Afastadas essas condições, pode ser que os antidiabéticos orais não sejam suficientes para manter a glicemia controlada durante o dia, sendo necessários esquemas mais complexos de insulinização. Para isso, deve-se obter um perfil glicêmico, por meio da AMGC, com medidas pré-almoço, pré-jantar e ao deitar. O resultado orientará sobre qual insulina utilizar e em que horário. Para isso, é indispensável o conhecimento sobre o tempo do pico de ação das insulinas disponíveis. A hipoglicemia pode ocorrer com o uso de sulfonilureias, glinidas ou insulina. Em geral, ocorre por omissão de refeição, diminuição da quantidade de carboidratos da refeição e/ou excesso de exercício físico. Palidez, extremidades frias, sudorese, tremores, palpitações, sensação de fome, dor abdominal, dor de cabeça, tonteira, fadiga, sonolência, alteração do humor (irritabilidade) ou do comportamento são os sinais e sintomas mais comuns. Usuários e familiares devem ser orientados a reconhecer o quadro, realizar o pronto diagnóstico por meio da GC ( < 70 mg/dL) e tratar a hipoglicemia enquanto a pessoa está lúcida e consegue deglutir. Nesses casos, 10 a 20 g de carboidrato de absorção rápida (um copo de suco ou de refrigerante comum, ou água com uma colher de sopa de açúcar) podem ser sufi-cientes, devendo-se repetir a dose se não houver melhora em 15 minutos. Na recuperação, antecipa-se a refeição do horário (E).