comercio com o Leste mais que decatuplica no período
Aproximação com Ásia e África
abstenção em relação às potências coloniais e não-intervenção em Cuba
Crise no Balanço de Pagamentos
negociação tocada por Roberto Campos
Governo Jango
San Tiago Dantas escolhido chanceler do gabinete Tancredo Neves.
Não só deu continuidade à política Jânio / Arinos, como se tornou um dos mais importantes formuladores da PEI
Os fatos precedem as ideias
Com o acirramento da Guerra Fria, passa a ser um problema essa continuidade
Afastamento da Argentina após desentendimento com Frondizi
Em 1962, o presidente argentino Frondizi foi deposto.
Previu-se uma reorganização da política externa portenha, na qual se incluía o fim do “espírito de Uruguaiana”, criado com os dispositivos de cooperação firmados entre os dois presidentes naquela cidade em 1961.
Interrupção da aproximação, iniciada em 1958, entre os dois maiores países da América do Sul
Relação independente e conciliadora com os EUA
As relações com os Estados Unidos em 1962-63 apresentavam focos de discordância.
Brizola desapropriou a subsidiária da ITT, gigante de telecomunicações.
Congresso americano votou a emenda Hikenlooper
Ajuda americana ficaria suspensa nos países que procedessem a nacionalizações sem indenizações imediatas, adequadas e efetivas.
Em agosto de 1962, o Congresso brasileiro alterou a Lei de Remessas de Lucros.
Essas razões foram sufucientes para que o governo norte-americano se sentisse pressionado internamente.
Queda nos investimentos estrangeiros no País e queda de 50% da ajuda americana, exceto para Carlos Lacerda, então governador da Guanabara.
A queda dos preços dos produtos primários anulava os ganhos da cooperação
Goulart, em visita aos Estados Unidos, mostrou-se muito aberto ao diálogo, com elogios à democracia representativa e reafirmação da importância do capital privado para o desenvolvimento do Brasil
Abstenção na expulsão de Cuba da OEA
Buscou-se, por parte da chancelaria brasileira, uma solução pacífia, que coadunava, inclusive, com sua concepção de que a questão cubana situava-se no contexto da Guerra Fria
San Tiago Dantas propunha a elaboração de um estatuto das relações entre Cuba e o hemisfério e sobre o qual, ouvidas as partes, se pronunciaria a OECA
A posição brasileira visava respeitar o princípio da não-intervenção e garantir a defesa da democracia no continente,
neutralizar o regime cubano por meio de um estatuto que regulasse as suas relações com o resto do continente
O país entendia que o rompimento coletivo com o regime de Fidel Castro poderia contribuir para um afastamento ainda maior e levá-lo de vez para a órbita soviética
A posição brasileira teve o apoio da imprensa
O Brasil já havia se abstido de votar a solicitação de reunião pela Colômbia no Conselho da OEA, por entender que não se aplicaria, nesse caso, o Tratado de Rio de Janeiro, no qual o pedido se baseada
Com os eventos em Cuba, Kennedy achou uma boa ideia reviver a OPA, que acabou não empolgando
Quanto a Aliança Para o Progresso, não se pode perder de vista que no Brasil, o momento é o do nacional-desenvolvimentismo e do populismo.
A posição de San Tiago Dantas com respeito à Aliança era moderada e conciliadora entre os planos políticos internos e externos.
Aceitava a ajuda externa, mas desde que tal ajuda não implicasse influência na maneira de promover o desenvolvimento
Postura hesitante em relação a descolonização africana
A posição do BRasil era determinada pelo anticolonialismo, mas também pelos seus laços históricos, culturais e de amizade que o ligavam a Portugal
Conciliar o princípio de autodeterminação dos povos com a tradicional amizade com Portugal era difícil no quadro conjuntural de então.
No fundo, a chancelaria brasileira protelava a questão.
Restabelecimento das relações com a URSS
Para o Itamaraty, não se tratava de uma simpatia ideológica.
Para justificar, informou a partir de estudos feitos pelo próprio MRE que a África apresentava poucas perspectivas comerciais, a América Latina as possuia, mas não no nível desejado.
A Europa crescia, expandia seu comércio. Mas lá, o chanceler antevia obstáculo pela criação de um mercado comum europeu, com tratamento alfandegário preferencial
Os EUA apresentavam grandes possibilidades de comércio, não obstante serem um país com crescimento pouco dinâmico.
O bloco soviético era o que apresentava o maior potencial de todos
Os adversários afirmavam que a balança comercial BR-URSS era deficitária, além do risco de infiltração comunista
Retorno do presidencialismo
Chanceler Araújo de Castro
Autor do discurso 3 D’s: desarmamento, desenvolvimento e descolonização, na ONU
A força do discurso de Araújo residia em sua capacidade de captar as forças profundas que instruíam a política exterior de um país periférico, mas que tinha clara noção do que se passava na alta política internacional e procurava evidenciar os pontos frágeis dos argumentos das grandes potências
Moderação ideológica
Tom conciliador nas negociações multilaterais
Favorável ao bloqueio naval de Cuba durante a crise dos mísseis, mas contra intervenção militar
Conclusão do Doratioto sobre a PEI
Fracasso. Os dois governos que construíram essa política não concluíram seus mandatos, suas ações tiveram poucos resultados práticos e, naquilo que tinha de essencial, o Itamaraty e o Planalto foram contidos pelos interesses norte-americanos
Sua força advém do mito de uma política exterior que conciliava a luta contra o subdesenvolvimento com a defesa de interesses comuns ao Brasil e às nações africanas e asiáticas, ao lado da fidelidade ao sistema interamericano e à democracia
Governos militares
Governo Castelo Branco
Americanismo ideológico / “fronteiras ideologicas”
“Passo fora da cadência”
Desmantelamento da PEI
Princípios
Bipolaridade
Interdependênncia
A ideia da interdependência vinculasse de fronteiras ideológicas, na medida em que é preciso constituir uma forte aliança interamericana para o combate às novas ameaças à soberania dos Estados (entenda-se subversão)
Segurança coletiva
Mantidos o neutralismo, o nacionalismo e o universalismo
Projeto de abertura ao capital internacional e de “desenvolvimento associado”
Decorreu da convicção compartilhada por esquerda e direita acerca da evolução do capitalismo, segundo a qual, ofertadas as condições de liberdade, o capital fluiria internacionalmente
Houve dimensões remanescentes em contradição com a bipolaridade e a abertura ao capital estrangeiro
A abertura envolveria o acolhimento “ordenado” do capital estrangeiro e a luta pela reforma da ordem do capitalismo
nacionalismo e o universalismo
denotavam o descompasso enttre as diretrizes ideológivas e o realismo da política internacional.
Ideia de círculos concêntricos
círculo interno: Bacia do Prata
Construção da Ponte da Amizade e assisnatura da Ata das Cataratas
Vislumbrar se a construção de Itaipu, como forma de pôr fim às pendências territoriais brasileiro paraguaias.
Medida destinada a suprir as crescentes necessidades energéticas do Brasil.
Aproximação reflete afastamento com a Argentina
Fim do espírito de Uruguaiana
Círculo intermediário: continente americano
A América Latina “constitui o nosso âmbito natural de comércio.
Aqui desenvolve-se a nossa história e gera-se o nosso futuro.
Integrar-se no mundo através da América Latina é um dos objetivos centrais da nossa política exterior”
Ruptura com Cuba
10º reunião de consulta dos chanceleres americanos
Brasil assume comando das Forças Interamericanas na República Dominicana, rompendo com o princípio da não-intervenção
Acusação de “subimperialismo” na América Latina
Em troca do apoio político diplomático, ideológico e militar, a diplomacia brasileira esperava um tratamento diferenciado na região.
O que este esquema não levou em conta é que quanto mais o Brasil colaborasse, menos se faria necessário pagar por sua colaboração
Tentativa de reestruturação do sistema interamericano para solução dos problemas decorrentes do aumento da transferência do capital do centro para periferia
Círculo externo: Ocidente
O apoio brasileiro não era incondicional. Nem tudo era ideológico ou bipolar na política externa de Castello Branco.
O interesse brasileiro estendia-se ao hemisfério, só buscando outros espaços em caráter excepcional.
Os círculos concêntricos tem um caráter essencialmente defensivo, desprezando a noção de expansão, que futuramente viria fazer parte do pragmatismo responsável.
A política Sul-Leste basicamente não existia
Reconhecia ele que o Brasil havia montado o parque industrial da América Latina, mas que não havia ainda criado o seu mercado
que os países ricos impunham barreiras ao acesso de manufaturados dos países em desenvolvimento
que não havia garantias de preço para os produtos primários no mercado internacional
No no terreno da política externa, Castelo Branco demonstrou uma crença ingenua na Fraternidade norte americana em relação ao Brasil.
O fluxo de capitais foi modesto, bem como a vinda de técnicos nos marcos do USAID
a transferência de tecnologia não ocorreu
a estrutura econômia mundial não apenas manteve-se a mesma, como mesmo piorou
os países latino-americanos rechaçaram a integração tal como fora proposta pelos Estados Unidos e Brasil
a cooperação com Argentina transformou-se em rivalidade e inviabilizou a força Interamericana de Paz
Aliança para o Progresso, ao invés diminuir, aumentou a diferença em relação aos países desenvolvidos
a política de defesa coletiva não propiciou relações de interdependência, e sim aprofundou arte dependência
o pacto sub imperialista só existiu na imaginação do governo brasileiro
Costa e Silva
Sepultamento da diplomacia de Castelo Branco
Foram, primeiramente, eliminados os conceitos agora inadequados para orientar a política externa
Interdependência militar, política e econômica, porque as políticas externas se guiam pelos interesse nacionais e não por motivações ideológicas
Segurança coletiva, porque não serve à superação da desigualdade
A segurança converteu-se em variável dependente, não mais do elemento ideológico bipolar nem da “cobertura” das potências ocidentais, mas da economia nacional
bipolaridade, porque o conflito Leste-Oeste esmoreceu, o entendimento entre as duas superpotências avançou
A coesão dos sistemas de aliança enfraqueceu, ao tempo em que a divisão Norte-Sul acentuou-se
A economia determinava a política externa, mas tinha no Estado o articulador do processo produtivo
Ocidentalismo, porque vem eivado de prevenções e preconceitos que tolhem à ação externa as vantagens do universalismo
Contexto de distensão entre EUA e URSS
Política de coexistência a partir de Krushev
Cisma Sino-Soviético
Teoria dos Três Mundos, de Deng Xiaoping
No período em questão, assiste-se à substituição da bipolaridade pelo policentrismo, composto por EUA URSS, CEE, Japão, China e Opep
A contribuição da política externa viria pelos esforços para atingir resultados
Prioridades
Reversão do alinhamento com os EUA
Transformações na política externa americana
diplomacia do equilíbrio: protagonizada por Kissinger e inspirada em Metternich e no Concerto Europeu
Ampliação do comércio internacional, especialmente no âmbito multilateral
Brasil apóia, nas rodadas do Gatt, o sistema geral de preferências
O sistema foi oficializado pela Unctad II
A atuação da diplomacia nestes fóruns foi o de reivindicar e articular alianças para alterar determinadas regras que obstaculizavam o desenvolvimento
Aquisição, pela via da cooperação internacional, da C&T necessárias para a exportação brasileira
O objetivo consistia em substituição de importações, priorizando ritmo acelerado
Não se leva em conta os custos, sobretudo sociais.
Este grupo tem sua matriz sócio econômica no setor público
Intensificação dos fluxos comerciais com os desenvolvidos
A relação com os países capitalistas desenvolvidos foi intensificada
Forma de buscar alternativas aos EUA
potencializar elementos estratégicos, como questão nuclear
responder aos desafios da necessidade de incremento comercial, no quadro avanço da integração europeia.
No campo das relações bilaterais, a cooperação com a Alemanha Federal configurou-se como a mais importante.
Aumento dos fluxos financeiros para empréstimos e investimentos de origem mais diversificadas e em melhores condições
Integração regional
ênfase multilateralista
Recusa do TNP, acusado de ser discriminatório
Assinatura do Pacto de Tlateloco
Ressurge o interesse pela África, mas se mantêm os interesses ambíguos em relação às colônias portuguesas
Milagre econômico
Tripé de empresas públicas na infraestrutura, empresas transnacionais nos bens de capital e consumo duráveis e nacionais nos produtos básicos e/ ou populares
Mesmo tripé utilizado por JK
O projeto desenvolvimentista correspondeu aos desígnios de desenvolvimento restrito, na medida em que visava robustecer a economia antes de equacionar as desigualdades sociais.
Caracterização, sobretudo a partir de 1974, pela ampliação das bases de relativa autonomia, associando-se a participação do capital estrangeiro ao capitalismo monopolista de Estado
Após a independência industrial seria necessário enfim viabilizar a independência tecnológica
Governo Médici
Diplomacia do Interesse Nacional
A tomada de consciência dos objetivos brasileiros em política externa indicava a necessidade de superação de alguns dogmas, como o do alinhamento automático com os EUA
Recusa em assinar o TNP
O Brasil não aderiu ao TNP por considerar-lo injusto e discriminatório
Favorecido pelo Milagre Econômico
A poupança espontânea da classe média e compulsória dos trabalhadores (Fundos governamentais como o FGTS) carrearam recursos para investimentos, enquanto as aplicações nas bolsas de valores passaram a ser comuns para os "novos ricos"
Como forma de compensar a entrada de capitais estrangeiros, a exportação de mercadorias deveria ser proporcionalmente aumentada
Custos e salários deveriam ser comprimidos como forma de aumentar a competitividade internacional do país.
Agravava ainda mais a debilidade do mercado interno, exercendo uma pressão adicional para buscar novos mercados no exterior.
entendimento “a potência é autônoma e seu exercício
dimensionado à grandeza nacional”
Contradição entre multilateralismo do MRE e bilateralismo dos ministérios econômicos.
O projeto econômico diplomático do Nacional-autoritarismo antagonizava a massa da população e chocava-se frontalmente com o grupo liberal
Embora o Itamaraty não tenha sido afetado diretamente por este processo, a influência do Conselho de Segurança Nacional na formulação da política externa se incrementou consideravelmente.
Foi limitado o poder de barganha que resultou da desvinculação brasileira do conflito Leste-Oeste
Considerando a estrutura da economia mundial e as transformações em curso nas relações internacionais, o governo Médici optou por explorar uma linha de menor resistência
A estratégia não era mais a do anti-imperialismo, mas a da busca de uma melhor posição para o Brasil dentro do imperialismo
EUA: desalinhamento sem confronto
Os problemas políticos internos do Brasil (combate a guerrilha) produzirá uma forma de solidariedade por parte da casa Branca
O Brasil era um aliado necessário para estabilizar a região, principalmente no momento em que a doutrina Nixon preconizava um desengajamento relativo
O pragmatismo não permitia eleger, teoricamente, áreas prioritárias de relações, e sim aceitá-las pelo que de concreto pudessem oferecer
Embora permanecessem importantes, as relações com os Estados Unidos foram perdendo peso relativo
Declínio internacional americano
Brasil soube fazer novos parceiros em condições de fornecer recursos, tecnologias e mercados, no Norte e no Sul
ampliação do mar territorial para 200 milhas náuticas
Outro elemento empregado para congelar o poder mundial, de acordo com o Brasil de Médici, seria adoção de critérios supostamente técnicos e despolitizados
Apesar do governo, no plano interno, defender o enfoque tecno-burocrático da política, no plano externo, adotar uma postura e exigente de uma maior politização
, rejeitando a Constituição de comitês integrados por técnicos que, essencialmente, defendiam a posição das grandes potências.
Acusação de subimperialismo na América Latina
bilateralização
Tratado de Itaipu
Tratado com Colômbia e Venezuela
Ata de Entendimento com a Bolívia
Rivalidade crescente com a Argentina
Criação do diálogo AL-CEE
No quadriênio 1970-1973, a cooperaççao bilateral deslanchou para uma fase criativa e acelerada
o Brasil obteve seu tratado em 1973, ano em que a CEE se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, absorvendo 30% de suas exportações.
O tratamento tarifário acordado permitia aos produtos brasileiros competir naquele mercado
Aproximação com a RFA
Deslocamento da questão colonial no relacionamento com Portugal
Relacionamento intenso com o Japão
Entre 1967 e 1979, o comércio bilateral passou de US$106 milhões para US$2 bilhões
Ampliação do relacionamento com a África
Périplo africano de Gibson Barbosa
Após isso, erodia-se o conceito de comunidade luso-brasileira em 1973
Delfim perdia para Gibson Barbosa, o Brasil não mais votava com Portugal na ONU e negava apoio à repressão portuguesa na África
Governo Geisel
Pragmatismo ecumênico e responsável
O comportamento pragmático no cenário internacional não era novidade, remetendo ao governo Costa e Silva
Diferença era a existência de um projeto de autonomização econômica do país
resposta o desafio gerado pela crise econômica internacional.
Síntese de tudo desde a PEI
A ideia é a mesma de sempre: não se está buscando a reestruturação do sistema, mas sim um melhor posicionamento dentro da ordem
Inserção independente do Brasil
Alimentava a ideia de autonomia, a qual foi exercida por diversas metodologias
pela distância, ao considerar os desígnios de Washington
pela participação, ao fazer esse presente em fóruns internacionais regionais, notadamente por ocasião da nova ordem econômica internacional
pela diversificação, ao multiplicar parcerias comerciais interlocutores políticos.
Distanciamento tático dos EUA
Características
Corrosão progressiva do cenário econômico
segundo choque do petróleo
A reação econômica implicava uma alteração e/ou aprofundamento significativos das relações exteriores,
Capitalismo brasileiro deveria atingir um nível de desenvolvimento que propiciava um alto grau de inserção mundial.
Consolidação do paradigma universalista
Defesa da descolonização
Crítica ao apartheid
Foi durante o governo Geisel que se completou a mudança de ênfase da área de segurança para a área de desenvolvimento.
Reconhecimento da China comunista
Brasil passou a cooperar com os países comunistas também em termos estratégicos, como forma de afirmar sua presença autônoma no cenário internacional
Lado retórico terceiro-mundista como forma de aproximação com os produtores de petróleo na África e no Oriente Médio;
Alinhamento com os países produtores de petróleo
Brasil se torna grande exportador de armas para estes países
Brasil reconhece a independência de Angola e do MPLA como representante legítimo
1975: voto contra o sionismo
Choque com setores da linha dura
demissão do ministro da Guerra, Sylvio Frota
Cooperação nuclear com a Alemanha Ocidental
Forte pressão contrárias dos EUA
Resposta brasileira: denúncia do acordo militar Brasil-Estados Unidos, de 1952, em 11 de março de 1977
O Brasil buscava mais autonomia estratégica
domínio da tecnologia nuclear
Expectativa de desenvolvimento de uma indústria bélica nacional.
Em meados de 1974, o governo Geisel criou o programa Nacional para exportação de material de emprego militar,
Entre os clientes do Brasil, além de países africanos e do Oriente Médio, estavam alguns de nossos vizinhos, como Chile, principalmente após o golpe de 1973.
A autonomia brasileira, portanto, articulava-se o energético e a indústria bélica
Iniciativas de outra natureza, como a diplomática e a econômica, em sentido amplo.
Resultados bastante satisfatórios ao final daquela década.
Explosão das importações, exportações e da dívida
Com relação a América Latina, o Brasil procurou estreitar cooperação
Quando, na segunda metade dos anos 1970, surgiram rumores de uma possível internacionalização da Amazônia, o Brasil imediatamente reuniu os países vizinhos e com eles lançou a iniciativa amazônica
Estratégia comum para exploração da região e reafirmação das soberanias nacionais dos países-membros sobre ela.
Amazonia for amazonians
Criação do Tratado de Cooperação Amazônica
Alternativa ao processo de internacionalização
Decisões por consenso
Caráter conservacionista
Governo Figueiredo
Diplomacia do Universalismo
Um dos traços da gestão diplomática do governo Figueiredo foi a ampliação, dentro do Executivo, da presença institucional do Itamaraty, como decorrência da atividade externa crescente do país.
Aos temas políticos tradicionais, habitualmente incluídos na agenda diplomática, assuntos da hora econômica e financeira se acrescentam agenda das preocupações dos funcionários que o serviço exterior.
Esse processo foi afetado pelo agravamento da crise em 1982, que trouxe absoluta prioridade as negociações econômicas internacionais.
Até o início de 1984, ministros econômicos disputam o monopólio das negociações, dificultando que as questões fossem politizadas e, portanto, conduzidas pelo MRE.
Chanceler Saraiva Guerreiro
Posição brasileira menos autoconfiante e mais terceiro-mundista nas reivindicações
Brasil busca afirmar o multilateralismo que havia se perdido na crise da 2ª Guerra Fria
No âmbito das relações com os Estados Unidos, o governo Figueiredo considerava o progressivo desalinhamento como uma tendência histórica
Maiores parcerias com África, Ásia e terceiro-mundo em geral
Universalismo aprofundou presença da diplomacia em todas as áreas do planeta, intensificando muitas iniciativas de Geisel
Dificuldades com os desenvolvidos
intensificou-se vínculos com a América Latina, dando um conteúdo à uma prioridade recorrente mas nunca antes materializada
Redefinição das relações com a Argentina
Acordo tripartite Itaipu-Corpus para o aproveitamento hidrelétrico da Bacia do Paraná
Visita a Buenos Aires em maio/1980, acordos de integração econômica e cooperação nuclear, visita de Videla em agosto ao Brasil
Neutralidade diante da Guerra das Malvinas, com reconhecimento da soberania argentina sobre a ilha.
Brasil representa Buenos Aires junto ao Reino Unido até 1990
Surpreendeu negativamente os Estados Unidos terem dado apoio logístico Reino Unido.
Derrota da Argentina e a implosão de seu regime militar reforçaram a percepção de que se processava uma rearticulação do sistema internacional negativa para os países de porte médio
Ao inserir a dimensão Norte-Sul no eixo horizontal leste-oeste, a Guerra das Malvinas demonstrou a falência do sistema Interamericano de defesa
tese brasileira da desmilitarização do Atlântico Sul foi reforçada,
ênfase para a região não seria militar, mas político-econômica
Tensão entre Argentina e Chile pelas ilhas do estreito de Beagle havia minado o projeto brasileiro.
Estava em jogo o tema da segurança hemisférica
o Brasil transitara da segurança coletiva da guerra fria para uma visão essencialmente Nacional de segurança
ou incluía a tentativa de atrair vizinhos Sul-americanos para o sistema regional.
Ao apoiar Argentina em termos políticos-diplomáticos e econômicos, os dirigentes brasileiros miravam o futuro, pois o país adquiriria confiança dos argentinos.
Não foi outro resultado ao seu observar que, após a guerra, o diálogo bilateral Brasil-Argentina avançou em diversas áreas
Vertente latino-americana de cooperação Sul-Sul
Visita à Venezuela para consolidar reaproximação (rompimento entre 1964 e 1966)
Lançamento da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi)
Na América Central, o Brasil se fez cada vez mais presente, apoiando o grupo de contadora na mediação do conflitos Centro-americano.
A implementação da Guerra Fria e a solução militar protagonizada pelos Estados Unidos (conflito de baixa intensidade na Nicarágua em El Salvador e invasão de Granada), levaram Brasil a integrar o grupo de apoio a Contadora
Consenso de Cartagena
Em 1981, Reagan promoveu uma violenta elevação da taxa de juros, tendo como um dos objetivos aumentar a dívida externa dos países do Sul.
Crise da dívida constitui um instrumento de pressão contra políticas econômicas um golpe mortal no projeto de desenvolvimento de nações como o Brasil
Politização das dívidas externas
O consenso desmoronou com o próprio governo brasileiro preferido tratar tecnicamente o problema da dívida em vez de apoiar a ideia de uma ação coletiva.
O comportamento brasileiro pode ter se dado em razão de, em 1981, o país ser a oitava economia capitalista do mundo, o que o privará de acesso a recursos do Banco Mundial
talvez por ter sido incluído entre os países recém-industrializados, talvez por ter tradição de ser bom pagador.
Baena Soares eleito secretário-geral da OEA por unanimidade (1984)
Com relação ao Oriente Médio e a China, o Brasil intensificou a cooperação, obtendo resultados relativamente positivos
A indústria armamentista estatal brasileira, tendo atingido elevado grau de desenvolvimento, conseguiu neste período incrementar suas exportações
Dificuldades pelas consequências da Guerra do Golfo e os problemas econômicos internos do Brasil.