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Formação de Portugal e navegações ultramarinas II (Consequências da…
Formação de Portugal e navegações ultramarinas II
Pioneirismo português: Fatores
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI
A grande experiência em navegações, principalmente na pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal.
As caravelas eram desenvolvidas com qualidade superior a de outras nações.
Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e da nobreza, interessadas nos lucros que esse negócio poderia gerar.
Preocupação com os estudos náuticos concentrados num centro de estudos: a
Escola de Sagres
Graças á posição geográfica favorável, Portugal, além de ser ponto de escala comercial para os navios que vinham das cidades italianas, pelo Mediterrâneo, rumo ao norte da Europa, tinha também fácil acesso à África pelo Atlântico.
Vantagem política adicional: gozava de paz interna se comparada a de outros países europeus, envolvidos direta ou indiretamente na Guerra dos Cem Anos.
O que explicava seu pioneirismo era a precoce criação de um Estado nacional associado aos interesses mercantis, bem como sua consolidação graças à Revolução de Avis (1383-1385)
Planejamento das navegações
já que navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, planejar a viagem era de extrema importância.
Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação (bússola e astrolábio). Também tinham um meio de transporte rápido e resistente, as caravelas, apesar de que ocorressem naufrágios e acidentes. Transportavam grandes quantidades de mercadorias e homens.
O marco inicial da expansão ultramarina portuguesa foi a conquista de
Ceuta
, em 1415, situada na costa marroquina, no Norte da África. Celta simbolizava o poderio muçulmano, razão pela qual se justificou a conquista portuguesa também como uma expedição punitiva da cristandade ofendida.
A aventura ultramarina portuguesa, denominada
périplo africano
, alcançou as Índias, contornando a África, no século XV.
Conforme se alcançavam novas regiões, criavam-se
feitorias
, pontos de litoral onde se construíam fortes. Neles ficavam alguns homens para negociar os produtos da região com os nativos
O objetivo dos portugueses era obter lucros; não intencionavam colonizar no sentido de organizar a produção local e fixar povoamento.
Após a ascensão ao trono de D. João II, em 1481, decretou-se o
monopólio régio
(exclusividade da Coroa) sobre a exploração colonial.
Em 1488, Bartolomeu Dias liderou a primeira expedição que atravessou o Cabo das Tormentas, mais tarde rebatizado de cabo da Boa Esperança (no extremo sul da África)
Poderia ter chegado à Índia, mas um motim da tripulação obrigou-o a retornar a Portugal
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Vasco da Gama iniciou sua primeira viagem à Índia em 1497, chegou lá no ano seguinte. Chegar às Índias significava conseguir especiarias, pimenta e noz-moscada, artigos tão valiosos quanto prata e ouro, na Europa.
Devido aos mais que animadores lucros do primeiro contato com a Índia, foi organizada uma esquadra maior que a anterior, sob o comando de
Pedro Álvares Cabral
. A nova expedição zarpou em 9 de março de 1500, com a finalidade de
consolidar e ampliar as posições do comércio português em terras asiáticas
.
No caminho para o Oriente, a esquadra desviou-se de sua rota regular, para ocidente, e veio a "descobrir", política e oficialmente, as terras do Brasil, em 22 de abril de 1500.
Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
A Espanha teve seu processo expansionista tardio em relação a Portugal. A partir de 1492 ela pôde se lançar às Grandes Navegações, financiando o projeto do navegador genovês Cristóvão Colombo.
Expansão Marítima Espanhola
Colombo sustentava que a Terra era esférica, portanto, navegando-se em linha reta acabar-se-ia retornando ao ponto de partida. Assim, seria possível alcançar as Índias navegando-se em direção oposta, em direção ao Ocidente.
Ele apresentou seu projeto ao rei de Portugal que lhe negou apoio. Foi ter, então, com os reis espanhóis. Depois de insistentes solicitações conseguiu o patrocínio de que precisava.
Navegando sempre para oeste, em 12 de outubro de 1492 aportou na Ilha de Guanaani (hoje San Salvador) onde encontrou um novo continente para os europeus: a América.
Em 1513, Vasco Nunes Balboa atravessou por terra a América Central e descobriu o Oceano Pacífico.
A rivalidade entre Portugal e Espanha
Assim que a notícia do
descobrimento da América
chegou à Europa, os reis da Espanha e de Portugal passaram a disputar entre si a posse de terras descobertas e das terras a serem descobertas.
Fazia-se necessário o estabelecimento de novos limites entre as posses espanhola e portuguesa. Em 1494 Portugal assinou o Tratado de Tordesilhas, as terras situadas a oeste de uma linha imaginária caberiam à Espanha; Portugal ficaria com as terras a leste.
Consequências da expansão ultramarina
Mudança do eixo econômico europeu do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico.
Expansão do comércio europeu
Implantação do sistema colonial na América
Diversificação dos artigos de consumo
Destruição das civilizações pré-colombianas astecas e incas.
Expansão do
mercantilismo
Enriquecimento da burguesia mercantil europeia
Fortalecimento dos Estados absolutistas
Adoção do trabalho escravo e consequentemente intensificação do tráfico negreiro
Implantação do
trabalho compulsório
indígena na América espanhola
Afluxo de metais preciosos para o continente europeu, que gerou uma enorme inflação na Europa, processo conhecido como a
Revolução dos Preços
Expansão da fé cristã
europeização do mundo, ou seja, a difusão da cultura europeia (vestimentas, língua, hábitos alimentares)