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Argentina e Brasil :flag-ar::flag-br: (Momento 1 (Rosas no poder argentino…
Argentina e Brasil :flag-ar::flag-br:
Instabilidade Estrutural com Predomínio da Rivalidade
: 1810-1898
Instabilidade Conjuntural e Busca de Cooperação com momentos de rivalidade
: 1898-1961
Instabilidade Conjuntural com Rivalidade
: 1962-1979
Construção da Estabilidade Estrutural pela Cooperação
: 1979-1986
Integração
: 1986-...
Momento 1
Brasil única monarquia na região. Visto com desconfiança, com caráter intervencionista.
Guerra da Cisplatina (1825-1828)
Província da Cisplatina, atual Uruguai, que havia sido anexada pelo Brasil e a Argentina quer retomar.
Argentina ganha militarmente, mas sai derrotada economicamente.
Intervenção da ING para por fim no conflito. Criação do Uruguai. Prata internacionalizado.
Rosas no poder argentino (1829-1851) - federalista (em oposição aos unitaristas, liderados por Rivadavia)
Isolamento diplomático
Restrições à navegação -> ataque inglês e francês fracassado
Rosas fortalecido quer formar "A Grande Argentina". Une-se a Oribe, blanco, uruguaio, para poder anexar o país.
1851-1852: Brasil reage. Guerra Brasil x Oribe e depois Brasil X Rosas. Acaba com a força política de Rosas, levando Urquiza ao poder.
Urquiza no poder Argentino (1854-1860)
federalista
Buenos Aires não aceita ser "só mais uma" e se separa da Argentina
1856: boas relações com o Brasil :arrow_right: Tratado de Amizade, Comércio e Navegação
A saída de B.A. torna insustentável o governo Urquiza
Guerra Civil. Urquiza x Mitre. Mitre (B.A.) ganha.
Mitre (1862-1868)
Unitarista
Inaugura o liberalismo na política e na economia
Reformas Estruturais na Argentina
Guerra do Paraguai (1864-1870): Tratado da Tríplice Aliança, BR, ARG e UG
Domingo Sarmiento (1868-1874)
Modernização da Argentina. Analfabetismo praticamente zerado
Não queria cumprir o trato de não anexar áreas do Paraguai
Argentina mantém fortes vínculos com a Inglaterra. A elite foca em uma forte economia agroexportadora. A presença britânica era avassaladora.
EUA: a elite da
Generación del Ochenta
havia optado pela Europa, desprezando os EUA. Ao contrário do Brasil, o comércio com os EUA era pouco expressivo.
Argentina tinha desconfiança dos EUA e se preocupa com o relacionamento BR-EUA :flag-br::flag-us:
Momento 2
Julio Roca (1880-1886) (1898-1904)
1898: Tratado de Fronteira com o Brasil - aproximação bilateral
Primeira troca de visitas presidenciais. Roca ao Brasil (1899) e Campos Sales a Argentina (1900)
Desconfiança Argentina com a PEB encabeçada pelo Barão do Rio Branco (visão que havia pretensões imperialistas + aproximação do BR com os EUA)
"Guerra da Farinha": Brasil comprava farinha dos EUA e da ARG, mas as americanas tinham prioridades tarifárias.
Dreadnoughts
: Brasil compra 3 dos EUA
1906: Conferência Pan-Americana. Planejamento para ser no Brasil, Argentina não vem, pois queria que tivesse sido lá.
1ªG.M.: Argentina neutra durante todo o conflito - queda das importações por conta da guerra, sem resposta com avanço manufatureiro, pois as elites agropecuárias impediam políticas industrializantes
1929: A Argentina que, com Roca, estava no auge econômico sofre enorme abalo com a crise de 1929. UK deixa de dar preferência à Argentina.
Década de 1930
:flag-ar: :<3: :flag-gb: Argentina em grande fragilidade política e econômica. Ainda dava preferência à Inglaterra - potência em declínio -, desconfiando dos EUA.
Aproximação com o Brasil, durante o governo de Agustin Justo. Acordos de Turismo, de Finanças. Tratado Antibélico com o Brasil, Chile, México, Paraguai e Uruguai. :flag-ar: :two_hearts: :flag-br:
Guerra do Chaco (Paraguai x Bolívia: BR e ARG mediam juntos a situação
2ª G.M.
Perón, liderando o Grupo de Oficiais Unidos - que havia derrubado o presidente Castilho em 1943 - mantém a posição de neutralidade da Argentina na guerra. --> relações com os EUA são deterioradas
Surgem os primeiros impulsos de integração econômica, mas que não vão pra frente por conta dos ânimos da guerra
1945: Argentina declara guerra ao Eixo
Peronismo (1946-1955) e a "terceira posição"
1946: Perón eleito, com apoio de diversos segmentos. Forte apelo populista. Doutrina peronista: independência econômica, soberania política, justicialismo social
Nova classe média: burguesia industrial
Forte presença estatal em prol de um nacional-desenvolvimentismo
Argentina não acredita na liberalização ou na multilateralização da economia: não assina os acordos de Bretton Woods
"Terceira Posição": contexto Guerra Fria. Adere ao TIAR, mas retoma relações com a URSS; pretensões de protagonismo na América do Sul; quer recuperar as Malvinas; EUA passa a ter maior enfoque, em detrimento do UK. (política externa bem diversificada, em contraste com o alinhamento automático brasileiro aos EUA)
Brasil: Perón adotou postura pró-integração. Tentativa de reedição do Pacto ABC, Vargas não aceita (pressões internas - o peronismo era mal visto no Brasil). O Pacto ABC havia sido proposto pela primeira vez em 1909, pelo Barão.
Perón é reeleito em 1952, mas diante de uma crise político-econômica, sofre um golpe militar em 1955
1955-1958: Militares no poder
Alinhamento com os EUA
Momento de grande expurgo político e intervenções
1958: Eleição de Frondizi
Tinha uma postura de aceitar o peronismo, o que não era bem visto pelos militares. Frondizi é o "JK argentino", impulsiona o desenvolvimento por meio da industrialização por substituição de importações. Prioriza os EUA.
Ativa relação diplomática com o Brasil.
1961: ENCONTRO DE URUGUAIANA - Jânio e Frondizi. Assinatura do Convênio de Amizade e Consulta (momento de ótimo relacionamento)
Acordo de Cooperação Industrial - Frondizi e JK
1962: Frondizi sofre um golpe militar
Momento 3
Notável afastamento entre Brasil e Argentina: ciclo de regimes militares nos dois países :broken_heart: DITADURA MILITAR 1966-1973
Argentina aprofunda o alinhamento com os EUA em um primeiro momento: condena Cuba e apoia a intervenção na República Dominicana
1973: Hector Cámbora se elege com propósito de trazer Perón de volta :arrow_right: Perón volta = autonomia heterodoxa, Movimento Não-Alinhados, laços com países afro-asiáticos, menor tensão com o Brasil, relações ok com os EUA
1974: morte de Perón, sua nova esposa assume, Izabelita, se distanciando das bases peronistas e assumindo um viés autoritário e ultradireitista. Sofre um golpe em 1976.
Nova DITADURA MILITAR 1976-1983
Política Econômica ultraliberal, que levou a uma enorme dívida externa, desindustrialização e desemprego
Tensões com o Brasil: o milagre brasileiro contrasta com a instabilidade argentina, acentuando a rivalidade
1973: Crise das Hidrelétricas (Itaipu-Corpus). No momento, a ONU apoiou o Brasil, hoje defende-se a gestão conjunta dos rios
Momento 4
Itaipu e Energia Nuclear + Visitas presidenciais: a relação Brasil-Argentina dá um salto qualitativo extraordinário em 1979 :revolving_hearts:
1979: Acordo Tripartite de Cooperação Técnico Operativa (Brasil, Argentina, Paraguai). Governo de Figueiredo. Solução para a crise das hidrelétricas
1980: Acordo de Cooperação para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear
Guerra das Malvinas (1982) - Brasil é neutro, mas apoia a Argentina na prática.
Raúl Alfonsín (1983-1989) e a redemocratização. ARG estava quebrada e politicamente humilhada (Malvinas)
1985: condenação dos comandantes das juntas militares
Hiperinflação, desemprego, recessão
Política Externa: foco na América Latina e no Movimento Não Alinhado. Distanciamento dos EUA
Sarney e Alfonsín encontram-se em Foz de Iguaçu. 1985: Declaração de Iguaçu e Declaração Conjunta sobre Política Nuclear; 1986: Programa de Integração e Cooperação Econômica (PICE)
Momento 5
Avanço BR e ARG: da cooperação à integração :<3::<3::<3:
1986: Ata para a Integração Brasileiro-Argentina (Alfonsín e Sarney)
1989: Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento
- estabelece um prazo de 10 anos para a conformação do espaço econômico comum (em 1990, Collor e Menem diminuem esse prazo para 05 anos -> 1994) = PRINCÍPIOS DO MERCOSUL
Menem (1989-1999): se afasta do sindicalismo, aproxima-se da elite liberal. Adota recomendações do Consenso de Washington, aproxima-se dos EUA.
Redução do Estado, liberalização comercial, privatizações
Plano Cavallo
(1991): paridade peso-dólar :arrow_right: consegue reduzir a inflação e ter recursos provenientes das privatizações
Política Externa: privilegiam os EUA, subsidiariamente o Mercosul e o Brasil. Abandonam o confronto com o UK, abandonam o Movimento Não Alinhado, Ratificam o Tratado de Tlatelolco, adesão ao TNP e ao MTCR (regime de controle da tecnologia de mísseis)
1991: Tratado de Assunção
- ato constitutivo do Mercosul;
1994: Protocolo de Ouro Preto
- estabelece a estrutura institucional do Mercosul
Década de 1990: tratados sobre energia nuclear e seu uso pacífico. Acordo Br, Arg, Chile sobre a proibição de armas químicas e biológicas.
1997
: ALIANÇA ESTRATÉGICA BR e ARG (Menem e FHC)
1999 em diante
1999: Desvalorização do Real. Relações bilaterais afetadas, pois os produtos brasileiros ficam mais competitivos, deixando a BC absolutamente favorável ao Brasil. / Total desordem econômica e social na Argentina. O presidente De la Rúa renuncia, assim como Cavallo. Grave crise na Argentina.
2002-2003: Governo Duhalde (foi indicado pelo Congresso, após renúncia de De la Rua) - assume um país em total caos, com fome e miséria. O governo lança programas de subsídios sociais. A Arg não foi ajudada pelos países ricos, como EUA, como esperava, o que favoreceu o discurso de aprofundar as relações com o
Mercosul
e com o Brasil
Brasil, no governo de Duhalde, foi visto como um sócio fiel. Em plena crise, empresas brasileiras investiram, enquanto outros países se retiravam.
2003-2007: Néstor Kirchner: Lula e Kirchner têm grande cumplicidade e ampliam a conotação social do Mercosul. Alta convergência internacional dos dois países, com exceção sobre do assunto da reforma do CSNU; - Em 2004, todavia, houve alguns desentendimentos provocados por medidas protecionistas argentinas.
Hoje
: cooperações energéticas (biocombustíveis, energia nuclear, Brasil vendeu urânio enriquecido pela 1ª vez em 2017 e foi para a Argentina), cooperação tecnológica.