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Formação de Portugal e navegações ultramarinas I (Feudalismo português (As…
Formação de Portugal e navegações ultramarinas I
Guerra da Conquista
A península Ibérica foi habitada inicialmente pelos celtas e iberos e, em seguida, pelos fenícios, gregos e romanos. No século V, foi invadida pelos
visigodos
.
Em 711, os muçulmanos invadiram e conquistaram a península Ibérica, exceto Astúrias, a extremo norte. Da guerra dos cristãos contra os mouros nasceram os reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão.
Com a união desses reinos cristãos, iniciou-se a
Guerra da Reconquista
, com o objetivo de expulsar os mouros da península Ibérica.
Em 1139, Afonso Henriques lutaria contra a submissão do condado Portucalense a Leão, proclamando sua independência e tornando-se, assim, o primeiro rei da dinastia de Borgonha.
Feudalismo português
Por muitas causas, o feudalismo em Portugal assumiu características totalmente distintas das do restante da Europa Ocidental.
A população se uniu em torno da figura do rei, contra os estrangeiros (sul = muçulmanos e leste = investidas dos espanhóis), fortalecendo a centralização da autoridade monárquica. Não houve, portanto, a descentralização política, característica do feudalismo clássico europeu.
As terras que o rei distribuía aos nobres não eram dadas em caráter hereditário. Ao morrerem elas retornavam para o rei.
Além disso, em várias ocasiões, o rei entregava a terra sob a condição de poder reavê-la quando assim decidisse.
Era raro os senhores que possuíam autonomia de fato sobre seus feudos.
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Os burgos (municípios) recebiam do rei os
forais
, cartas de autonomia, e dispensavam-nos do domínio e do controle dos senhores feudais.
Desde o século XII, já existiam muitos trabalhadores assalariados no campo
Mão de obra agrícola pouco numerosa condicionou os monarcas a impulsionarem a libertação dos servos das terras cultiváveis:
as glebas
Pertenciam algumas características feudais, como os tributos sobre a terra e o desfrtue de alguns privilégios e imunidade pela nobreza.
Crise do século XIV em Portugal
diz respeito aos três grandes flagelos que atingiram a Europa, causando uma crise que devastou o continente.
A Grande Fome (1315-1317)
Por causa do crescimento populacional, das más colheitas e da alta dos preços dos cereais. A fome afetou principalmente a população urbana que migrou para o campo.
A Peste Negra (1347-1350)
O surto de
peste bubônica
, agravado pelas precárias condições de higiene e alimentação da população dizimou
um terço dos europeus
.
A Guerra dos Cem Anos (1337-1453)
Travada entre a França e a Inglaterra, devastou a agricultura e desarticulou o comércio no Ocidente Europeu.
Independência portuguesa no final do século 14.
As Grandes Navegações
durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se aos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais:
descobrir uma nova rota marítima para as Índias
e
encontrar novas terras
.
Ajudaram a marcar a passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Resultaram na descoberta de um novo continente a ser explorado pelos europeus, a América, e num grande impulso para o aumento do comércio da Europa com a Ásia e a África.
Fatores
Comércio oriental (de especiarias, em especial) pelo Mediterrâneo encontrava um ponto de estrangulamento no monopólio exercido pelos italianos sobre a navegação. Monopólio que encarecia as mercadorias orientais.
Para as monarquias nacionais europeias, tornava-se necessário quebrar esse monopólio, descobrindo
novas rotas para o Oriente
necessidade agravada pelo progressivo esgotamento das velhas minas europeias de metais preciosos usados na cunhagem de moedas.
Aliança entre a burguesia e os reis mediante as monarquias nacionais.
Para a realização das grandes viagens marítimas era necessária uma complexa estrutura material: navios, homens, armas, abastecimento. Esse tipo de empreendimento só seria possível com o apoio do Estado e o capital da burguesia.
Aos reis e aos burgueses, interessava financiar a expansão marítima em troca de suas participação nos lucros. Com isso, seriam fortalecidos os Estados nacionais e seria facilitada a submissão da sociedade aos reis.
Progresso técnico e científico.
Pesquisa e criatividade foram incentivadas e a astronomia e a cartografia obtiveram grande desenvolvimento sob o incentivo das monarquias nacionais.
Construíram-se caravelas de três mastros e velas triangulares, que permitiam a navegação contra o vento.
Bússola (trazida provavelmente da China pelos muçulmanos ainda no século XII) passou a ser montada na rosa dos ventos.
O astrolábio, instrumento que determinava a latitude e a longitude por intermédio dos corpos celestes, foi mais tarde substituído pelo
sextante
Estímulo religioso.
O espírito de Cruzada e a preocupação em
catequizar
os índios acabaram servindo de justificativa ideológica para a expansão
A tomada da cidade de Constantinopla pelos turcos em 1453 acelerou essa corrida desenfreada pelos mares.