MEU INCÔMODO: 1. O ponto de largada: de um pensamento eurocentrico que, embora se coloque crítico, às vezes parece-me ancorado numa narrativa romântica; 2. fala-se sobre a EDUCAÇÃO INTERCULTURAL, mas com que autoridade de vivência? A observação? Não ficou perceptível para mim, sequer de forma implícita, o protagonismo de sujeitos coletivos. Ao contrário, o próprio autor fala sobre CONSTRUÇÃO de identidades que me pareceu mais no sentido (neoliberal) de edificar de considerar também os pressupostos identitários culturais; 3. AMBIVALÊNCIA: implica em dualidade epistêmica (maniqueísmo); :warning: A QUESTÃO NÃO ESTÃO NAS DEFINIÇÕES, MAS SIM NOS SEUS FUNDAMENTOS (TEÓRICOS EM QUE FLEURI SE APOIA); 4. **Já havia passado mais da metade do texto e eu não conseguia perceber na abordagem a população negra. Embora contextualize a formação sócio histórica do território brasileiro, até a página 284 faz menção apenas à população étnico, o que parece SINTETIZAR A POPULAÇÃO NEGRA E INDÍGENA. Logo :explode: no início da pág. 285 traz para como sinônimo para a DEMOCRACIA RACIAL a expressão americanizada "melting Pot (Caldeirão étnico), DESFOCANDO o significado ideológico do termo e como ele tem operado na manuteção das diferentes formas de RACISMO, inclusive o RACISMO CIENTÍFICO que tem provocado o EPISTEMICÍDIO DO SABER AFRO-DIASPÓRICO - Parece um TOTAL contra senso à discussão Intercultural; 5. DIALÉTICA em que perspectiva? (p. 285): aristotélica? materialista? Hegeliana?; Também senti falta da explicação conceitual sobre MOVIMENTOS SOCIAIS; 6.** Na seção "O desafio da educação
intercultural no Brasil", Fleuri entra em discussões importantes, porém sem se apoiar teoricamente. Um leitor desatento poderia inferir que ele é o autor das ideias ali expostas;