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TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS NO PUERPÉRIO (Orientações gerais (Planejar a…
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS NO PUERPÉRIO
Orientações gerais
Planejar a gestação, sempre que possível, com a paciente em remissão .
Avaliar a história da doença;
A gravidade da doença materna é o parâmetro mais importante
Estimular comportamentos saudáveis: aderência ao pré-natal uso de vitaminas (ácido fólico), dieta saudável, exercícios e cursos pré-natal
Usar psicofármacos com mais informações de segurança na gestação e na lactação.
Preferir a monoterapia, sempre que possível
Usar dose adequada para evitar risco de recaída. Muitas vezes é necessário aumentar a dose da medicação ao longo da gestação (sobretudo no terceiro trimestre)
Não retirar a medicação semanas antes do parto para evitar os sintomas perinatais. Manter a dose mínima eficaz nesse período, orientando o obstetra e o pediatra sobre os possíveis sintomas perinatais .
Monitorar possíveis malformações congênitas com USG
Planejar a amamentação durante a gestação.
Utilizar a ECT em casos graves (presença de ideação suicida ou sintomas psicóticos).
Associar, sempre que possível psicoterapia.
Ampliar o suporte psicossocial
Envolver sempre o parceiro e familiares.
Blues
puerperal
Prevalência
50 a 85%
Orientações e tratamento
Aumento do suporte social, envolvimento familiar e conjugal
Normalização dos sintomas
Sintomatologia
Labilidade emocional, choro fácil, ansiedade, insônia, irritabilidade e sentimentos de inadequação
Tem início nos primeiros dias do parto, tendendo a desaparecer espontaneamente em até duas semanas
Depressão Pós Parto (DPP)
Prevalência
10 a 15%
Risco de recorrência em até 50% nas gestações seguintes
Orientações e tratamento
Farmacológicas
Avaliar a manutenção da amamentação
:!: O bebê sempre será exposto, seja à medicação seja à doença da mãe
Requer mais tempo para surtir efeito e tende envolver mais antidepressivos para obter remissão dos sintomas
Não farmacológicas
Aumento do suporte social, envolvimento familiar e conjugal
Exercícios físicos
Psicoterapia:
terapia cognitivo-comportamental e terapia interpessoal
Apenas uma minoria procura tratamento
Estigma da plenitude na maternidade
Sintomas interpretados como normais
Fatores de risco
Obstétricos
Complicações obstétricas
Hospitalização
Malformação fetal
Trabalhos de parto traumáticos
Abortamentos espontâneos ou de repetição
Biológicos
História de transtorno de humor ou ansiedade :!:
História de DPP :!:
História de TDPM
Doença psiquiátrica na família
Psicossociais
Abuso sexual na infância
Gravidez precoce
Gravidez não planejada
Gravidez não desejada ou não aceita
Mães solteiras
Ter muitos filhos
Reduzido suporte social
Violência doméstica ou conflitos no lar
Baixo nível de escolaridade
Abuso de substâncias/tabagismo
Sintomatologia
Quadro depressivo semelhante aos da não grávidas
Frequentes pensamentos obsessivos com conteúdo de agressão ao bebê, humor lábio e sintomas de ansiedade
Ocorre geralmente 6 semanas ou meses após o nascimento do bebê (os primeiros 3 meses são o período mais crítico)
Efeitos negativos
Relação mãe-bebê:
Comportamento negligente no cuidado e comprometimento do vínculo afetivo entre mãe e bebê
Bebê:
Prejuízos ao desenvolvimento cognitivo e emocional
Mãe:
Risco de suicídio materno e cronificação da depressão
Etiologia
ainda não é bem definida
envolve os fatores de risco, fatores hormonais e hereditários
não se constatou relação genética
Psicose puerperal
Prevalência
0,1 a 0,2%
Risco de recorrência de até 70% nas gestações seguintes
Orientações e tratamento
Urgência médica :!:
Internação psiquiátrica
Investigação das causas orgânicas
Orientação familiar dos riscos para a mãe e para o bebê: suicídio e infanticídio
Tratamento farmacológico
Interrupção da amamentação
Em quadros maniformes, acompanhar a puérpera por um ano, com retirada da medicação gradual e sob supervisão
Sintomatologia
Início abrupto geralmente entre 48 e 72h após o parto
Inquietação, irritabilidade, alteração do sono que evoluem
#
Quadro psicótico: humor depressivo ou eufórico, comportamento desorganizado, labilidade emocional, delírios, alucinações e estado confusional (
delirium
)
Classificados como um
continuum
Blues
puerperal
(mais leve)
DPP
Psicose puerperal
(mais grave)
O pós-parto é um período de vulnerabilidade para o aparecimento de transtornos psiquiátricos
Ocorrem mudanças bruscas nos níveis dos hormônios gonadais, OT e no eixo HH-adrenal
A transição para a maternidade é marcada por mudanças psicológicas e sociais
Não são distinguidas na DSM ou CID
Colabora para a desatenção e não reconhecimento pelos clínicos desses transtornos
Psicofármacos
Lactação :red_flag:
Antidepressivos
Sertralina, fluvoxamina, paroxetina, nortriptilina, ISRS :check:
Fluoxetina, venlafaxina, citalopram :no_entry:
Benzodiazepínicos :warning:
Seguros em dose baixa e uso não prolongado
Carbonato de lítio, antipsicóticos :no_entry:
Ácido valproico, carbamazepina :check:
Todas as medicações são excretadas no leite, em graus variados :!:
Gravidez :red_flag: