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10.1 GENÉTICA FORENSE EXERCÍCIO (Com relação as técnicas de identificação…
10.1 GENÉTICA FORENSE EXERCÍCIO
O núcleo das células somáticas humanas contém:
As células somáticas humanas contêm 46 cromossomos no total, sendo 22 pares de autossomas e 2 cromossomas sexuais, XX nas mulheres e XY nos homens.
Diferenças entre DNA Nuclear e o Mitocondrial:
Mitocondrial:
é circular
não sofre recombinação e é herdado de mãe para filhos(ambos os sexos).
não tem formato de dupla hélice como o DNA autossômico, e sim CIRCULAR.
o DNA AUTOSSÔMICO nuclear sofre recombinação durante a meiose. Portanto, sua herança é PATERNA e MATERNA.
Nuclear:
o DNA de cromossomo Y também é nuclear e este sim é de herança exclusivamente PATERNA.
Hemácias maduras não contém núcleo. O local mais abundante em DNA do tipo NUCLEAR é no sangue e nos leucócitos.
Com relação as técnicas de identificação utilizando o DNA:
Apesar de ser possível trabalhar de forma "artesanal" com VNTR e RFLP, estes métodos não são mais utilizados em análises forenses em dias atuais devido à baixa sensibilidade e especificidade do método - dar atenção especial ao marcadores STR e PCR.
A técnica de detecção dos RFLPs (Restriction Fragment Lenght Polumorphism) usa o mapeamento de Southern para detecção dos fragmentos de DNA utilizando oligonucleotideos marcados com radioisótopos.
Hoje mesmo nas amostras com muito DNA (sangue fresco ou saliva) a PCR (Polymerase Chain Reaction) é o método de escolha para amplificação do DNA.
O DNA mitocondrial é menos informativo que outros marcadores de DNA autossômico - STR, por exemplo.
amostra degradadas devem-se escolher marcadores moleculares com um número menor de pares de base como os do tipo STR ou DNA mitocondrial, por exemplo.
Método de escolha para realização de exame de DNA quando se obtêm baixíssimos volumes de material é:
PCR(reação em cadeia da polimerase)
é um método de amplificação de DNA in vitro.
Comentários outras questões:
VNTR
é um marcador molecular e não um método de análise laboratorial.
RFLPs é um método de análise laboratorial para marcadores moleculares do tipo VNTR. Necessitam estudar trechos grandes de DNA e estes devem estar íntegros, ou seja, não é adequado para amostras exíguas.
AmpFLP ou Polimorfismo de Fragmento Amplificado, é outra técnica que utiliza PCR para replicar o DNA.
5.Em relação ao DNA:
A PCR é uma reação de amplificação de regiões específicas do DNA que se deseja estudar. Com esta é possível obter milhões de cópias.
Algumas substâncias químicas interferem na PCR inibindo a amplificação e são denominados inibidores de PCR: TANINO, ÁCIDO HÚMICO e FÚLVICO e a HIDROXIAPATITA.
O órgão oficial de perícia forense que foi pioneiro nas análises de DNA no Brasil é o
Instituto de Pesquisa e DNA forense da Polícia Civil de Brasília-DF.
A fonte de DNA com a qual se compara a amostra questionada denomina-se:
Amostra de REFERÊNCIA:
amostra que contenha DNA de origem conhecida e que servirá como padrão para comparação de vínculo ou identidade genética.
Outros comentários:
Amostra Questionada:
amostra coletada no local do crime ou do corpo da vítima/agressor e que contém DNA de origem desconhecida.
A técnica de
fingerprint
é marcadores moleculares do tipo VNTR, que permitiam a determinação de um espécie de impressão digital do DNA, contudo necessita de uma quantidade razoável de DNA no material biológico. A técnica que permite o estabelecimento de perfis genéticos mesmo a partir de quantidade ínfimas de material biológico é a PCR.
Em um músculo ou no sangue venoso é sempre extraída uma quantidade muito maior de DNA do que em um dente.
Os perfis genéticos utilizados na identificação individual são obtidos a partir da análise de marcadores genéticos. Atualmente, para a maioria dos casos, os marcadores de eleição são microssatélites autossômicos- resolvem a maioria dos casos forenses por serem pequenos e bastantes polimórficos.
Em caso de ocorrência de mordidas, pode-se obter o perfil genético do agressor a partir da recuperação do DNA presente na saliva encontrada no local da mordedura sendo que nesses casos, é comum obter-se a mistura dos perfis do agressor e da vítima.
O modelo bioquímico da molécula da DNA (dupla hélice) foi proposto por
WATSON e CRICK em 1954
e a primeira aplicação da genética forense na identificação humana foi proposta por
JEFFREYS nos anos 80 (impressão digital do DNA)
. Ou seja, em 1924 ainda não era possível utilizar o material pulpar dos dentes íntegros para identificação pelo DNA.
O exame genético (DNA) dos tecidos moles da polpa dos dentes de corpos fragmentados analisa também
o gene da amelogenina
que por possui tamanho diferente no cromossomo X e no Y pode ser utilizado como marcador sexual.
O exame citogenético (cromatina sexual)
das células de tecidos moles da polpa dos dentes também pode ser efetivo na determinação do sexo.
Armazenamento do DNA:
O arquivamento do DNA em pH ácido ou básico degrada a molécula.
A fita de DNA sofre desnaturação em temperaturas elevadas, pois rompe as pontes de hidrogênio que ligam a base nitrogenada de uma fita à base complementar da outra.
A umidade é grande inimiga (água) é o grande inimigo no armazenamento do DNA, pois favorece a proliferação de micro-organismos que podem degradar a molécula.
O armazenamento deve ser realizado ao abrigo da luz, portanto o perito deve proteger a amostra da luz artificial, especialmente a luz UV (ultravioleta) que degrada o DNA.
O armazenamento correto será determinante no sucesso do exame de DNA, pois resguardará a evidência biológica de possível degradação.
Conservação do material(Saliva/DNA):
A saliva contém em sua composição normal células epiteliais descamadas da mucosa oral que contém o DNA de interesse-
Todavia, a cavidade oral possui também em sua flora normal micro-organismos que degradam este DNA de interesse e umidade que favorece a proliferação destes micro-organismos-
Para uma boa conservação do DNA o método deve priorizar a
secagem da amostra e impedir o crescimento destes micro-organismos.
O local seco é adequado para conservação, mas favorece o crescimento de micro-organismos que podem degradar o DNA.
A incidência direta da luz solar contém radiação, calor excessivo, isso pode degradar o DNA.
Estufa a 50°C favorece a proliferação de micro-organismos presentes na saliva e isto degrada o DNA.
O congelamento da amostra
(em freezer) depois de seca
impede a proliferação de grande parte dos micro-organismos presentes na saliva.
O congelamento a baixíssimas temperaturas (nitrogênio líquido) só seria um problema se entrasse em contato direto com a amostra de saliva(queimadura/degradação por frio).
15. Material para estudo de DNA nos dentes:
Os
dentes molares
são os de primeira escolha devido à sua massa maior - teoricamente é o dente com maior fonte de DNA a ser extraído.
O
esmalte dentário
é altamente mineralizado e por isso não é o segundo tecido de escolha.
Polpa dental e Dentina
são os tecidos de primeira e segunda escolha, respectivamente.
Durante a coleta dos elementos dentais é sempre importante-
paramento cirúrgico
para proteção do perito e não contaminar a evidência com seu DNA.
A
aretagem externa e a lavagem
com HP, e com etanol evitam a contaminação por fontes extrínsecas de DNA-retira outras fontes, como organismos que degradam o DNA alvo.
Como último recurso, pode ser necessário
triturar
o dente para a obtenção de material-facilita a exposição do DNA alvo e a ação dos reagentes de lise da etapa de extração.
16. Material de eleição para coleta de DNA/Cadáver completamente esqueletizado é:
Na parte
CORTICAL,
de
ossos longos principalmente
, as células que contém o DNA de interesse estão protegidas da decomposição devido a matriz mineralizada.
Cadáver completamente esqueletizado é possível que boa parte do DNA presente
osso medular
esteja degradado.
Exames em larvas só seria o de 1° escolha caso os restos mortais não pudessem ser analisados ou estivessem extremamente comprometidos.
17. Esqueletização artificial e limpeza dos ossos Sem degradar o DNA:
Maceração:
Macerar significa retirar os tecidos moles por ação mecânica e térmica(fervura), e não degrada o DNA dos ossos.
Cocção:
(fervura) facilita a retirada dos tecidos moles aderidos e NÃO degrada o DNA dos ossos.
Coleópteros:
(como os besouros) são insetos que podem ajudar na retirada de tecidos moles e NÃO degradam o DNA.
Água Oxigenada:
pode ajudar a eliminar micro-organismos aeróbios e NÃO degrada o material tratado/DNA.
Cloro:
A ação
GERMICIDA
do cloro é baseada na alteração do RNA, DNA e da síntese proteica.
Grandes concentrações
deste elemento, teoricamente, poderia alterar também
o DNA dos ossos
que necessitam ser estudados.