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Fibrose Cística (Morfologia (Anormalidades Pancreáticas
Presentes em 85…
Fibrose Cística
Epidemiologia
Doença letal mais comum que afeta população branca
Doença autossômica recessiva
Não afeta portadores heterozigotos
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O que é?
Distúrbio de transporte epitelial que afeta a secreção de líquido nas glândulas exócrinas e o revestimento epitelial dos tratos respiratório, gastrointestinal e reprodutivo.
Manifestações clínicas mais importantes
Nível elevado de cloreto de sódio no suor.
Secreções atipicamente viscosas em:
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Patogenia
Defeito Primário:
Função anormal da proteína do canal de cloreto epitelial codificada pelo gene regulador de condutância transmembrana (CFTR) no cromossomo 7q31.2
Existem mais de 1300 mutações identificadas no gene CFTR que podem ser classificadas em grave ou branda a depender do fenótipo clínico. Graves: Perda total da função. Brandas: Função residual.
Defeitos Secundários:
Mudanças no muco. Mutações no CFTR tornam as membranas impermeáveis ao íon cloreto. O impacto desse defeito é específico de cada tecido.
Epitélio respiratório e intersticial: Perda de função de CFTR resulta na perda ou redução da secreção de cloreto no lúmen. Maior reabsorção de sódio através dos canais de sódio epitelial (ENac).
Reabsorção passiva de água no Lúmen, menor concentração de água no na camada superficial que reveste as mucosas respiratórias. Não há hipertonia como nos ductos sudoríparos. A patologia parece advir de uma camada superficial isotônica de baixo volume
Pulmões: Desidratação leva a ação mucociliar defeituosa e acúmulo de secreções viscosas concentradas que obstruem as passagens de ar e predispõem as infecções pulmonares.
Ductos Sudoríparos: Perda da função de CFTR reduz a reabsorção de cloreto durante a produção de suor hipertônico.
Lecitina de ligação a Manose
No contexto da FC, polimorfismos em um ou nos dois alelos da lecitina de ligação à manose que produzem níveis circulantes mais baixos da proteína estão associados a um risco três vezes maior de doença pulmonar terminal, em virtude de infecções bacterianas crônicas
Morfologia
Anormalidades Pancreáticas
Presentes em 85-90% dos pacientes com FC
A perda da função prejudica a absorção de gordura, e a avitaminose A pode contribuir para a metaplasia escamosa do epitélio de revestimento nos ductos, também comprometidos pelas secreções mucosas condensadas.
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Casos Graves: Ductos completamente obstruídos, causando atrofia das glândulas exócrinas, e fibrose progressiva
Ileo Meconial: Tampões de muco podem ser encontradas no intestino delgado de lactentes, causando obstrução as vezes.
Anormalidades Pulmonares
Complicações mais graves
Caracterizada pela obstrução e infecção secundária das passagens de ar, devido ao muco viscoso das glândulas submucosas da árvore respiratória.
Características
Bronquíolos distendidos e com muco espesso, devido hiperplasia e hipertrofia marcante das células secretoras de muco.
Desenvolvimento de abscessos pulmonares.
AE mais comuns: Staphilococcus aureus, Haemophilus influenzae e Pseudomonas aeruginosa
Burkholderia cepacia: Crescente infecção, associada a doença fulminante síndrome cepácia
Anormalidades Hepáticas
Canalículos biliares obstruídos por material mucoso
Proliferação ductular de inflamação portal
Esteatose hepática: Achado comum.<10% Cirrose: nodularidade hepática difusa.
Anormalidades Gonadais
Azoospermia e infertilidade: 95% dos machos afetados
Ausência bilateral dos ductos deferentes.
Em homens, pode ser o único aspecto sugestivo de alteração no CFTR
Evolução Clínica
5 a 10% dos casos atendidos no nascimento ou em virtude de íleo meconial
85 a 90% dos casos: Insuficiência pancreática exógena
10 a 15% mantêm função pancreática.
Absorção defeituosa de gordura
Deficiência de vitaminas lipossolúveis, ADEK
Hipoproteinemia
Pode causar edema generalizado.
Diarréia Persistente
Prolapso retal em até 10% das crianças com FC
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Pâncreas suficiente
Excelente crescimento e desenvolvimento
Pancreatíte crônica idiopática
Associada a episódios de dor abdominal recorrente com complicações potencialmente fatais
Complicações cardiopulmonares
tosse crônica, in-fecções pulmonares persistentes, doença pulmonar obstrutiva e cor pulmonale são a causa mais comum de óbito (80% das fatalidades)
Bronquiectasia e insuficiência cardíaca direita são sequelas de longo prazo.
Doença hepática significativa ocorre posteriormente na his-tória natural da FC, prenunciada pelo acometimento pulmonar e pancreático; com o aumento da expectativa de vida
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80% dos pacientes com FC clássica são portadores de P. aeruginosa
3,5% são portadores de B. cepacia.
Uso indiscriminado de profilaxia antibiótica contra Staphylococcus: ressurgimento de cepas resistentes de Pseudomonas em muitos pacientes.
Pólipos sinonasais recorrentes podem acometer até 10-25% dos pacientes com FC;
Causas mais comuns de morte
- Doenças caridopulmonares
- Doenças relacionadas a transplantes
- Doenças hepáticas.