Antiguidade Oriental - Fenícios

Aspectos geográficos e povoamento

habitavam a região do Líbano atual, numa faixa de 200 quilômetros de comprimento, entre as montanhas e o Mar Mediterrâneo.

essa estreita faixa de terra localizada ao sul da Palestina começou a ser ocupada por povos de origem semita, originários das costas setentrionais do Mar Vermelho, por volta de 3000 a.C.

Economia e sociedade

Por conta do solo pobre e da configuração geográfica da região os fenícios foram ligados ao mar.

Na Fenícia, a agricultura cedeu lugar ao comércio, à pesca e a um risco artesanato, voltado à comercialização com os povos vizinhos.

Eles aproveitaram as vastas florestas de cedros (madeira excelente para a construção naval) e os bons portos naturais, e voltaram-se para a atividade marítimo-comercial.

Sua intensa atividade fez deles os principais navegantes e comerciantes da Antiguidade, desenvolvendo técnicas navais e conhecimentos geográficos que se foram recuperados no início dos tempos modernos.

A sociedade era de castas e constituída por sacerdotes, aristocratas, comerciantes, homens livres e escravos.

Organização política

Diferentemente dos demais povos da Antiguidade Oriental, a Fenícia não teve uma unidade política, ou seja, não constituíram um Estado unificado com um governo centralizado.

Eles se agrupavam em cidades-estado, cada uma com um governo autônomo e soberano.

entre elas, destacaram-se: Ugarit, Aradus, Trípoli, Bibloes, Sidon e Tiro. Todas elas importantes centros manufatureiros e comerciais.

Nessas cidades, um rei exercia o poder, assistido por um conselho escolhido entre os grandes comerciantes e proprietários agrícolas. Assim, a oligarquia de comerciantes e proprietários controlava o governo.

Os fenícios fundaram feitorias para ampliar os benefícios de seu comércio marítimo, pontos de apoio localizados no litoral das regiões com as quais comerciava, para facilitar o escoamento de mercadorias vindas do interior.

Uma dessas feitorias deu origem a cidade de Cartago, no litoral da atual Tunísia, que se transformou no mais sério rival de Roma pelo controle do Mediterrâneo ocidental no século III a. C.

Religião e cultura

era politeísta, com divindades associadas às forças da natureza, como Baal, o deus do sol, ou que garantiam a fecundidade da terra, como Astarte, representada pela lua.

A principal contribuição dos fenícios para a História da civilização foi a invenção do alfabeto fonético. Para facilitar as transações comerciais com os povos da região, os fenícios criaram 22 sinais para representar os sons das palavras, alfabeto adotado por arameus e judeus. Completado pelas vogais, tornou-se o alfabeto grego.