Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Economia colonial, invasões francesas e holandesas (Lavoura de cana-de…
Economia colonial,
invasões francesas e
holandesas
O Mercantilismo e a Economia Colonial
A colonização do Brasil tinha que garantir o sustento econômico de Portugal, gerando riquezas e permitindo a ocupação e a defesa da terra, sem gastos para a Metrópole.
A economia colonial agrícola baseada na monocultura, latifúndio e escravidão funcionava voltada para o mercado externo, transferindo o dinheiro da Colônia para a Metrópole (controlava a circulação)
A colônia era um instrumento de acumulação de capital para a Europa. O regime do monopólio colonial (pacto colonial) estabelecia a exclusividade do comércio externo da Colônia em favor da Metrópole. Procurava-se sempre lucro para a Metrópole. Para evitar a concorrência com a Metrópole, foi vetada a instalação de manufaturas na Colônia. A economia colonial era completmentar à metropolitana.
Lavoura de cana-de-açúcar (séculos XVI e XVII)
O produto escolhido para iniciar a ocupação econômica no Brasil foi a cana-de-açúcar. Porque o açúcar era muito lucrativo, o produto era aceitado no mercado europeu, Portugal tinha experiência com a produção de cana na costa africana, solo e clima eram favoráveis (principalmente no Nordeste) e havia a possibilidade de atrair investimentos externos.
Índios poderiam ser obrigados a trabalhar na lavoura e se não se adaptassem, havia os africanos, muitos já escravizados pelos portugueses.
Eram necessários muitos investimentos iniciais, principalmente para comprar e montar os equipamentos dos engenhos, para transportar as mudas até o Brasil e pra conseguir a mão de obra escrava.
Já que Portugal passava por dificuldades financeiras se associou ao capital holandês para montar a agromanufatura açucareira.
Como funcionava: portugueses eram responsáveis pela produção e holandeses financiavam a montagem dos engenhos, contralavam o transporte, o refino e a comercialização do açúcar, ficando com a maior porcentagem de lucros.
Em 1570, foi autorizada a escravização de índios presos por guerra iniciada por índios ou contra tribos que não quisessem se submeter aos colonos.
O engenho e a organização da produção
As principais instalações são moenda, caldeira e casa de purgar. As construções principais são a
casa-grande, senzala, estrebarias e oficinas
Casa-grande
: onde o senhor e sua família viviam (além dos empregados de confiança que cuidavam da segurança, os capatazes). Era o centro administrativo das atividades econômicas do engenho.
Senzala
: habitação de um só espaço, pobre, onde os escravos ficavam.
Capela
: lugar das cerimônias religiosas.
Casa do engenho
: formada pelos lugares da produção de açúcar, como a moenda (onde se mói a cana para extrair o caldo), a fornalha (onde se purifica o caldo), a casa de purgar (onde se acaba de purificar o caldo) e os galpões (onde o açúcar era armazenado)
A escravidão negra
Em 1570 foi proibida a escravidão indígena (só nas "guerras justas")
Já que os índios brasileiros migravam constantemente e o território era muito extenso era difícil capturar índios. Já os negros eram obtidos na África por meio de escambos entre os traficantes os africanos, que capturavam negros de tribos rivais e trocavam eles por coisas trazidas do Brasil.
A sociedade dos engenhos
A sociedade colonial foi basicamente rural, aristocrática, patriarcal, escravista e sem mobilidade social.
Rural
porque a vida se baseava na agricultura. Quase toda a população habitava o campo.
Aristocrática
porque dominada pelos ricos proprietários de terras e escravos. Eles formavam uma aristocracia de riqueza e poder, mas não algo hereditário como a que existia na Europa.
Patriarcal
porque o proprietário rural e pai da família deveria ser respeitado no âmbito familiar. O senhor considerava toda a população não-proprietária dependente dele.
Escravista
: porque a força de trabalho se baseava no escravo, índio ou negro.
Sem mobilidade social
porque não havia oportunidade para os trabalhadores e escravos saírem dessa condição e ascenderem socialmente.
Outras atividades econômicas
Só a lavoura não seria suficiente para garantir a colonização e ocupação do território, por isso outras atividades econômicas surgiram e se desenvolveram ao longo dos séculos de colonização brasileira.
Pecuária no Nordeste
As primeiras cabeças foram trazidas pelo governador Tomé de Souza.
Inicialmente o gado serviu como atividade complementar à lavoura como fonte de alimento, tração para os engenhos, meio de transporte e também fornecendo couro.