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Adjetivo (Ser um adjetivo x ter valor/papel adjetivo: (Por outro lado,…
Adjetivo
Locuções Adjetivas
locuções são grupos de palavras que equivalem a uma só. As
locuções adjetivas
são formadas geralmente de preposição+substantivo e
substituem um adjetivo
Essas locuções têm valor de adjetivo e formam um adjunto adnominal.
Algumas expressões semelhantes, também formada de preposição + substantivo não podem ser vistas como um adjetivo, pois serão um complemento nominal, obrigatório
A banca explora essa diferença entre adjunto adnominal (equivale a adjetivo) e complemento nominal perguntando ao combalido candidato qual é o termo que exerce ou não papel de adjetivo, ou seja,
qual é adjunto adnominal ou complemento nominal
, respectivamente.
Exemplos de
adjunto adnominal,
expressões preposicionadas que tem função de adjetivo:
Ex: A coluna tinha forma de
ogiva
x A coluna tinha forma
ogival
.
Ex: Comi chocolates da
Suíça
x Comi chocolates
suíços
.
Ex: Tenho hábitos de
velho
x Tenho hábitos
senis
As expressões preposicionadas acima são adjuntos adnominais,
pois se referem a substantivo
, podem ser
substituídas por um adjetivo equivalente
e trazem uma
relação de posse ou pertinência
: A ogiva tem aquela forma, a Suíça tem aqueles chocolates e os hábitos são do velho
:warning:
Cuidado
: nem sempre teremos ou saberemos um adjetivo perfeito para substituir a expressão nominal.
Por isso, atente-se à relação ativa, de posse entre o termo preposicionado e o substantivo a que se refere.
Complemento nominal: (parece locução adjetiva, mas não é)
Ex: Tenho
medo de guerras
Ex: Defendo a
ampliação das liberdades.
Agora os substantivos são abstratos e pedem um complemento de sentido.
Não podemos trocar por adjetivos
, pois não temos mais locuções adjetivas e, sim, complementos nominais.
complemento nominal não se refere a substantivo concreto e há uma relação passiva ou de alvo ou recipiente. As liberdades são ampliadas e as guerras são alvo do medo.
Uma boa dica é lembrar que os substantivos que derivam de ação também representam uma ação e, portanto, são abstratos.
O complemento nominal também se refere a substantivos, o que traz confusão com o adjunto adnominal
Porém, se o nome complementado for adjetivo ou advérbio, não há dúvida que teremos um complemento nominal, até porque já disse que um adjetivo (adjunto adnominal) não pode se referir a outro, já que só o advérbio pode modificar um adjetivo.
Em suma, se o termo preposicionado estiver ligado a essas classes (adjetivo ou advérbio), não podemos pensar que é uma locução adjetiva.
Ex: Estou
carente
de afeto.
Ex: Os juízes laterais decidiram
favoravelmente
ao campeão
Nos exemplos acima, o termo preposicionado se refere a adjetivo e a advérbio, não há que se pensar na possibilidade de ser outra função que não o complemento nominal
Só deve haver dúvida quando um sintagma nominal se referir a um substantivo abstrato.
Se for concreto, será adjunto adnominal.
Se for um adjetivo ou advérbio, será um complemento nominal.
A locução adjetiva equivale a um adjetivo. Portanto, ela assumirá a principal função sintática que o adjetivo assume: “adjunto adnominal”
Se o termo preposicionado estiver ligado a um substantivo abstrato, derivado de ação, com sentido paciente, aí teremos um complemento daquele nome, não uma adjetivação.
É a classe que se refere ao substantivo ou termo de valor substantivo (como pronomes), para atribuir a ele alguma qualidade, condição ou estado, restringindo ou especificando seu sentido
é classe variável, que “orbita” em torno do substantivo e segue sua flexão para efeito de concordância.
Ser um adjetivo x ter valor/papel adjetivo:
Apesar de “adjetivo” ser uma classe própria, outras classes serão chamadas também de “adjetivas” se tiverem o papel que o adjetivo tem, ou seja, se
referirem-se a substantivos
para especificá-los.
Na sentença: Seus filhos são bonitos, o pronome “seus” é classificado como pronome possessivo “adjetivo”, porque se refere ao substantivo “filhos”, como um adjetivo faria.
Observe: "O1 meu2 violão novo3 quebrou”
Os termos 1, 2 e 3 têm “papel” adjetivo. Pois se referem ao substantivo “violão”. Daí, também podemos dizer que tais termos são “adjuntos adnominais” de “violão”, palavra substantiva que tem função de
núcleo
.
“papel” ou “função” de adjetivo NÃO SIGNIFICA QUE A PALAVRA SEJA DA CLASSE DOS ADJETIVOS
Veja que os adjuntos aqui são, respectivamente, artigo, pronome possessivo e adjetivo.
Por outro lado, algumas classes também podem vir classificadas como “substantivas”, se puderem substituir um nome, ou seja, se puderem vir no lugar de um substantivo, como “núcleo”
Ex:
Minhas
mãos estão limpas, lave as
suas (mãos)
.
Minhas
é pronome possessivo adjetivo, pois se refere a substantivo.
suas
é pronome possessivo substantivo, pois substitui o substantivo “mãos”, que está implícito.
O mesmo ocorre com os numerais:
Ex:
Dois
irmãos estão doentes, ajudarei os
dois (irmãos)
.
O primeiro
Dois
é um numeral adjetivo (tem papel adjetivo);
O segundo
dois
é numeral substantivo, pois substitui o substantivo “irmãos”.
Em algumas questões, a banca pode pedir qual palavra tem “valor adjetivo” ou “exerce papel adjetivo”
Nesse caso, o aluno pode errar, pois fica limitado a
procurar adjetivos propriamente ditos, quando a resposta pode estar em outra classe que modifique o substantivo.
Esse tipo de análise também é fundamental para estudarmos a função sintática dos termos, já que uma mesma palavra pode ter diferentes funções sintáticas, dependendo do termo a que ela se refere ou de funcionar ou não como núcleo da expressão.
Valor objetivo (relacional) x Valor subjetivo (opinativo)
Os adjetivos podem ter valor subjetivo, quando expressam opinião; ou
Os adjetivos opinativos, por serem marca de especialização de uma opinião, são acessórios, podem ser retirados, sem prejuízo gramatical
Ex.: carro preto (objetivo). Carro bonito (subjetivo). Turista japonês (objetivo). Turista animado (subjetivo).
podem ter valor objetivo, quando atestam qualidade que é fato e não depende de interpretação
Os adjetivos chamados “relacionais” são objetivos e, por isso, não aceitam variação de grau.
Não podem ser deslocados livremente, posicionando-se normalmente após o substantivo.
Essas características vão nos ajudar em questões sobre a inversão da ordem “substantivo+adjetivo”.
Sintagma nominal (Subst+Adjetivo): ordem e mudança semântica e/ou morfológica
Uma expressão formada por
subst+adj
é uma expressão nominal (ou sintagma nominal), porque o núcleo é um nome (
substantivo
). A ordem “natural” do sintagma é essa. Quando trocamos essa ordem, poderemos ter 3 casos:
Não muda nem a classe nem o sentido:
Ex:
Cão (Subst.) bom (Adj.)
x
Bom (Adj.) cão (Subst.)
Muda o sentido sem mudar as classes:
Ex:
Candidato (Subst.) pobre (Adj.)
x
Pobre (Adj.) candidato (Subst.)
O sentido mudou, pois pobre é um adjetivo objetivo relativo a recursos financeiros; na segunda expressão, pobre tem sentido de coitado, digno de pena.
Muda a classe, e muda necessariamente o sentido: (???)
Ex:
alemão (Subst.) comunista (Adj.)
x
comunista (Adj.) alemão (Subst.)
Alemão, no segundo sintagma, se tornou característica, especificação, do substantivo comunista. No segundo, um comunista nascido na Alemanha (em oposição, por exemplo, a um nazista brasileiro, turco, japonês, cubano...). (??)
No primeiro caso, temos um alemão que é comunista (em oposição, por exemplo, a um alemão guitarrista, turista, generoso, inteligente, feio, bonito, ou qualquer outra característica.). (??)
Sempre que houver essa alteração morfológica, ou seja, troca de classes, haverá mudança de sentido, porque
muda o foco
, ainda que pareça coincidir bastante o sentido
Esse critério salva sua pele em questões em que fica difícil enxergar a sutil mudança semântica que ocorre. Lembre-se da famosa frase de Machado de Assis: “não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor”.
alguns pares desse tipo:
O presidente foi um preso
político
(substantivo + adjetivo) / O presidente é um
político
preso. (substantivo + adjetivo)
Um amigo
médico
me disse que comer não é doença. (substantivo + adjetivo) / Um
médico
amigo não é melhor que um médico competente. (substantivo + adjetivo)
O carioca
fumante
soprou fumaça nas crianças. (substantivo + adjetivo) / O
fumante
carioca soprou fumaça nas crianças. (substantivo + adjetivo)
Ele era um preso
político
, hoje é um
político
preso. (substantivo + adjetivo)
Resumo
Adjunto Adnominal
Substituível por adjetivo perfeitamente equivalente;
Substantivo Concreto. Também pode ser Abstrato com sentido ativo, de posse, ou pertinência. Se for concreto, só pode ser adjunto;
Só modifica substantivo: Então, termo preposicionado ligado a adjetivo e advérbio nunca será adjunto adnominal.
Nem sempre preposicionado. Qualquer preposição, inclusive de pode indicar adjunto adnominal. Se ligada a substantivo abstrato, mas com sentido agente ou de posse, será adjunto adnominal.
Complemento Nominal
Não pode ser substituído por um adjetivo perfeitamente equivalente;
Só complementa Substantivo Abstrato (Sentimento;
ação; qualidade; estado e conceito). Na prova, busque o substantivo derivado de
ação!
;
Refere-se a advérbio, adjetivos e substantivo abstratos. Então, termo preposicionado ligado a adjetivo e advérbio só pode ser Complemento Nominal.
Sempre preposicionado, com a preposição. Ligada a substantivo abstrato, qualquer preposição diferente de ‘de’ vai
normalmente
indicar que é CN.
Grau dos adjetivos
Basicamente, qualidades podem ser comparadas e intensificadas pela via da flexão de grau comparativo (mais belo, menos belo ou tão belo quanto) e superlativo (muito belo, tão belo, belíssimo).
O grau comparativo pode ser de superioridade, inferioridade ou igualdade
Ex: Sou mais/menos ágil (do) que você (grau comparativo de superioridade/inferioridade)
Ex: Sou tão ágil quanto você (comparativo de igualdade)
O elemento (do) é facultativo nessas estruturas comparativas.
Algumas palavras têm sua forma comparativa terminada em
–or
No latim, essa terminação significava “mais”, por essa razão o “mais” não aparece nessas formas: “melhor”, “pior”, “maior”, “menor”, “superior”.
Por suprimir essa palavra, a gramática o chama de comparativo sintético.
O grau superlativo, que expressa uma qualidade em grau muito elevado. Se divide em relativo e absoluto:
Superlativo relativo
Gradua uma qualidade (bom) em relação a outros seres que também tem ou podem ter aquela qualidade, ou seja, em relação à totalidade (o mundo todo).
Ex: Sou o melhor do mundo.
Superlativo absoluto
Indica que um ser tem uma determinada qualidade em elevado grau.
Não se relaciona a outro ser, podendo ocorrer com
uso de advérbios de intensidade (absoluto analítico)
: “sou muito esforçado” e de
sufixos (absoluto sintético)
: difícil>dific
ílimo
; comum>comun
íssimo
; bom>ót
imo
; magro>mac
érrimo
Quando as bancas falam em variação do adjetivo em grau, querem dizer que o adjetivo está sofrendo algum
processo de intensificação
, ou seja,
terá seu sentido intensificado, por um advérbio (tão bonito), por um sufixo (caríssimo), por um substantivo (enxaqueca monstro), por exemplo.