A questão do mal moral é objeto da reflexão de Leibniz (2004) no contexto do debate sobre a onipotência e a onisciência divinas e a autonomia humana. Partindo do princípio de que a liberdade humana é limitada e condicionada, Leibniz vê, aí, a origem do mal moral.
O homem é livre, mas sua liberdade não é indiferença, já que o sujeito sempre está propenso e tem tendências e paixões. O homem, portanto, pode agir motivado pela racionalidade ou pelas paixões, uma vez que é ao escolher a ação afetiva e passional que ele dá origem ao mal moral.
Como o pecado original corrompeu a racionalidade com a tendência para pecar, o mal é necessário e causal, estando enraizado na finitude humana, sendo resultado do livre-arbítrio, ou seja, Deus permite o mal moral em função do livre-arbítrio.