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Sobretaxa importações aço e alumínio (OMC (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO…
Sobretaxa importações aço e alumínio
Estados Unidos da América (EUA) irão sobretaxar as importações de aço e de alumínio
EUA são considerados o maior importador de matérias primas do mundo, pois o aço e o alumínio que são produzidos no país possuem um preço muito alto se comparado ao mesmo produto quando importado
Quando Donald Trump fez a sua campanha eleitoral, uma de suas promessas foi a de
gerar mais empregos e fazer com que o país voltasse a ser uma grande potência
como uma das formas de honrar os seus compromissos de campanha, Trump está adotando medidas protecionistas, ainda que isso não seja bom para alguns setores da economia norte-americana e também para o restante do mundo
as novas taxas de importação de aço e alumínio são: 25% para o aço; e 10% para o alumínio
Essas novas taxas foram impostas a todos os países do mundo, exceto México e Canadá, pois esses fazem parte do NAFTA, um acordo de livre comércio da América do Norte
Contudo, essa situação não é ainda definitiva, pois
Trump pressiona os dois por novos acordos. Do contrário, ameaça excluí-los
Justificativa de Trump
garantir a segurança nacional, acabando com práticas
comerciais injustas
preservar empregos (dos trabalhadores da indústria
siderúrgica norte-americana)
A indústria siderúrgica americana não consegue competir no mercado internacional, pois trata-se de uma produção de aço pouco modernizada e que conta com sindicatos muito bem organizados
até mesmo Deputados e Senadores Republicanos criticam essa medida.
Eles entendem que a indústrias automobilísticas e de eletrodomésticos geram 80% mais empregos que a siderúrgica e podem perder a competitividade importando aço mais caro
o temor é o aumento do desemprego
CONSEQUÊNCIA PARA O BRASIL
O Brasil é o segundo maior exportador de aço e alumínio para os EUA. Logo, esse aumento na taxa pode fazer com que os EUA reduzam o consumo dos produtos brasileiros
O problema é que, no Brasil, a indústria siderúrgica gera aproximadamente dois milhões de empregos diretos e indiretos.
Além disso, o país corre o risco de
deixar de faturar algo próximo a um bilhão de dólares
Cerca de 32% do aço semielaborado do Brasil é exportado para os EUA, que, ao lado da China, são os dois maiores consumidores do aço brasileiro. Se a medida adotada pelos EUA não for revertida, isso pode resultar em uma queda
de 53% das exportações brasileiras
O Brasil é um grande produtor de minério de ferro, matéria prima para a produção de aço
Esse minério de ferro é encaminhado para as indústrias siderúrgicas, que fazem o beneficiamento desse minério de ferro transformando-o em aço semielaborado, ferro gusa ou ferro liga
Apesar de se tratar de um processo de industrialização, esse é considerado primário e não agrega tanto valor ao produto
O aço semielaborado é exportado para os EUA e a indústria siderúrgica norte--americana o transforma em vergalhões e placas de aço
A indústria siderúrgica norte-americana, por sua vez, vende esses vergalhões
e placas de aço para as indústrias de construção civil, de máquinas, automobilísticas e de eletroeletrônicos
É no processo de exportação do aço semielaborado para os EUA que há a sobretaxa de 25%, fato que faz com que o aço brasileiro chegue mais caro para a indústria siderúrgica norte-americana
Assim, o principal objetivo de Trump com essa medida é que a indústria siderúrgica norte-americana pare de comprar o aço semielaborado importado e passe a comprá-lo dentro do próprio EUA, gerando emprego para os funcionários que fazem o beneficiamento do minério de ferro.
Com essa medida, o governo visa assegurar o emprego dos trabalhadores da indústria siderúrgica norte-americana, porém os demais setores sofrerão uma queda na sua produção e isso acabará gerando o desemprego nas indústrias da construção civil, automobilística, de máquinas e de eletroeletrônicos
Consequências: Protecionismo vs. Livre comércio
1) Guerra Comercial: União Europeia, China, Japão, Coreia do Sul e Brasil ameaçam recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio);
2) Vários países podem retaliar produtos americanos
a adoção de medidas protecionistas pelos países é algo bastante desfavorável para a economia mundial, pois, na medida em que há entraves no comércio entre países, pode-se dizer que todos saem perdendo. Somente com o crescimento econômico global é que todos podem levar vantagem
OMC (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO)
A OMC é um órgão que compõe a estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU).
Foi criado em 1995 para substituir o GATT (Acordo Geral de
Comércio e Tarifas)
A criação do GATT se deu no pós-guerra junto com o FMI e o Banco Mundial e seu objetivo era estabelecer as regras do comércio mundial, o que na prática não deu certo
Com o passar do tempo, o comércio mundial se dinamizou e o GATT não atendia os seus objetivos, os países sentiram a necessidade de criar um órgão mais moderno e adequado a essa nova realidade mundial
Objetivos
• Criar as regras do comércio mundial com base no livre comércio. Nesse
sentido, pode-se dizer que OMC condena as práticas protecionistas como
as adotadas por Donald Trump;
• Fomentar as trocas comerciais;
• Atuar como juiz nas disputas
Diretor Geral: o brasileiro Roberto Carvalho de Azevedo.
Sede: Genebra
se os EUA não declinarem dessa decisão de sobretaxar o aço e o alumínio importado ou, pelo menos, não amenizarem essa situação, o primeiro passo é que os países envolvidos procurem a OMC, que deverá analisar se a atitude dos EUA é justa e correta
Independente da ação ou não da OMC, esses países podem adotar medidas de retaliação aos produtos norte-americanos criando barreiras ou sobretaxas, fato que limitaria o comércio mundial
Obs.: o Brasil já se envolveu em uma situação parecida nos anos 2000, quando o Canadá resolveu adotar medidas protecionistas para barrar a importação de jatos brasileiros fabricados pela Embraer. Na época, essa disputa chegou a ser discutida na OMC e o Brasil acabou sendo vencedot