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Protecção e Clínica Fitiátrica ([1] Ciclo Geral da Doença (Definição…
Protecção e Clínica Fitiátrica
[1] Ciclo Geral da Doença
Definição
Interacção entre a planta e o patogene que resulta numa doença
Em condições de temperatura e humidade ideais (+/- 25ºC e 100% HR)
[1] Dá-se o rebentamento das estruturas de hibernação
[2] Os esporos amadurecem e entram em contacto com o hospedeiro (a planta)
[3] Ocorre a inoculação, isto é, produção de esporos assexuados
[4] O patogene estabelece-se no hospedeiro, emitindo hifas e assim ocorre a infecção
[5] Ao ocorrer a colonização, surgem os sintomas e o fungo produz o inóculo - esporos sexuados que fazem a libertação e dispersão do fungo
Fase inactiva do ciclo da doença
: desde o aparecimento dos sintomas à dispersão
Nesta fase produzem-se estruturas de hibernação, não ocorrendo a infecção
Fase activa da doença:
existem condições óptimas para que a infecção ocorra
Por que devemos conhecer o ciclo?
Para poder prevenir e ajustar os tratamentos
[2] Fitofármacos
Três vias de acção de acordo com a fase do ciclo da doença
[2] Curativo
Entram na planta e impedem o desenvolvimento do fungo após a penetração
Deve ser aplicado entre a penetração e o estabelecimento
[3] Anti-esporulante
(ou erradicante)
Aplicação numa fase mais tardia do ciclo, após o aparecimento dos sintomas e antes da produção do inóculo
Impede a formação de esporos
[1] Preventivo
Inibe a entrada do fungo na planta, de modo a evitar a infecção
Deve ser aplicado entre a inoculação e a penetração
[3] Diagnóstico
Definição
Processo que permite analisar, reconhecer e distinguir os sintomas de modo a concluir qual o agente que a produz, ou seja, identificar a doença
Sintoma Primário vs. Sintoma Secundário
Primário
Ocorre no local onde está presente o patogene
Secundário
Ocorre num local diferente de onde está o patogene
Por que é importante saber distingui-los?
No laboratório, os tecidos secundários não terão o patogene, pelo que nada aparecerá a quando do diagnóstico
Factor biótico vs. Factor abiótico
Biótico
Não ataca todas as plantas em simultâneo
Há uma evolução quer na planta quer na parcela
Abiótico
Ataca um conjunto ou todas as plantas em simultâneo
Sintomas aparecem rapidamente
Tende a evoluir
Parasitas obrigatórios vs. Parasitas alternativos
Obrigatórios
Atacam tecido em qualquer fase de desenvolvimento
Atacam o tecido vivo
Atacam lentamente
Entrada directa
Gama de hospedeiros restrita
Alternativos
Atacam rapidamente
Atacam tecido novo, fraco ou senescente
Larga gama de hospedeiros
Entram por feridas ou aberturas
[4] Marcha Geral do Diagnóstico
Etapas
[1] Observação dos sintomas
[2] Perguntas ao agricultor (localidade, sintomas, histórico da cultura, variedades, etc.)
[3] Pesquisar na bibliografia
[4] Formular hipóteses (fungo?, bactéria?, vírus?)
[5] Tratamento
O diagnóstico pode ser por:
Testes serológicos
Câmara húmida
Testes moleculares
Indexagem em plantas indicadoras
Observação
É importante saber que esporos se formam dos fungos para os identificarmos na preparação microscópica
E se não houver sinal?
Faz-se uma indução do sinal
Câmara Húmida
Dar ao fungo as condições de humidade e temperatura óptimas para que a produção de esporos (sinal) aconteça
Meio de crescimento
Quando é difícil induzir o sinal
Desinfecta-se o material para eliminar o que não interessa
O fungo que está no interior virá à superfície e produzirá esporos
Como enviar uma planta para o laboratório?
Folhas esticadas, cobertas por papel poroso num saco de plástico para evitar a desidratação excessiva
As raízes devem estar num saco de plástico
Levar uma amostra de solo
A recolha das amostras deve ser em horas de menor calor
Planta inteira, com raiz, preferencialmente
[5] Como combater as doenças?
Princípios básicos
Evitar a entrada
Impedir a disseminação
Combate-se através de
Rotação de culturas
Plantas certificadas
Variedades resistentes
Tratamentos químicos
Tratamentos do solo
[6] Phylum do Reino Fungi
[2] Ascomycetas
Pedrado
Peritecas
Necroses e deformação nas folhas
Deformação nos frutos (pode levar ao rachamento)
Amarelecimento dos frutos
Mumificação dos frutos
Escoriose
Necroses acastanhadas/golpes no sarmento
Fendilhamento e varas esbranquiçadas
Necroses nas folhas
Sinal (picnídios) na vara
Oídio
Clastotecas
Enrolamento das folhas para a página superior
Sinal: pó branco na página superior
Cloroses e necroses na página inferior
Partes afectadas secam e caem
Pode levar à desfoliação dos rebentos
Botrytis
Presença de sinal
Mumificação dos frutos
Folhas com manchas na periferia em foram de cunha (tipo queimado)
Lepra
Folhas com coloração amarela/acastanhada
Empolamento dos frutos (podem rachar)
Deformação característica das folhas (hipotrofia)
Menor crescimento dos ramos
Esclerotinia
Moniliose
Pó branco (sinal) nos frutos
Flores com necroses
Mumificação dos frutos
Pode levar à ocorrência de cancros
Apotecas
Folhas, ramos e frutos secam
Rhyzoptomia
[3] Omycetas
Pithium
Sintomas
Zonas necrosadas
Damping-off (morte das sementes durante a germinação ou em plântula)
Comum em
Turfas reutilizadas
Tabuleiros não desinfectados nem esterilizados
Motes excessivamente regados
Viveiros
Phytophthora
Árvores perenes: sistema radicular (exemplo: tinta do castanheiro)
Árvores ornamentais: parte aérea
Mais MO = menos Phytophthora
Mais mobilizações profundas = mais Phytophthora
Míldio
Alface
Principal doença
Necroses nas nervuras e evolução para a existência de sinal
Vinha
Página inferior: sinal
Castas tintas: folhas avermelhadas
Página superior: manchas translúcidas e oleosas
Necroses
Ataca órgãos verdes
Destrói inflorescências
Encurvamento dos pâmpanos
Cucurbitáceas
Manchas cloróticas (quadrangulares) que evoluem para necroses
Cebola
Quebra de folhas e manchas
Sinal: pó cinzento
Folhagem seca
Couve
Lesões necróticas
Tomateiro
Necroses marginais (aspecto queimado)
Parte mais velha necrosada
Manchas negras, grandes, no fruto em verde
Frutos maduros com manchas em forma de anéis de cor viva
Batateira
Necroses
Manchas amarelas com auréola verde
Aspecto negro (tipo queimado)
Infecção latente - manifesta-se no pós-colheita
S. oosporos, A. zoosporos
[1] Basidomycetas
Ferrugem
Na roseira, por exemplo
Sintomas: pó amarelo e folhas amarelas
Armilária
Enfraquecimento das plantas (podem morrer após a rebentação)
Sintomas secundários nas folhas
Podridão radicular
S. - basidiosporos
A - teleosporos, unediosporos, aeciosporos
[7] Substâncias activas para o míldio da vinha
Penetrantes
Cianoimidazol (Ciazofamida)
Morfolina (Dimetomorfe)
Estrobulina Analoga (Azoxistrobina e Piraclostrobina)
Amida de ácido carboxílico (Bentiavalicarbe)
Sistémicos
Amida de ácido carboxílico (Iprovalicarbe)
Acetamidas (Cimoxanil)
Fenilamidas (Benalaxil, Metalaxil)
Contacto
Inorgânicos
Cobre
Orgânicos
Ditiocarbomato
Marcozebe
Metirame
Propinebe
Ftalimidas
Folpede
[8] Persistência dos Fungicidas
Definição
Período de tempo que a substância activa têm acção contra o patogene
A persistência varia com:
Factores climáticos
Estado de desenvolvimento da planta
Mais crescimento = menos persistência
Tipo de produto
Penetrante
12 dias
Sistémico
14 dias
Contacto
8 dias
Intervalo de Segurança (IS)
Intervalo de tempo entre o último tratamento e a colheita, comercialização ou consumo
Forte pressão da doença
Quando o crescimento do patogene é mais favorável e é necessário aplicar mais substância activa
Menos persistência = menor pressão da doença
Devemos aumentar o número de aplicação do fungicida de modo a diminuir a persistência e não aumentar a dose (que aumenta a resistência do fungo)