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Conflito entre Israel e palestinos (Em 14 de maio de 1948, foi criado o…
Conflito entre Israel e palestinos
A região da Palestina foi ocupada e conquistada por muitos povos, entre eles os judeus
No século VI a.C., o povo judeu iniciou sua primeira dispersão pelo mundo, mas seu projeto de possuir um território só se concretizou após a Segunda Guerra Mundial.
O Estado de Israel tem sua origem no sionismo (de Sion, colina da antiga Jerusalém), movimento surgido na Europa no século XIX, com objetivo de criar uma pátria para o povo judeu
Colonos judeus da Europa Central e Oriental, onde o antissemitismo (discriminação contra os judeus) era mais intenso, instalaram-se na Palestina, que tinha então população majoritariamente árabe.
O apoio internacional à criação de um Estado judaico aumentou depois da II Guerra Mundial, ao ser revelado o genocídio de cerca de 6 milhões de judeus nos campos de extermínio nazistas, o Holocausto
Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a partilha da Palestina em dois Estados – um para os judeus, com 53% do território, outro para os árabes, com 47%.
A cidade de Jerusalém permaneceria sob administração internacional. OS árabes rejeitaram o plano.
Em 14 de maio de 1948, foi criado o Estado de Israel
Imediatamente, cinco países árabes – Egito, Síria, Transjordânia (atual Jordânia), Iraque e Líbano – enviaram tropas para impedir sua fundação.
Com o respaldo dos Estados Unidos (EUA) e da União Soviética, Israel conseguiu derrotar esses exércitos, e a guerra se encerrou com um armistício assinado em janeiro de 1949.
O novo Estado ampliou seus domínios em relação às fronteiras originais aprovadas pela ONU
Com a vitória, Israel passou a ocupar 75% da Palestina, e mais de 700 mil árabes palestinos foram expulsos.
Esses acontecimentos são lembrados até hoje por eles como a nakba, palavra árabe que significa “catástrofe”.
Ao fim da guerra, além da expansão de Israel, o Egito havia ocupado a Faixa de Gaza e a Transjordânia anexara Jerusalém Oriental e Cisjordânia (o nome do país passou a ser Jordânia)
Com isso, os palestinos ficaram sem território, tornando-se refugiados na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e nos países árabes vizinhos, ou migrando para longe.
Em 1967, diante da aliança militar entre Egito, Síria e Jordânia, Israel, fortemente armado pelos EUA, atacou os três países na Guerra dos Seis Dias
Passou então a controlar a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, a Faixa de Gaza e a Península do Sinai (que seria devolvida ao Egito em 1982), além das Colinas de Golã, território da Síria ocupado até hoje.
A população árabe-palestina passou a lutar pela configuração de novas fronteiras e pelo reconhecimento de um Estado palestino independente
Em 1964, exilados no Líbano fundaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Em 1988, proclamaram seu Estado com o nome de Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Depois de muitas guerras e duas intifadas (rebeliões palestinas), os acordos de paz assinados entre os países afirmaram a autonomia dos palestinos na Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia.
Os Acordos de Oslo (1993-1995), assinados entre palestinos e israelenses, com mediação dos EUA, traçaram a meta de dois Estados:
um judeu (Israel) e um palestino, formado pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia, ambas ocupadas pelos israelenses em 1967.
Definiram ainda a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), como embrião do futuro Estado.
Apesar de ter sido considerado ilegal pela Assembleia Geral da ONU, em 2007,
Israel concluiu a construção de um muro na Cisjordânia com mais de 9 metros de altura, controlando a entrada de não judeus em território israelense.
Esse paredão:
restringe o direito de ir e vir;
anexa áreas palestinas a Israel e
impede a circulação normal de pessoas na cidade de Jerusalém.
Em consequência, o Estado palestino independente ainda não se concretizou e os palestinos estão separados, de Israel e entre si, em 21 enclaves
Essa situação perturbou todas as atividades econômicas, pois decorridos mais de 60 anos, os territórios palestinos ocupados apresentam grande deterioração econômica e baixa qualidade de vida.
Atualmente, os palestinos do Hamas (grupo mais radical de origem guerrilheira, fortemente hostil a Israel) controlam a faixa de Gaza
enquanto a Autoridade Palestina (menos refratária ao Ocidente e a acordos de paz com Israel) domina partes da Cisjordânia, entre elas a cidade de Belém.
Nos últimos 20 anos, essa perspectiva geral dos “dois Estados” é a que tem guiado as negociações de paz. Na prática, porém, não houve avanços
Do lado israelense, o atual governo, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, defende posições que os palestinos consideram inaceitáveis, como a continuidade e a ampliação dos
assentamentos israelenses na Cisjordânia
.
Desde 1967, Israel implanta colônias judaicas na Cisjordânia, onde hoje vivem cerca de 400 mil judeus em mais de cem assentamentos, em meio a 2,9 milhões de palestinos
Israel instalou também colônias judaicas no setor oriental de Jerusalém para justificar a soberania sobre a área.
Dessa forma, o governo israelense mantém a política de criar assentamentos nos territórios destinados ao futuro Estado palestino
Colonos israelenses instalam-se, expulsam os palestinos e formam povoações.
Em 2005, Israel decidiu de forma unilateral retirar todos os 21 assentamentos existentes na Faixa de Gaza. Mas a presença judaica na Cisjordânia só tem aumentado.
Outra divergência é sobre o
status da cidade de Jerusalém
Os palestinos defendem que a parte oriental da cidade, também ocupada pelos israelenses desde 1967, seja a capital de seu futuro Estado.
Israel não aceita essa divisão, reivindicando a cidade inteira como a sua própria capital.
Ponto de honra para os árabes nas negociações é o
direito ao retorno dos palestinos expulsos de Israel e seus descendentes pelas guerras
de 1948 e dos Seis Dias (1967)
O governo israelense não aceita sequer debater a sua volta, pois o eventual regresso colocaria em xeque a própria existência de Israel tal como é hoje.
São mais de 5 milhões de pessoas que vivem de forma precária em campos de refugiados superpovoados. Segundo a ONU, é o maior contingente de refugiados do mundo.
Os países árabes onde se situam os campos mal garantem o mínimo para sua sobrevivência. Os palestinos continuam reivindicando o retorno às antigas casas e a devolução de suas posses, mas Israel resiste em aceitar a ideia.
A questão demográfica preocupa o país, pois o número de palestinos residentes em Israel e nos territórios palestinos somados já ultrapassou o número de judeus israelenses.
Há a questão da
desmilitarização da Palestina
Israel defende que o Estado palestino não possua Forças Armadas e que a segurança inicialmente seja feita pelas tropas israelenses até a transferência para a Otan – a aliança militar ocidental.
A proposta não agrada aos palestinos.
Em 2012, a ONU concedeu à Palestina a condição de “Estado observador não membro”. Mais de 140 Estados, inclusive o Brasil, já reconhecem o Estado da Palestina.
Causou forte reação de Israel a histórica aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU, em janeiro de 2017, da resolução que exige que Israel pare de construir colônias em territórios palestinos. O texto foi aprovado por 14 votos a favor.