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Transtorno alimentares (Introdução (Definição (São caracterizados por uma…
Transtorno alimentares
Introdução
Definição
São caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial
São mais bem conceitualizados como síndromes, não doenças específicas
Classificação de acordo com o conjunto de sinais/sintomas que apresentam
Classificação
Anorexia
Bulimia nervosa
Obesidade
Diagnóstico
Etiológico
Anorexia nervosa
Manifestações
Comportamentos voltados à perda de peso
Principal
Medo intenso de ganhar peso
Principal
Percepção alterada da imagem corporal
Principal
Autovalor relacionado com o peso
Preocupações com peso corporal
Sintomas depressivos
Negação dos sintomas
Prática de exércicios físicos rigorosos
Comportamentos purgativos
Padrões peculiares de manuseio de alimentos
Comportamento obsessivo-compulsivo
Atraso no desenvolvimento sexual e psicossocial;
Comportamentos impulsivos – tentativa de suicídio, automutilação, furtos e abuso de substâncias ;
Libido diminuída;
Amenorreia.
Epidemiologia
Incidência:
Mulheres: 8 a cada 100.000 pessoas
Homens: 0,5 a cada 100.000 pessoas
População entre 15 – 19 anos
Mais comum no sexo feminino – 10:1
Prevalência entre 0,5 e 3,7%
Etiologia
Temperamentais
Ambientais
Genéticas e fisiológicas
Diagnóstico
Sindrômico
Critérios diagnósticos
A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo.
C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na auto avaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual.
Gravidade
Leve: IMC ≥ 17 kg/m2
Moderada: IMC 16-16,99 kg/m2
Grave: IMC 15-15,99 kg/m2
Extrema: IMC < 15 kg/m2
Introdução
Classificação
Tipo restritivo
Durante os últimos três meses, o indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar ou comportamento purgativo. Esse subtipo descreve apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício excessivo.
Tipo compulsão alimentar purgativa
Nos últimos três meses, o indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa.
Prognóstico
Complicações
Cardiovasculares – bradicardia, hipotensão, arritmias;
SNS – déficit cognitivo, neuropatia periférica;
Endócrinas/metabólicas – hipotermia, amenorreia;
TGI – vômito, constipação, diarreia
Evolução
Episódio isolado com recuperação psicológica e do peso;
Reabilitação nutricional com recaídas ;
Curso ininterrupto, que resulta em morte.
Taxa de mortalidade de 6,6% em 10 anos após um programa terapêutico bem definido e de 18% em 30 anos de acompanhamento
Tratamento
MULTIFACETADO
Manejo médico
Relação médico-paciente
Restauração do peso
Reidratação e recuperação dos eletrólitos séricos
Terapia comportamental – reforços positivos, prevenção de resposta
Terapia cognitiva
Terapia familiar
Terapia medicamentosa
Ciproeptadina
Ciproeptadina é um anti-histamínico de primeira geração dos receptores H1 : é proveitosa para promover o ganho de peso e diminuir a sintomatologia depressiva nos anoréxicos tipo restritivos
Clorpromazina
Risperidona
Olanzapina
Fluoxetina
Antidepressivos tricíclicos
Depressão grave
Conduta
Terapêutica
Internação
Formas graves da doença (peso inferior a 75% do ideal);
Complicações da desnutrição (convulsão, falência cardíaca, arrítmia etc.);
Evolução ambulatorial desfavorável;
Vômitos incoercíveis;
Emergência psiquiátrica (ideações suicidas).
Bulimia nervosa
Introdução
Definição
Distúrbio que se caracteriza por episódios recorrentes e incontroláveis de ingestão de grandes quantidades de alimentos seguidos de reações inadequadas para evitar o ganho de peso, tais como indução de vômitos, uso de laxativos e diuréticos, jejum prolongado e prática exaustiva de atividade física.
Epidemiologia
Dados epidemiológicos
Prevalência: 0,5 a 4% da população*
XX:XY (10:1)
Incidência: 13/100 mil hab por ano
Fatores de risco
Temperamentais
Preocupações com o peso
Baixa autoestima
Sintomas depressivos
Transtorno de ansiedade social/da infância
Ambientais
Idealização corporal
Abuso sexual ou físico
Genéticos e fisiológicos
Obesidade infantil
Maturação puberal precoce
História familiar
Etiologia
Componente biológico
Predisposição genética
Componente psicológico
Pressão social e familiar
Componente sociocultural
Valorização de corpo magro como padrão de beleza
Diagnóstico
Sindrômico
Critérios diagnósticos
Diferencial
Anorexia nervosa, tipo compulsão alimentar purgativa
Transtorno de compulsão alimentar
Síndrome de Kleine-Levin
Transtorno depressivo maior, com aspectos atípicos
Transtorno da personalidade bordeline
Tratamento
Objetivo
Regular o hábito alimentar
Suspender comportamentos punitivos e/ou restritivos
Terapia MULTIDISCIPLINAR
Nutricional
Psicológica
Terapia cognitivo-comportamental
Terapia psicodinâmica
Psiquiátrica
Antidepressivos
Escolha: Tricíclicos [Imipramina, Desipramina]
ISRS [Fluoxetina, Sertralina, Fluvoxamina]
Prognóstico
Estadiamento
Parâmetro
Frequência dos comportamentos compensatórios inapropriados
Nível de gravidade
Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana
Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana
Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana
Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos inapropriados por semana
Estadiamento
Pele e anexos
Calosidade no dorso da mão por escoriação dentária (Sinal de Russell), retração gengival, erosão do esmalte dentário, peliose, cáries, hipetrofia de glândulas parótidas em decorrência dos vômitos, podendo ter aumento da fração salivar da amilase
Sistema gastrointestinal
Dor abdominal, dispepsia, gastrite, esofagite, erosões gastroesofágicas, hérnia de hiato, metaplasia de Barrett, sangramentos, obstipação, síndrome do cólon irritável, prolapso retal
Sistema metabólico
Desidratação, alterações hidroeletrolíticas como hipocalemia
Sistema reprodutivo
Irregularidade menstrual, risco de abordo espontâneo, partocesarian em vez de normal, depressão pós-parto, baixo peso do recém-nato
Sistema cardiovascular
Arritmias cardíacas
Obesidade
Introdução
Definição
Resulta do excesso prolongado de ingestão energética em relação ao gasto energético
Fatores genéticos, fisiológicos, comportamentais e ambientais
Associações com uma série de transtornos mentais (transtorno de compulsão alimentar, transtornos depressivo e bipolar, esquizofrenia)
Efeitos colaterais de alguns medicamentos psicotrópicos
Mais comum: baixo nível socioeconômico, mulheres, sociedades industrializadas/urbanas e culturas nas quais a atividade física não é predominante
Fator de risco para o desenvolvimento de alguns transtornos mentais (transtornos depressivos)
HAS, DM, prejuízo da função pulmonar, cânceres
Leve (20 a 40% acima do peso): modificação comportamental em grupo, dieta balanceada e atividade física
Moderada (41 a 100% acima do peso): dieta modificada escassa em proteínas como fonte de energia (400 a 700 calorias por dia) supervisionada por um médico combinada ou não com técnicas de modificação comportamental
Grave (mais de 100% acima do peso): procedimentos cirúrgicos para reduzir o tamanho do estômago
A modificação comportamental é o tratamento de escolha para crianças acima do peso e deve incluir o envolvimento dos pais e da escola
Medicamentos ?