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Roma: crise da República e Império (A crise da República (133-27 a.C.) (O…
Roma: crise da República e Império
A crise da República (133-27 a.C.)
Tentativa da reforma dos Graco (133-121 a.C.)
Após as transformações que aconteceram por causa da conquista do Mediterrâneo, alguns senadores acharam que a estrutura do Estado precisava de reformas. Uma das primeiras medidas (votação secreta nas assembleia) elegiu magistrados de boas intenções, como os
irmãos Tibério e Caio Graco
Em 133 a.C., Tibério Graco foi eleito e conseguiu aprovação de uma lei agrária que limitava a extensão dos latifúndios da aristocracia patrícia e autorizava a distribuição de terras para os desempregados. Os grandes proprietários rurais se opuseram à lei e em 132 a.C. Tibério e mais de 300 de seus partidários foram assassinados e lançados no rio Tibre.
Caio Graco tentou de novo com a reforma (foi eleito em 123 a.C.), aplicou a lei em Cápua e Tarento, prometeu aos aliados itálicos cidadania romana e decretou a Lei Frumentária (venda de trigo a preços baixos para os plebeus). Foi reeleito em 122 a.C., mas derrotado em 121, tentou um golpe de Estado que resultou no massacre de seus seguidores. No final, Caio ordenou que um escravo o matasse.
As ditaduras de Mario e Sila (107-79 a.C.)
O fracasso das reformas propostas pelos irmãos Graco agravou ainda mais a crise da República e afundou a Roma em uma sangrenta guerra civil > caminho aberto para as ditaduras militares dos generais Mario e Sila.
Mario era o homem mais rico de Roma. Reformou o exército e transformou os soldados em militares profissionais que ganhavam remuneração por lutas. Os cidadãos mais pobres/desempregados entravam em grandes quantidades no exército e eram mais leais aos comandantes que os pagavam do que à República. Com o apoio do exército, Mario implantou uma ditadura em Roma. Em seu governo, reduziu a autoridade do Senado e aumentou o poder dos cavaleiros
Mario morreu em 86 a.C.. O general Sila (apoiado pelos patrícios e Senado) assumiu o poder. Ele realizou uma violenta repressão contra os cavaleiros e as camadas populares, restabelecendo os privilégios da aristocracia patrícia e a autoridade do Senado. Sila morreu em 79 a.C., e sua ditadura agravou ainda mais a crise.
A rebelião de Espártaco (73-71 a.C.)
O gladiador rebelou-se em Cápua, ao sul da Itália. Ele promoveu uma insurreição dos escravos e formou um exército de mais de 100 mil combatentes. Em dois anos sua rebelião derrotou cinco exércitos romanos, dominou quase todo o sul da Itália e abalou as estruturas da República escravista. Essa insurreição foi vencida em 71 a.C., por Crasso (cônsul romano) que mandou crucificar mais de seis mil escravos.
O Primeiro Triunvirato (60-48 a.C.)
O Senado não conseguiu impor direito a autoridade que lhe fora restituída. A República estava ainda ameaçada por comandantes que se serviam das tropas em seu próprio interesse político. Em 60 a.C., um triunvirato composto por Júlio César (político), Pompeu (general) e Crasso (abastado banqueiro) conspirou para tomar o poder em Roma.
Em 55 a.C., o triunvirato reorganizou-se: Pompeu ficou com a Espanha; Crasso com as províncias no Oriente e César com a Gália (França atual).
Em 53 a.C.< Crasso morreu combatendo na Síria. Em 49 a.C., o Senado confiou a Pompeu a defesa da República contra as ambições políticas de César.
Pronunciando a famosa frase "A sorte está lançada" Júlio César entrou em Roma na frente de seus exércitos = golpe de Estado. Abalado com o prestígio popular de César, Pompeu fugiu para a Grécia, onde foi derrotado em 48 a.C.
A Ditadura de César (48-44 a.C.)
César (já sendo Pontífice Máximo) começou a acumular títulos concedidos pelo Senado (podia reformar a Constituição, fazer a lista de senadores, comandar o exército...ele usou esses poderes para iniciar diversas reformas. Acabou com a guerra civil. Começou a construir obras públicas que proporcionaram empregos e embelezaram a cidade e pôs as finanças em ordem. Reformou o calendário)
Procurou juntar o mundo romano. Nomeava pessoalmente os governadores e mantinha-os sob controle, para evitar que acabassem com as províncias.
Para se tornar rei (título = traição depois que o Senado aboliu a Monarquia) ele procurou um amigo, que instigou a plebe contra o Senado.
O Senado foi fortemente contra ele, ameaçando sua ambição de colocar uma monarquia hereditária. Em 44 a.C., um grupo de aristocratas liderados por Cássio e Bruto conspirou com o Senado e assassinou Júlio César.
O Segundo Triunvirato (43-30 a.C.)
Em vez dos assassinos de César tomarem o poder, Marco Antônio colocou o povo contra eles.
Em 40 a.C., os triúnviros dividiram o Império de novo: Antônio ficou com o Oriente; Lépido com a África e Otávio com o Ocidente. A Itália foi considerada neutra. Em 36 a.C., Otávio conseguiu eliminar Lépido da aliança, aumentando suas posses com a África.
Otávio tentou arranjar sua irmã pra casar com Antônio (pra ter a fidelidade dele). Mas Antônio se separou dela em 36 a.C., pra se casar com Cleópatra.
Otávio foi combater Antônio perto da Grécia, o segundo foi derrotado e fugiu com Cleópatra para o Egito. Enquanto Otávio tomava Alexandria, Antônio e Cleópatra se suicidaram.
Otávio pegou o tesouro dos faraós acumulado e organizou 70 legiões, o que o tornou indestrutível. Voltou pra Roma sendo recebido como um Deus, mas a quantidade de poder que ele tinha fez a República ficar a um passo de se transformar em Império.
Conquistar o Egito fez Otávio ter controle do exército e da plebe (as maiores fontes de poder). Surgiu uma nova forma de governo exercido pelo comandante do exército, o imperator
Em 27 a.C., Otávio recebeu o título de Augusto (escolhido dos deuses). Esse fato marcou o fim da República e o início do Império.
O Império Romano (27 a.C.-476 d.C.)
O Alto Império (27 a.C.-235 d.C.)
Apogeu do Império Romano. Durante ele Roma chegou a possuir uma população de 1,2 milhão de habitantes, e o império abrangia uma área de 5 milhões de km².
O governo de Augusto (27-14 a.C.)
Durante ele Otávio Augusto assumiu controle de muitas coisas. Foi conhecido como líder do Senado. Assumiu comando supremo do exército (360 mil soldados) e criou a guarda pretoriana encarregada de sua proteção pessoal. Qualquer atentato contra ele era passível de pena de morte e tinha o poder de vetar as decisões do Senado.
Teve a política do "pão e circo" = distribuição gratuita de alimentos e realização de espetáculos públicos para a plebe. Contribuiu para pôr fim nas agitações do final da República.
Distribuiu lotes de terra aos veteranos do exército e meio que criou uma aposentadoria em dinheiro.
pax romana
= paz nas províncias (sem guerras civiz), estradas foram construídas, portos reformados e pântanos drenados. Esgoto melhorou a qualidade de vida + água fresca dos aquedutos. Guerras de conquista substítuidas por consolidação das fronteiras.
Otávio morreu em 14 a.C., recebendo o direito de ter um lugar entre os deuses.
Após Augusto vieram diversas dinastias que governaram a Roma durante o Alto Império.
O Baixo Império (284-476)
Pouco destaque nesse período
Diocleciano dividiu o Império em quatro partes (quatro governadores simultaneamente = tetrarquia): dois augustos e dois césares.
Em 313 Costantino concediu liberdade religiosa aos cristãos. Em 330, fundou uma nova capital, Constantinopla.
Em 391, Teodósio tansformou o cristianismo em religião oficial do Império. Em 395 dividiu o império em Império Romano Ocidente e o Império Romano do Oriente.
Ao longo do século V, invasores bárbaros acabaram com o Império do Ocidente. Os visigodos saquearam Roma em 410, os vândalos em 455 e em 476 os hérulos depuseram o último imperador, Rômulo Augústulo.
Crise do escravismo
: trabalho escravo era importante para a riqueza de Roma, mas sem guerras de conquistas = menos escravos à venda. Preço foi ficando mais alto, o que afetou aagricultura e artesanato (dependiam dessa mão de obra). Roma passou a gastar riquezas acumuladas nas guerras de conquista. Diminuição da produção e declínio do comércio.
Crise financeira
: Para cobrir os gastos do governo, os imperadores desvalorizavam muito a moeda, provocando aumento de 300% nos preços e desencadeando um surto de inflações.
De 235 a 285 = houveram muitos motins militares e guerras civis, muitos imperadores foram assassinados. O exército negligenciava seu dever de defender as fronteiras e pergubava a vida interna do Império.
A cultura desenvolvida pelos romanos foi muito influenciada pela grega. Na religião os deuses tinham como modelo os deuses gregos.