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TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (ARAÚJO, 2018) Parte II
TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (ARAÚJO, 2018) Parte II
Estudar a Ciência da Informação nos anos 60/70, era sobre como que A INFORMAÇÃO seria transmitida de forma rápida, barata, eficiente e que não fosse perdida.
No final dos anos 70, pesquisadores começaram a perceber que a maneira que era tratada a Ciência da Informação, NÃO ERA SUFICIENTE para suprir as necessidades/problema de suas pesquisas fossem resolvidos. Começando uma campanha enorme para que o CONHECIMENTO fosse inserido no campo da Ciência da Informação. Em uma perspectiva COGNITIVA. Colocando em pauta o que propôs o filosofo Popper, sobre três dimensões de mundos: mundo físico, mundo das ideias e o mundo de quando as ideias transformam em coisas (mundo físico juntamente com o mundo das ideias).
Nos anos 90, a definição de INFORMAÇÃO leva-se em pauta de era preciso definir DADO, INFORMAÇÃO e CONHECIMENTO. Dado, é aquilo que existe materialmente na realidade; Conhecimento é aquilo que depende totalmente do sujeito; e Informação É PRODUTO DA INTERAÇÃO das duas coisas (dado e conhecimento).
O MODELO COGNITIVISTA substitui a perspectiva OBJETIVA do primeiro modelo (físico), por uma perspectiva SUBJETIVA do segundo modelo (cognitivo).
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A partir dos anos 90 pesquisadores da Ciência da Informação começaram a discutir sobre um terceiro modelo (social), de uma construção social da realidade e de uma epistemologia social da Ciência da Informação.
INFORMAÇÃO não é uma COISA, informação é um PROCESSO – A informação é o processo por meio no qual nós seres humanos no decurso de nossas ações cotidianas produzimos documentos. (CAPURRO, 2003)
50 ANOS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO...
Obteve CONSOLIDAÇÃO pela teoria Matemática e sistemática, surgindo a biblioteconomia especializada, a documentação, bibliografia, cientista da informação e a evolução significativa das tecnologias. Por seguinte, torna-se consolidada em outros países europeus e da América.
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• Análise de domínio – não é o sujeito que tem necessidades, modos de buscar e usar, é um coletivo (no caso, um domínio) que possui uma maneira de lidar com a informação – detectar essa maneira, que é pública;
• Altimetria – métricas de acesso, comentários, links e citações em redes sociais – Indicadores de interação social. A pesquisa não só no ambiente formal, mas na vida social, na dinamicidade da vida humana;
• Cultura organizacional e orientação informacional – ver que na empresa não são indivíduos isolados, mas uma ação reciprocamente referenciada, uma forma de lidar com informação que é partilhada, se torna do grupo, constitui uma CULTURA.
• Curadoria Digital – preocupação com o todo, ligação entre vários aspectos, momentos e instâncias – sentido de mediação, globalidade focada num aspecto mais especifico.
• Folksonomias e indexação social – classificar não é só um ato técnico ou profissional, automatizável, sujeitos comuns chegam a consensos, representação é socialmente construída, é o uso das pessoas que cria os significados.
• Ética intercultural da informação – ética não é universal, é preciso vê-la em cada lugar onde se manifesta, não apenas cumprimento de procedimentos profissionais.
• Neodocumentação – reencontro com as dimensões contextuais às quais o documento encontra-se vinculado – um documento possui as marcas de sua origem e seu uso.
• Humanidades digitais – não se vê tecnologia apenas nela mesma, mas como dispositivos sociotécnicos, TICs são contextuais, importa seu impacto e distintas possibilidades de uso.
• Regime de informação – conhecer a informação não nela mesma, mas no conjunto de fatores que a tornam possível, que condicionam sua existência, atenção à globalidade.
• Arqueologia da sociedade da informação – não apenas caráter deslumbrando ou eufórico da sociedade da informação, ver a complexidade de fenômenos e desdobramentos em diferentes contextos conforme a geopolítica internacional.
• Práticas informacionais – Informação não como preenchimento de uma lacuna, nem processo exclusivamente vivido da perspectiva individual, ligação com os contextos concretos em que as ações acontecem.
• Memória e informação – Informação não como transporte de dados, mas como constituidora do real, daquilo que será percebido pelas pessoas, das identidades dos sujeitos.
• Aproximações com arquivologia, biblioteconomia e museologia – dinâmica das várias interferências, promovidas por atores institucionais ou não, nos distintos processos de criação, seleção, circulação e apropriação dos registros de conhecimento.